No capítulo O parasitismo e a decomposição do capitalismo, do livro Imperialismo, fase superior do capitalismo, o revolucionário russo Vladimir Lênin explica que a base econômica mais profunda do imperialismo é o monopólio capitalista, que gera, por sua vez, tendências para a estagnação e a decomposição. Ele ilustra esse ponto com exemplos, como o atraso na aplicação de inovações técnicas devido à manutenção de preços monopolistas. O revolucionário russo também destaca o papel do monopólio na posse de colônias, indicando como esse controle atua de maneira similar na promoção de tendências estagnantes.
Um aspecto crucial abordado por Lênin é a exportação de capitais como uma das bases econômicas essenciais da fase atual do capitalismo. O imperialismo, afinal, implica na acumulação de grandes quantidades de capital em poucos países, resultando em uma camada de rentistas que vive da ociosidade e não participa da produção. O rendimento dos rentistas torna-se uma parte significativa do capital nacional, levando à noção de “Estado-rentista”.
Para embasar seus argumentos, Lênin cita Hobson, quem considera uma “testemunha segura”, já que não poderia ser suspeito de parcialidade pela “ortodoxia marxista”. Economista inglês, Hobson conhecia bem a situação do país mais rico em colônias, em capital financeiro e em experiência imperialista na época de Lênin:
“Os orientadores desta política nitidamente parasitária são os capitalistas; mas os mesmos motivos atuam também sobre categorias especiais de operários. Em muitas cidades, os ramos mais importantes da indústria dependem das encomendas do governo; o imperialismo dos centros da indústria metalúrgica e da construção naval depende em grande parte deste fato.”
Finalmente, Lênin discute como o imperialismo tende a dividir os operários e acentuar o oportunismo entre eles. Ele argumenta que o imperialismo, ao explorar uma parte significativa do mundo, cria condições propícias para o aburguesamento de uma parte do proletariado, alimentando a divisão e enfraquecendo o movimento operário.
O parasitismo e a decomposição provocadas pela fase final do capitalismo será apenas um dos muitos assuntos discutidos na 48ª Universidade de Férias da Aliança da Juventude Revolucionária (AJR) e da Universidade Marxista. O evento, que ocorrerá em Araçoiaba da Serra, São Paulo, começa no dia 28 de janeiro e vai até 5 de fevereiro. Corra e garanta sua inscrição, acesse o sítio oficial do Acampamento de Férias por meio deste link.