O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) realizou nesta terça-feira (3) ocupações em duas fazendas no município de Pedras Altas, Rio Grande do Sul, e interditou a Estrada de Ferro Carajás, no Pará, em mais uma demonstração da urgência de avanços na reforma agrária. As ações fazem parte da campanha “Natal com Terra” e buscam pressionar o governo Lula a acelerar a compra e vistoria de terras para o assentamento de 1.500 famílias que aguardam há mais de uma década por um pedaço de terra para trabalhar e viver.
Em Pedras Altas, 170 famílias ocuparam as fazendas Santa Angélica e Nova, ambas já avaliadas pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para fins de reforma agrária. O MST apontou que as áreas têm potencial para abrigar quase 180 famílias, evidenciando que a prioridade do governo e das instituições muitas vezes recai sobre grandes proprietários, em detrimento das necessidades dos trabalhadores rurais.
A reintegração de posse violenta, conduzida pela Brigada Militar, foi mais um exemplo da criminalização da luta por terra, ignorando o histórico de exclusão e injustiça social enfrentado pelos sem-terra.
Em nota, a Brigada Militar afirmou que atuou como mediadora na operação de desocupação. “O efetivo do 5° Batalhão de Polícia de Choque (5º BPChq), de Pelotas, foi deslocado para a manutenção da ordem e reintegração de posse”.
Além da unidade especializada, também atuaram policiais militares do Comando Regional de Policiamento Ostensivo da Fronteira Oeste, por meio do 6º Regimento de Polícia Montada (6º RPMon) e policiais do efetivo de Pedras Altas atuaram em apoio operacional. A Polícia Civil também foi deslocada para as propriedades para identificar elementos que auxiliem na investigação.
Ou seja, o governo de Eduardo Leite utiliza a polícia fascista para reprimir a luta pela terra. É preciso aumentar a mobilização dos trabalhadores para conquistar a reforma agrária e o fim do latifúndio!