No dia 7 de março, camponeses foram fortemente reprimidos por um bando de paramilitares e policiais, eles estavam ocupando a fazenda Ipê, em Machadinho D’Oeste, região nordeste de Rondônia.
Os acampados foram atacados por diversos policiais, que não pouparam truculência para reprimir os trabalhadores rurais. Paramilitares abriram fogo contra os camponeses. Várias viaturas e até um helicóptero foi mobilizado para reprimir os sem-terra, que relataram ter sofrido agressões dos policiais. Um dos sem-terra foi preso pela polícia.
Os acampados acreditam que o mandante foi “Ivo da Ipê”, que se diz o dono da fazenda. As terras, porém, são públicas e destinada à reforma agrária, apesar de terem sido alvo de grilagem cometida por “Sijuca”, sogro de Ivo, já falecido e na época, proprietário da Madeireira Ipê, em Jaru.
Ivo é um latifundiário conhecido por ser responsável pela morte de alguns agricultores da região. Os ataques são rotineiros e sempre atribuídos a esses latifundiários, e às milícias paramilitares.
É preciso organizar os trabalhadores em comitês de autodefesa para enfrentar o latifúndio, que não poupa esforços para usar a força e expulsar os camponeses das suas terras.