Zona do Agrião

Para europeus, brasileiros são macacos estupradores

Campanha caluniosa do imperialismo europeu mira o futebol nacional e os jogadores brasileiros

O programa Zona do Agrião, atração da COTV sobre o futebol, foi ao ar no último dia 25, trazendo a estreia com vitória do técnico Dorival Jr. na Seleção. Mas como não poderia deixar de ser, o grande destaque se deu pelos casos envolvendo os jogadores Robinho e Daniel Alves, e os supostos crimes que cometeram.

 Primeiramente, como afirmou o apresentador Juca Simonard: “Nosso papel aqui no Zona do Agrião, não é entrar no mérito se a pessoa cometeu o crime ou não.” O problema está no fato da campanha repressiva capitaneada pela imprensa capitalista e adotada pela maioria da esquerda.

 A tara pela repressão é algo típico da direita, principalmente a bolsonarista, que em nome da defesa do dito “cidadão de bem”, defende os maiores absurdos repressivos, inclusive a pena de morte, para criminosos e meros suspeitos, como se esta fosse a grande solução para o problema da criminalidade.

 A esquerda, por sua vez, em nome da falsa defesa identitária da mulher, pegou carona com a imprensa burguesa, e, mesmo sem analisar de fato nenhum dos casos, guiados pela desinformação e confusão criada pelos monopólios de comunicação, resolveu atacar os direitos democráticos de qualquer suspeito.

 Sendo assim, a esquerda identitária e o bolsonarismo estreitam laços em favor de mais repressão, abrindo precedentes para que os direitos de toda a população sejam atacados. Não havendo qualquer avanço na situação das mulheres.

 “O bolsonarista pede também a punição exemplar contra estupradores, é do Bolsonaro a declaração de que o estuprador tem que ter castração química” complementa o outro apresentador, Henrique Áreas.

 A polêmica serviu também para exaltar a figura de Leila Pereira, a banqueira dona da Crefisa e cartola do Palmeiras, que fez declarações em nome das mulheres, pregando punição aos jogadores e insinuou que todos os homens no futebol tem parcela de culpa no ocorrido, através do que ela classificou como “pacto corporativo”.

 “Antes de ser mulher, ela é banqueira, se ela está falando isso aí com toda pompa, é porque existe uma orientação da burguesia mais poderosa, para ficar batendo nessa tecla”, concluiu Áreas.

 O resultado é mais um capítulo dos ataques aos jogadores e ao futebol brasileiro em conjunto. Ao contrário do que se publicou nos últimos dias, os jogadores do Brasil são muito associados ao bárbaro e ao macaco, como são frequentemente tratados na Europa, ao contrário dos europeus, que nem de longe sofrem perseguições equiparáveis às que se vê contra os brasileiros.

 Para conferir na íntegra o Na Zona do Agrião, acesse:

https://www.youtube.com/watch?v=5zXIfkADGEw&t=458s 

 

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