Dez sindicatos acusaram “Israel” de violar leis internacionais do trabalho ao reter salários e benefícios de mais de 200.000 trabalhadores palestinos desde 7 de outubro. O governo israelense é acusado de violações “flagrantes” da convenção da Organização Internacional do Trabalho (OIT) sobre a proteção dos salários, levando muitos palestinos à pobreza extrema.
Trabalhadores palestinos de Gaza e da Cisjordânia, que trabalhavam em “Israel”, não receberam pagamento pelo trabalho realizado antes de outubro, nem salários desde então. Isso ocorre em meio à agressão israelense em Gaza, que até o momento já matou mais de 41.000 palestinos e causou destruição em massa. Uma queixa foi apresentada na sexta-feira (27) para recuperar os salários não pagos desses trabalhadores.
Segundo Assaf Adiv, diretor executivo da Associação de Trabalhadores Maan, cerca de 200.000 trabalhadores da Cisjordânia perderam seus empregos, não receberam compensação e têm enfrentado pobreza extrema. Muitos trabalhadores palestinos que arriscam entrar em “Israel” sem permissão enfrentam repressão, humilhação e até a morte. O relatório da OIT aponta que trabalhadores palestinos em “Israel” ganhavam, em média, 297,30 shekels por dia, mas desde a Operação Dilúvio de al-Aqsa, cerca de 13.000 trabalhadores de Gaza tiveram seus vistos de trabalho revogados, ficando sem salários.