Na manhã dessa sexta-feira (10), a Polícia Militar do Paraná despejou os moradores da ocupação “Resistência Forte”, em Curitiba. A ocupação, que ficava no bairro Campo Comprido, foi cercada pelos agentes da PM ainda na noite de quinta-feira (9). Os moradores foram expulsos de suas moradias por volta das 8h após permanecerem 14 dias no local.
A operação criminosa da polícia contou com a presença de 250 policiais militares. Cerca de 400 pessoas moravam na “Resistência Forte”, a qual ocupava uma área de aproximadamente 0,048 quilômetro quadrado (48.000 metros quadrados).
Uma das moradoras da ocupação, Oscarlinda Barbosa de Souza, de 66 anos, relatou ao jornal Plural como chegou até lá: “eu trabalho como diarista, quebrei minha clavícula e perdi meus trabalhos. O aluguel logo ia ser cobrado e eu não ia ter como pagar“.
Aline da Luz Silva, de 27 anos, está em uma situação similar à de Oscarlinda:
“Eu fui despejada, faltou pagar R$150 do meu aluguel, tentei negociar com o dono, mas não adiantou. Vim para ocupação achando que ia conseguir um lugar, eu não tenho para onde voltar”, diz.
Declarando apoio às ocupações que estão surgindo no Paraná, João Pedro Stédile, líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), afirmou que essas ocupações podem “se reproduzir” em outros locais. “Esses sinais que estão aparecendo em Curitiba, tendem a se reproduzir, nas próximas semanas e meses, em outras cidades“, afirmou Stédile no final de abril.