O Governo Federal realiza uma política de combate ao garimpo que não solucionaria nem o problema dos índios e nem o problema dos garimpeiros, um setor desempregado da população rural. A política de repressão, de enviar a PF, nunca solucionará um problema social.
Na Área de Proteção Ambiental (APA) do Tapajós, foi lançada a Operações Guardião e Escudo que desarticulou, em dez dias, uma grande infraestrutura do garimpo ilegal. As ações resultaram na inutilização de equipamentos como barcos, dragas e máquinas pesadas, além da apreensão de mercúrio, combustíveis e munições, gerando um prejuízo de R$ 6,39 milhões aos garimpeiros e multas no valor de R$ 20,27 milhões.
Simultaneamente, na Terra Indígena Munduruku, o governo iniciou em 9 de novembro uma operação de desintrusão para remover garimpeiros que realizam extração ilegal de ouro. A ação, localizada nos municípios de Jacareacanga e Itaituba, teve como objetivo a proteção dos índios.
Nas operações a PF descobre envolvimentos de forças de repressão locais, como a PM, com o garimpo. O que mostra que a pobreza generalizada do país, junto a presença desse recurso precioso tende a gerar o garimpo em todo o território rural. Ou seja, reprimir focos de garimpo é apenas um paliativo.
A solução deve ser social. Os índios, que moram na terra, deve ser auxiliados na exploração dos recursos de forma organizada que não afete suas vidas. Eles devem ficar com parte das riquezas para garantir o desenvolvimento econômicos. Por fim, devem ter armamento e treinamento para eles mesmos se defenderem. A PF, além de não ser confiável, não ficará eternamente nas terras dos índios.