O Diário Causa Operária (DCO) conversou com membros do Comitê de Organização da grande manifestação que ocorrerá no Rio de Janeiro, dia 18 de novembro, às 10h, na Cinelândia. Nos foi relatado que a Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMERJ) quer impedir que o ato tenha um carro de som e que os manifestantes portem qualquer aparelho sonoro.
“Fomos até o 5º Batalhão da Polícia Militar informá-los sobre a manifestação. O subcomandante Vidal afirmou que a manifestação estaria autorizada a acontecer, no entanto, impôs uma série de restrições”, afirmou um membro do Comitê ao DCO.
Além das proibições sonoras, o ato também foi proibido de sair em passeata, devendo ficar parado na Cinelândia. “Não pode andar, não pode ter carro de som, não pode ter caixa de som, não pode ter megafone… Não pode ter nenhum tipo de som, por menor que seja”, disse.
Mais chocante ainda é o fato de que o subcomandante Vidal informou à organização do ato que, se os manifestantes forem vistos portando qualquer um desses objetos, a PMERJ se dá o direito de invadir o ato e confiscar ditos equipamentos. Já em relação ao carro de som, ele seria impedido de chegar à Cinelândia.
“O subcomandante admite que isso é uma arbitrariedade, que, de certa forma, tolhe a liberdade de manifestação. Ele destacou que estão lá para proteger a manifestação de acontecer para que seja ‘ordeira e pacífica’, jogando a culpa das proibições à Secretaria de Segurança Pública do Estado”, afirma a organização do ato.
Ainda segundo o Comitê de Organização, Vidal afirmou que a justificativa dada pela Secretaria para impor esse tipo de restrição foi o fato de que a manifestação ocorrerá durante a Cúpula do G20. “Eles não vão permitir simplesmente porque não vão permitir que haja uma manifestação com barulho, com som. Basicamente, não poderá haver uma manifestação, porque uma manifestação sem som não é uma manifestação”, argumentou o membro da organização que conversou com o DCO.
OUTRO LADO
O Diário Causa Operária (DCO) tentou entrar em contato com o 5º Batalhão de Polícia Militar – 5º BPM, a Secretaria de Estado de Polícia Militar e Comando-Geral – SEPM/CG e a Coordenadoria de Comunicação Social – CComSoc; tanto por e-mail, quanto por ligação telefônica.
Até o fechamento deste artigo, não obtivemos resposta e não foi atendida nossa solicitação de que os órgãos citados emitissem um posicionamento oficial.
O espaço segue aberto e será atualizado a medida em que recebamos qualquer resposta.