Segundo um levantamento feito pela Defensoria Pública de São Paulo, os policiais militares de São Paulo não acionaram suas câmeras corporais em metade das ocorrências. A pesquisa utilizou audiências de custódia como base.
No total, foram analisadas 96 audiências de custódia entre 10 de janeiro de 3 de junho de 2024. Em 56 pedidos, ou cerca de 58% os casos, os batalhões não enviaram as imagens à Defensoria. Restando para a análise, então, 40 registros.
O levantamento mostra que em oito casos os policiais tiraram as câmeras de seus uniformes. Em quatro, eles tetaram cobrir o equipamento para impedir a gravação das ações. Além disso, o órgão afirmou que, em 11 casos, houve violência durante as abordagens.
Cabe ressaltar que, no atual modelo, as câmeras policiais gravam de maneira ininterrupta. Entretanto, o som das gravações só será registrado após acionamento por parte do policial. As câmeras do modelo que será adotado em breve pela polícia de Tarcísio de Freitas (Republicanos), entretanto, não gravam continuamente. Os registros, consequentemente, ficam à mercê do policial.