Desde que foi desatada a Operação Dilúvio de Al-Aqsa, em que a resistência palestina, liderada pelo Hamas, botou de joelhos o Estado de “Israel” e o imperialismo como um todo, este Diário dedicou-se a publicar matérias sobre a história do povo palestino, tanto sobre suas heroicas lutas, quanto sobre os massacres perpetrados pelos sionistas contra esse povo martirizado, a fim de expor a natureza fascista do sionismo.
Três dessas matérias foram sobre as principais milícias fascistas do sionismo, quais, sejam, a Haganá, o Irgún e a Lehí, sendo a primeira a maior e principal delas.
Ocorre que a Haganá tinha uma tropa de elite chamada Palmá, acrônimo em hebraico para “Companhias de Assalto”. Qualquer semelhança com “Tropas de Assalto” (Sturmabteilung), isto é, os camisas pardas de Adolf Hitler, não é mera coincidência.
A Palmá foi criada no ano de 1941, tendo como primeiro comandante do veterano do Exército Imperial Russo Yitzhak Sadeh.
A criação dessa tropa especial foi resultado de um processo de profissionalização da Haganá, que teve início durante a Revolução Palestina de 1936.
Foi igualmente exposto por este Diário, em matéria já publicada, que a Revolução, como o próprio nome diz, foi um levante não apenas dos setores explorados da sociedade palestina, mas de toda a sociedade. E foi um levante revolucionário tanto em oposição ao imperialismo britânico, quando à invasão sionista.
O processo de profissionalização da Haganá ocorreu, pois os ingleses não foram capazes de conter por si só a Revolução (tendo em vista que a repressão aberta aos palestinos prejudicaria seu domínio sobre os países árabes vizinhos).
Sendo criada em 1941, na conjuntura da Segunda Grande Guerra Mundial, e tendo a Haganá cerrado fileiras ao lado do imperialismo britânico na guerra, os melhores quadros da milícia, nos quais estavam inclusos os membros da Palmá, serviram ao exército inglês através da Brigada Judaica, batalhão este que contou com 5.500 das melhores tropas sionistas.
Naturalmente, esse tempo que os milicianos da Palmá e demais sionistas fizeram parte da Brigada Judaica serviu para aprimorar mais ainda seus métodos fascista de repressão. Afinal, melhor professor que o imperialismo britânico, não havia. E tal aprimoramento seria utilizado durante a Nakba, nos anos de 1947 e 1948, quando a Haganá, com atuação especial da Palmá, foram fundamentais na expulsão de cerca de 800 mil palestinos de suas terras, estes que jamais puderam retornar para a sua origem.
Segue abaixo uma lista dos massacres à frente dos quais esteve a Palmá:
- Massacre de Al-Khisas – 12 Palestinos assassinados
- Massacre de Balad al-Shaykh – 70 palestinos assassinados
- Massacre de Sa’sa – 60 palestinos assassinados
- Massacre de al-Husayniyya, Safad – 30 palestinos assassinados
- Massacre de Deir Yassin – 120 palestinos assassinados
- Massacre de Ein al-Zeitun – 70 palestinos assassinados
A fim de ressaltar o caráter fascista do Estado de “Israel”, é importante saber que a Palmá teve como comandantes ninguém menos que Ygal Allon (primeiro-ministro interino de “Israel” e ministro do governo Menachen Begin), Moshe Dayan (Chefe do Estado-Maior das Forças de Defesa de “Israel” e Ministro da Defesa), e Ytzhak Rabin, primeiro-ministro de “Israel” entre 1992 e 1995; um notório fascista que tentou se disfarçar de democrático através dos Acordos de Oslo (1994 e 1995), recebendo inclusive o Nobel da Paz do imperialismo, por seu papel na capitulação da OLP perante os sionistas.