Nessa quarta-feira (29), o porta-voz das Forças Armadas do Iêmen, Iahia Saree, anunciou que a marinha, as forças de mísseis e as unidades de VANTs (drone, em inglês) conduziram operações contra seis navios. Três navios atacados estavam no Mar Vermelho, dois no Mar Arábico e um no Mar Mediterrâneo.
Saree afirmou que as operações foram feitas porque estes navios violaram a proibição imposta pelo Iêmen a portos em “Israel”. “[As Forças Armadas do Iêmen] não hesitarão em atacar quaisquer navios que negociem com a entidade israelense dentro das áreas operacionais declaradas, independentemente do seu destino, conforme declarado em declarações anteriores”, afirmou.
Em 19 de novembro de 2023, o Iêmen começou os ataques contra qualquer embarcação no Mar Vermelho que pertencesse a “Israel” ou que estivesse a caminho de qualquer porto israelense. Com o passar do tempo, essa operação se expandiu, e passou a incluir como alvo qualquer navio dos Estados Unidos, da Inglaterra, ou qualquer embarcação que pertença a uma empresa que tenha alguma relação com “Israel”.
Além disso, como é possível notar pelo anúncio dessa quarta-feira, a atuação das Forças Armadas do Iêmen não se limita mais ao Mar Vermelho, chegando até mesmo no Mar Mediterrâneo.
Diante disso, os Estados Unidos e a Inglaterra reagem bombardeando, esporadicamente, o território iemenita, sem causar, entretanto, danos significativos a sua operação nos oceanos. Em outras palavras: o imperialismo perdeu completamente o controle dos mares de uma das regiões mais importantes de todo o mundo.
E para piorar a situação dos países imperialistas, fato é que eles perderam para um país muito pequeno, um dos mais pobres do planeta. Um país pouco desenvolvido que, por meio de uma revolução de caráter nacional, tomou as rédeas de seu próprio destino e expulsou o imperialismo de seu território.
O Iêmen, nesse sentido, se assemelha a Cuba: um país minúsculo palco de uma revolução socialista triunfante, apesar de estar localizado no quintal dos Estados Unidos.
O caso do Iêmen, porém, é ainda mais preocupante para o imperialismo, pois a crise imperialista de hoje é muito, mas muito mais profunda do que na época da Revolução Cubana. E a região afetada pela ação dos iemenitas é ainda mais importante, pois é onde se concentra boa parte do comércio mundial, bem como o transporte de todo o petróleo e gás que os países imperialistas roubam do Oriente Médio.
Além do boicote econômico, o Iêmen também tem um papel muito importante para os oprimidos não só da região, mas de todo o mundo: seu enfrentamento ao imperialismo mostra que é possível derrotar os opressores. Exemplo que, ao mesmo tempo, em que inflige duras perdas ao imperialismo e ao sionismo, inspira outros grupos revolucionários a agirem.