De norte a sul do Brasil, do Rio Grande do Sul ao Amapá, os militantes, filiados e simpatizantes do Partido da Causa Operária (PCO) estarão o dia inteiro nas ruas hoje (5), no último dia de campanha eleitoral. O PCO é o partido da chamada “extrema esquerda” que mais lançou candidatos nas eleições municipais deste ano, superando o Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU), a Unidade Popular pelo Socialismo (UP) e o Partido Comunista Brasileiro (PCB).
Ao contrário dos demais partidos, o PCO lançou candidatos que representam a luta do povo trabalhador. Lançou uma chapa de operários na importante cidade fluminense de Volta Redonda, conhecida como a “cidade do aço”. Apesar de ter sido privatizada, em um dos grandes crimes da política neoliberal, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), sediada em Volta Redonda, continua sendo um importante polo para o desenvolvimento do País. Vários dos candidatos do Partido são trabalhadores da CSN ou indiretamente ligados a ela.
Não há como negar, também, o destaque do PCO em várias cidades do Mato Grosso do Sul, onde há uma guerra em curso entre os latifundiários e os índios. No dia de ontem (4), em Amambai, no Mato Grosso do Sul, 300 índios guarani-caiuá tomaram as ruas em uma demonstração de apoio a Daniel Vasquez, candidato do PCO – o único candidato índio a prefeito da cidade. Em outras cidades, como Douradina, os candidatos índios do PCO também têm se destacado pela defesa das reivindicações de luta desse setor oprimido.
O PCO também tem tido uma grande presença na cidade de São Paulo, a maior da América Latina. Ontem (4), uma carreata com vários apoiadores de diversas partes da cidade, saiu na defesa da candidatura do jovem João Jorge Caproni Pimenta. Perseguido pela grande imprensa, que, em alguns momentos, lhe deu menos tempo de entrevista que todos os outros candidatos e ainda procurou apresentar o programa do PCO como inviável, Pimenta se mostrou à altura da missão e fez de sua candidatura uma tribuna de temas importantes, como o calote da dívida pública e a liberdade de expressão.
A presença eleitoral do PCO em várias cidades se deve, naturalmente, pelo seu programa e pela experiência que o povo brasileiro tem tido com o Partido durante os últimos doze anos de luta contra o golpe de Estado, que resultou na deposição de Dilma Rousseff, na prisão de Lula e na vitória eleitoral de Jair Bolsonaro. Ciente de que a determinação e a clareza política do Partido está levando a uma adesão cada vez maior das massas, a burguesia tentou, como pôde, sabotar as candidaturas do PCO.
A forma mais nítida dessa sabotagem foi o bloqueio do fundo eleitoral, que só foi liberado a 11 dias das eleições. Mesmo com a sabotagem, o PCO conseguiu superar os ataques da direita e vem realizando uma grande campanha. O Partido, segundo avaliam seus dirigentes, saiu ainda mais fortalecido, na medida em que não baixou a cabeça para a ditadura do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), denunciou a sabotagem, realizou uma ampla campanha financeira e conseguiu colocar nas ruas o seu programa.
Hoje, será o último dia da campanha eleitoral. Ainda há tempo de participar das atividades do PCO em todas as regiões do País. Entre em contato para saber onde acontecerão as últimas atividades antes do pleito e conheça o portal do Partido para saber seus candidatos.