Uma jovem de 23 anos foi presa em flagrante na última quinta-feira (24) em Cariacica, Espírito Santo, após ser acusada de praticar aborto. A Polícia Civil foi chamada pela Maternidade Municipal de Cariacica, onde a paciente se encontrava em processo de aborto.
A equipe médica afirmou ter observado a saída de dois comprimidos abortivos do corpo da paciente. Inicialmente, a jovem negou o uso do medicamento abortivo, mas acabou confessando aos policiais que ingeriu a substância com o objetivo de expelir o feto.
A jovem foi autuada por aborto provocado pela gestante, conforme prevê o artigo 124 do Código Penal, sendo mantida sob escolta policial enquanto internada. Após audiência de custódia, ela obteve liberdade provisória. O material abortado foi recolhido pela perícia e encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) em Vitória para procedimentos legais.
A ditadura contra o aborto é uma das maiores opressões da mulher na sociedade brasileira. Um procedimento que é realizado milhões de vezes todos os anos é motivo para prisão. A política de criminalização do aborto, de punição da mulher, é uma política fascista.