Brasil

Pelo fim de todas as polícias!

Não adianta reformar, desmilitarizar ou tentar criar uma policia mais humana. É da natureza da instituição a guerra contra a população, por isso é preciso acabar

Braço armado do Estado burguês, as polícias, tem atacado a população trabalhadora, principalmente preta e pobre, com uma maior intensidade crescente nos últimos meses. Somente em 2024 e apenas no Estado de São Paulo de janeiro a outubro a PM matou 676 pessoas. Taxa é mais que o dobro dos 331 casos registrados em 2022. Em 2023 foram 407 pessoas mortas por policiais militares.

Neste caso estamos falando de assassinato, sem falar dos casos de agressão, espancamento, tortura, etc. Os casos mais recentes inclui um assassinato com a vítima sendo alvejada por 11 tiros pelas costas por um agente de folga, uma criança de apenas 4 anos que morreu ao ser baleada em meio a uma ação policial na Baixada Santista e um vídeo mostrando um homem sendo jogado de uma ponte em uma abordagem. Na zona norte da capital paulista, um PM foi filmado dando socos e chutes em um motociclista. A gravação mostrou ainda a mulher que estava na garupa sendo puxada e agredida por um policial.

São casos em que temos vídeos mostrando a ação desses criminosos contra a população. No entanto, existe um número muitas vezes maior de casos dos quais a população não consegue ver ou acessar, já que, ultimamente, os policiais se consideram até no direito de tentar pegar ou roubar o celular das vítimas ou de quem está filmando.

Ou seja, estão agindo de forma cada vez mais criminosa e violenta. Antigamente, era provável que esses policiais, antes de espancar e matar pessoas, ao menos olhassem em volta para verificar se havia alguém assistindo ou filmando. Atualmente, nem para isso eles se importam mais.

Nesta quarta-feira (4), a empresária Lenilda Messias, de 63 anos, foi agredida por um policial militar no período da noite, no bairro Jardim Regina Alice, em Barueri (região metropolitana de São Paulo), durante uma abordagem que envolveu o filho dela na garagem da casa da família.

Ela levou um chute, empurrões, sendo agarrada pela roupa pelo PM. Vídeos gravados por testemunhas mostram que o filho, o empresário Juarez Higino Lima Júnior, também foi agredido quando estava imobilizado.

Segundo os relatos, a abordagem policial teria começado após o filho de Juarez parar a moto na calçada de casa para conversar com o pai. Policiais militares perguntaram sobre o veículo, e o empresário teria informado que o guardaria na garagem.

“Eles vieram querendo arrancar a moto da garagem e pediram apoio. Quando chegou o apoio, eles arrebentaram o portão e bateram em todo mundo que estava lá”, relata Bianca de Lara, ex-mulher de Juarez e ex-nora de Lenilda. “Agrediram sem motivo algum. Foi abuso de poder. Foi isso o que aconteceu”. Segundo ela, o policial que agrediu Lenilda tem aparência de “praticamente um menino” e não parava de bater. “A intenção era machucar. E machucou.”

Trata-se de mais um caso em que a polícia chega, bate, espanca ou atira sem questionar nada. Nas favelas e periferias, a situação é ainda pior.

Apenas em São Paulo, a polícia mata uma pessoa a cada 10 horas. Tudo com o aval do governador do Estado, Tarcísio Freitas (Republicanos), que tem à frente da Secretaria de Segurança um homem expulso da Rota (Ronda Ostensiva Tobias Aguiar) por excesso de assassinatos até mesmo para os padrões dessa verdadeira indústria de assassinatos.

Há setores da esquerda que pedem a desmilitarização ou uma polícia mais humana — seja lá o que isso signifique. Enfim, é preciso deixar claro que a única solução para essa máquina de guerra do Estado voltada para a população brasileira é sua dissolução completa. É necessário acabar com todas as polícias.

A segurança pública deve ser feita pela própria população, por meio de cidadãos eleitos em bairros, ruas e comunidades, pessoas que conhecem os vizinhos e os moradores. Esses eleitos podem ser destituídos a qualquer momento, caso falhem em suas funções.

Basta que a organização popular reivindique sua saída ou sua troca. A instituição policial, como é formada hoje, deve ser destruída.

Gostou do artigo? Faça uma doação!

Rolar para cima

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Quero saber mais antes de contribuir

 

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.