A Comissão Pastoral da Terra (CPT) denunciou em sua página que pistoleiros do latifúndio aterrorizaram a população do acampamento Terra Santa na Gleba Belmont, em Porto Velho/RO, as famílias, que já haviam sido ameaçadas, foram aterrorizadas com a tentativa de sequestro dos acampados por parte dos capangas.
A população local afirmou que ainda recentemente, nos últimos dias 12 e 14 de março houve outra tentativa de intimidação quando uma picape chegou ao local levando três capangas armados com fuzil e pistolas os quais invadiram as rotas de acesso à comunidade e fizeram uma ronda aterrorizando as famílias acampadas.
Segundo informaram as famílias, essa é uma retaliação pela decisão do Incra que anunciou um levantamento ocupacional da área.
“Um dos homens perguntou se eu tava tirando foto, e apontou a arma para o meu lado, querendo ver meu celular. Perguntei para eles se era da polícia, disseram que eram da Polícia Civil. Perguntei pelo distintivo, mas aí eles não gostaram. Pediram para eu desbloquear a tela do telefone, tiraram fotos e passaram arquivos para outro aparelho”, denunciou um dos acampados que tentou filmar as ameaças.
Ainda segundo o morador do acampamento, os capangas só foram embora graças aos disparos de foguetes feitos por pessoas da comunidade: “Se não fosse os foguetes, nem sei o que eles iriam fazer comigo”, afirmou.
O acampamento Terra Santa conta hoje com cerca de 80 famílias ali acampadas, as quais reivindicam a área que é de terra pública para a reforma agrária.
Essa ocorrência que é corriqueira entre os povos da terra mostra a urgência do direito da população de se armar. Claramente os latifundiários e seus capangas sentem-se à vontade para invadir as comunidades porque esperam encontrar lá pessoas absolutamente indefesas.
Se disparos de foguetes foram o suficiente para amedrontar os fascistas, o que não seria capaz de fazer um fuzil no ombro de cada trabalhador?