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Eleições na Índia

Partido de Modi perde a maioria no parlamento indiano

O resultado das eleiçoes gerais na Índia foi divulgado, o partido do governo perdeu a maioria no câmara baixa, mas seu bloco continua somando mais da metade dos assentos

Nesta terça-feira, dia 4 de junho, foi anunciado o resultado da apuração dos votos nas eleições indianas. O atual premiê, Narendra Modi foi reeleito para seu terceiro mandato, entretanto a sua agremiação Partido do Povo Indiano (BJP, da transliteração Bharatiya Janata Party) teve uma redução de 21% na bancada.

Com participação de 66% dos eleitores registrados, o pleito em tela teve contabilizou 642 milhões de votos, configurando-se mundialmente como a maior eleição. O processo com sete fases, em setes semanas, iniciou-se em 19 de abril e concluindo as votações em 1 de junho.

O Parlamento da Índia é composto pelo gabinete do presidente, a câmara baixa (Lok Sabha) e a câmara alta (Rajya Sabha). Estando como órgão legislativo supremo da República da Índia.

Os 175 representantes da câmara alta são eleitos proporcionalmente as zonas eleitorais correspondentes. Enquanto dos 545 representantes da câmara baixa, são eleitos por voto direto, 530 correspondendo aos estados e 15 aos territórios indianos.

O resultado

A vitória de Modi era esperada, dando continuidade ao seu governo iniciado em 2014, alcançou o feito histórico de Jawaharlal Nehru, de três governos consecutivos. Entretanto, o resultado do BJP de 240 assentos na câmara baixa, foi muito aquém da perspectiva de 400 cadeiras indicados nas pesquisas previas.

A qual Modi comentou no X: “as pessoas acreditaram no NDA [a coalizão] pela terceira vez consecutiva! Isso é um feito histórico na história da Índia”.

No X, o secretário-geral do Partido do Congresso, Jairam Ramesh, comentou acerca dos resultados: “as projeções de todos os 543 assentos estão disponíveis. Há duas coisas claras: 1. Será uma derrota política e moral fragorosa para Narendra Modi. 2. Foi revelado que as pesquisas de boca de urna que ele orquestrou eram uma fraude completa”. 

O resultado mais estreito que as projeções iniciais, deixar a coligação de Modi em um cenário mais delicado. Levando a Mallikarjun Kharge, líder do partido do Congresso Nacional Indiano, segundo colocado no pleito com 99 cadeiras, a anunciar que realizara uma discussão nesta quarta-feira (5) para avaliar novas alianças para conquista maioria no Parlamento.

Pressão imperialista

O analista político Yogendra Yadav, foi um dos poucos a apontar um enfraquecimento BJP, em suas palavras: “foi uma eleição da volta à política da normalidade. As pessoas votaram contra o governo por causa do desemprego, da inflação, os problemas dos agricultores”.

Embora Modia alegue que a Índia dever torna-se a terceira economia mundial em seu próximo mandato, a situação economia da população não vivencia as mesmas perspectivas. Em abril, o desemprego atingiu 8,1%, superando, 40% entre os mais jovens, em fevereiro a inflação geral foi de 5%, alçando mais de 8% nos alimentos.

É visível uma pressão política e econômica, gigantesca do imperialismo nos países pertencentes ao BRICS. Sendo uma medida do imperialismo contra o eixo da tendência a rebelião contra a dominação imperialista.

Essa política de pressão foi expressa no enfraquecimento do BJP no último pleito. O deputado pelo Rahul Gandhi, chegou a afirmar que “os mais pobres salvaram a Constituição”, referindo a dificuldades de alterações constitucionais oriundas do BJP.

África do Sul

Algo similar ocorreu na África do Sul, lá o partido Congresso Nacional Africano (CNA), que perdeu a maioria absoluta, após ser alçado por Nelson Mandela, dominou o cenário político por 3 décadas. 

As 400 cadeiras da Assembleia Nacional, serão distribuídas da seguinte forma: a CNA com 159, a neoliberal e antigo partido do apartheid Aliança Democrática (AD) terá 87, o partido de esquerda do antigo presidente Zuma uMkhonto we Sizwe (MK) 58, a esquerda mais radical Guerrilheiros Econômicos (Economic Freedom Fighters, EFF) 39 e o conservador Inkatha Freedom Party (IFP) 17.

Novamente, assim como na Índia, o governo está pressionado pela situação econômica, principalmente desemprego e pobreza. 

Há a possibilidade e uma aliança entre o CNA e o EFF ou o MK, para maioria do governo, que foi descrita pela AD como o “cenário do dia do juízo final”. O EFF, defende a nacionalização de minas e bancos e o confisco de terras de latifundiários brancos para redistribuí-las aos trabalhadores negros. Esta liderada pelo antigo líder da ala jovem do CNA, Julius Malema.

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