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Coluna

Parem de nos matar III!

E aí? você hoje fez quantas refeições??

Em 2019

“Este slogan está circulando nas redes sociais, ele traz um recado, um alerta, uma meta.

Qual meta seria? Talvez a de alcançar a alforria – aquela alforria real – sem a lobotomia social, que tem deixado milhões de pessoas sem foco na rota da História.

Uma eterna insensatez fere de morte um povo que sempre fora ignorado e amordaçado, sendo fuzilado e ultrajado, sem registro nos anais; como fantoche sem vez.

A História que é de suma importância precisa ser contada pelas ditas minorias, que sempre foram relegadas a segundo plano no espetáculo dantesco da historiografia do Brasil.

Este Brasil que nunca foi com s – Esta nação manchada do sangue índio, negro, branco, mulato – De gente que acorda às quatro horas da manhã e sacolejam nos trens, nos ônibus; que caem aos pedaços nas metrópoles enfeitadas de morte.

Tudo isto é apenas um detalhe para a alta cúpula de sucesso, que sentada em seu trono esperneia para reformar a Previdência, o que pode deixar na miséria milhões de seres humanos.

Seres humanos que estão morrendo todos os dias dentro de hospitais públicos – que deveriam ser de ponta; mas que sustentam um esquema de humilhante declínio perene. São nossos irmãos estes homens e mulheres que apenas sobrevivem para sustentar a vida boa de uma elite que se julga acima do bem e do mal. Seres humanos, como o músico Evaldo Rosa, que foi cruelmente assassinado com quase 300 tiros…”

Em 2024

“Evaldo Rosa dirigia o carro da família e estava acompanhado de Luciana, do filho do casal, do sogro e de uma amiga, indo para um chá de bebê, na tarde do dia 7 de abril de 2019. Quando eles passavam por uma via no bairro de Guadalupe, na zona norte do Rio, o carro foi alvejado por militares do Exército que faziam policiamento na região, por força de um decreto de Garantia da Lei e da Ordem.”

E como ficou o julgamento dos agressores?

“Doze militares foram denunciados pelos crimes de duplo homicídio qualificado e tentativa de homicídio. Em primeira instância, oito foram condenados: o tenente, que coordenava a operação a 31 anos de prisão, e os outros agentes a 28 anos. Quatro militares foram absolvidos por não terem efetuado disparos.

A defesa dos réus recorreu ao STM e, nessa quarta-feira, sete membros da Corte decidiram seguir o entendimento do ministro Carlos Augusto Amaral, relator do caso. Para ele, os militares não podem ser culpados pela morte de Evaldo, porque há dúvidas sobre a origem do disparo que ceifou a vida do músico, já que ele teria ocorrido durante uma troca de tiros entre a patrulha do Exército e os assaltantes. Com isso, os militares foram inocentados.”

Estamos sobrevivendo, e lutando por justiça, e na qualidade de jornalistas, precisamos ofertar utilidade pública ao povo. Vi crianças dentro de Supermercados na zona sul do Rio de Janeiro, com sacos de arroz, de feijão, panetones e outros itens; suplicando para os clientes comprarem, com intuito de amenizar seu estado de extrema pobreza e dor! E o faziam com lágrimas nos olhos, a cada negativa expelida…

Este é o novo modus operandi da pobreza: implorar, implorar e implorar… mas o PIB cresceu 3,5…

E aí? Você hoje se alimentou?

Que o NATAL seja de JUSTIÇA SOCIAL.

* A opinião dos colunistas não reflete, necessariamente, a opinião deste Diário

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