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Europa

Popularidade da extrema direita atinge recorde na França

Eleições francesas apontam aumento de apoio ao partido de Le Pen. Frente esquerdista fica em segundo lugar e partido de Macron amarga a terceira posição

As eleições parlamentares na França estão na reta final. Após um mês do resultado desastroso para o presidente do país, Emmanuel Macron, nas eleições ao Parlamento Europeu, a extrema direita se aproxima de uma vitória acachapante.

A maioria das pesquisas na França registram cerca de 35% a 37% dos votos para o partido de Marine Le Pen, Reagrupamento Nacional, seguido pela coligação Nova Frente Popular, em que se encontra o partido de esquerda França Insubmissa, de Jean-Luc Mélenchon, além do Partido Socialista, o Partido Comunista, o Partido Ecologista e o Partido Anticapitalista, levando entre 28% e 29% dos votos. Enquanto isso, a coligação de Macron, o Juntos, amarga o terceiro lugar com prováveis 20% dos votos do eleitorado francês.

O resultado das eleições tende a que a extrema direita seja a grande vencedora, embora não seja provável que forme um governo minoritário, muito menos provável que conquiste a maioria absoluta do Parlamento. Para se ter uma ideia, apenas na última semana a indicação dos votos na extrema direita aumentou 2% nas pesquisas eleitorais, atingindo a maior porcentagem de votos nas pesquisas desde que Macron dissolveu o Parlamento.

De qualquer forma, apoiadores de Macron parecem já começar a isolá-lo, segundo o jornal Liberatión, que disse que o atual presidente da França virou uma espécie de persona non grata dentro do próprio partido, o Renascimento. Ainda assim, Macron espera um milagre que o ajude a formar um novo governo e manter o atual premiê Gabriel Attal no controle do Congresso.

Por parte de Le Pen, o candidato a premiê é Jordan Bardella, de 28 anos, que, caso consiga vencer, se tornará o mais jovem primeiro-ministro da França, desbancando o recorde do próprio Gabriel Attal, com 35 anos. Nenhum líder europeu nos últimos 200 anos foi tão jovem quanto Bardella pode ser caso vença as eleições.

As eleições francesas acontecem já neste domingo, dia 30. No entanto, as eleições francesas possuem uma série de particularidades, como o fato de que os votos são distritais, o que faz com que cada um dos 577 deputados deva ser eleito em um distrito diferente. Além disso, há segundo turno também para o parlamento, indo ao pleito que ocorrerá no dia 7 de julho todos os deputados que conquistarem mais de 12,5% dos votos em seus distritos. A única possibilidade para que não haja segundo turno em cada distrito é a de que pelo menos 25% dos votantes do distrito em questão compareçam às urnas e que um dos candidatos obtenha pelo menos 50% dos votos.

Há de se levar em conta também o fato de que as pesquisas eleitorais não são confiáveis. Existe a possibilidade de que a extrema direita conquiste ainda mais votos do que o que vem sendo divulgado nas pesquisas, visto que a burguesia francesa ainda não se decidiu completamente pelo fascismo e busca uma política em prol da OTAN e da União Europeia, exatamente os motivos que levaram Macron a ser escolhido para ser presidente da França.

Por parte da esquerda a situação, apesar de parecer melhor que a de Macron, também é crítica. Isso porque há uma pressão para que os candidatos da Nova Frente Popular abandonem o pleito caso passem em terceiro lugar nas disputas do segundo turno, atrás dos candidatos de Macron, em benefício do atual presidente e “contra a extrema direita”.

Para além disso, caso a Nova Frente Popular conquiste um governo, o que é improvável, também há a pressão para que o premiê seja alguém do Partido Socialista, o que levaria a uma espécie de governo Macron 2.0, visto que o Partido Socialista é do imperialismo sendo a favor das mesmas coisas que Macron, como a OTAN e o apoio à Ucrânia, por exemplo.

Outra questão importante de se ter em consideração é que as eleições não representam de forma completa a tendência à direita ou à esquerda na população, sendo sempre uma forma imperfeita de representar o que se expressa na sociedade. Desta forma, uma vitória da extrema direita na França e mesmo no caso de uma derrota, mas com uma grande votação, fazem com que a extrema direita avance muito, podendo se tornar uma alternativa viável caso a burguesia opte por utilizá-la no futuro.

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