FUP

Petroleiros realizam atos contra acidentes e mortes na Petrobrás

No dia 27, dois petroleiros morreram e outro ficou gravemente ferido no Terminal da Transpetro, em Angra dos Reis

Na última sexta-feira (29), a Federação Única dos Petroleiros (FUP) realizou atos em várias unidades da Petrobrás, no Dia Nacional de Luta “em defesa da vida e por basta à insegurança crônica que tem adoecido e matado trabalhadores” na Petrobrás. 

Nos últimos dois meses, já foram a óbito cinco trabalhadores, vítimas de acidente no Sistema Petrobrás. 

Conforme noticiou a FUP no dia 27, dois petroleiros morreram e outro ficou gravemente ferido no Terminal da Transpetro, em Angra dos Reis. 

Esses dois óbitos se somam a mais três vítimas fatais que ocorreram nos dias 05,07 e 08 de outubro.

Conforme declaração do coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, “foram cinco mortes de petroleiros em menos de dois meses, isso deixa evidente a fragilidade das políticas de saúde e segurança na Petrobrás”. (Site FUP, 29/11/2024)

Na mesma matéria da FUP, a direção da entidade denuncia a política de segurança (mais precisamente de insegurança) da estatal que vem provocando inúmeros acidentes de trabalho: “Seja nas mobilizações, nas assembleias de base ou nas negociações com a Petrobrás e subsidiárias, a categoria tem denunciado os riscos constantes causados pelo acúmulo de funções, pelas dobras quase que diárias, falta de treinamento adequado, assédios e tantas outras situações de insegurança. Além de estarem muito mais expostos a acidentes, os trabalhadores sofrem impactos diretos na saúde física e mental. Não é de hoje que a FUP e a FNP têm cobrado mudanças na gestão de SMS, recomposição dos efetivos, além de melhorias nas condições de trabalho dos prestadores de serviço. Tudo isso foi relatado diretamente à diretora da Petrobrás, Clarice Coppetti, em reunião realizada no dia 15 de outubro. Na ocasião, a empresa se comprometeu em criar um Grupo de Trabalho específico para tratar das questões relativas à segurança na prestação de serviços, além de atender parte das demandas das federações para a realização dos Fóruns de Efetivo e de Prestação de Serviço, de forma a buscar efetividade nas resoluções”. (Idem)

Uma das questões, que mais chama a atenção, é que de todas as mortes que aconteceram nesse período são de trabalhadores petroleiros contratados por empresas terceirizadas, o que revela, mais uma vez, as consequências do golpe de Estado de 2016, que destituiu a presidenta eleita democraticamente, Dilma Rousseff, que teve como uma das suas consequências a aprovação e implementação das “reformas”, dentre elas a trabalhista, feitas no governo do golpista Michel Temer e aprovadas no reacionário Congresso Nacional e referendada no também reacionário Supremo Tribunal Federal (STF), com a aprovação das terceirizações tanto nas áreas meios com nas áreas fins, o que acarretou um tremendo retrocesso nas condições de trabalho para a classe trabalhadora.

Como se pode verificar, devido ao número elevadíssimo de acidentes por motivo laboral com vários casos de morte, demonstra a situação trágica dentro da Petrobrás. Uma herança trágica, desde a era do famigerado governo neoliberal de FHC (PSDB) com a política de privatização, onde entregou grande parte do controle das empresas nas mãos dos especuladores financeiros da Bolsa de Nova York que, para que tenham os seus lucros aumentados implantou planos de reestruturações em que jogou no olho da rua milhares de trabalhadores através dos Planos de Demissões “Voluntárias” (PDV), que vem sucateando sistematicamente a Petrobrás.

A luta da categoria passa por uma questão política decisiva, de vida ou de morte, por causa dos descasos em relação à segurança no trabalho, além da manutenção do emprego e contratação de pessoal contra as terceirizações e a privatização.

Não tem como concretizar as reivindicações dos trabalhadores por meio de um processo de sensibilização dos gestores. Sem que haja um confronto mais enérgico de ocupação das plantas e plataformas de produção, com um grupo paredista de verdade para fazer frente a esta verdadeira destruição de um patrimônio brasileiro, a total entrega ao capital estrangeiro, vai mais uma vez fazer essa transição da pior maneira para a classe trabalhadora, que aqui vai sendo tratada como fardo pesado e um objeto qualquer que precisa ser descartado.

Gostou do artigo? Faça uma doação!

Rolar para cima

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Quero saber mais antes de contribuir

 

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.