Em abril de 1936, o povo palestino se levantou corajosamente contra a colonização judaica e o domínio colonial britânico na Palestina sob Mandato. Esta revolta popular, esmagada em 1939 por uma campanha brutal e repressiva dos britânicos, envolveu o uso de força extrema, tortura, punição coletiva, detenções em massa e manobras diplomáticas. A estratégia britânica, vil e calculista, contou com a colaboração de elementos traiçoeiros dentro da comunidade palestina, dividindo e enfraquecendo a luta legítima de seu próprio povo. Este artigo lança uma luz sobre o papel dos colaboracionistas palestinos, particularmente a família Nashashibi e os desprezíveis bandos da paz (fasa’il al-salam, em árabe), que venderam sua própria terra e sangue em troca de favores dos colonizadores.
Os bandos da paz, financiados e armados pelos britânicos, foram milícias irregulares que traíram a causa palestina ao aliar-se com o inimigo colonial para combater seus compatriotas rebeldes. Estes grupos, em vez de lutar pela libertação de sua terra, escolheram apoiar os opressores britânicos e seus aliados sionistas, contribuindo significativamente para a derrota da revolta árabe e a subsequente ocupação e colonização da Palestina.
A formação dos bandos da paz foi liderada pela infame família Nashashibi, que controlava o partido “Defesa” (al-Mua’rada, “a Oposição”), em oposição à família Husayni, que liderava o partido “árabe” através do Conselho Supremo Muçulmano. Esta rivalidade entre facções palestinas, exacerbada pela intervenção colonial, demonstrou a fragilidade e divisão que os britânicos exploraram habilmente. Os Nashashibi, em sua busca cega por poder e influência, traíram não apenas seus rivais políticos, mas toda a nação palestina.
O apoio britânico a esses bandos atingiu seu auge em dezembro de 1938, quando uma reunião patrocinada pelos Nashashibi em Yatta, perto de Hebron, contou com a presença de líderes coloniais britânicos. Este encontro simboliza a aliança entre os colaboradores palestinos e os colonizadores britânicos, uma aliança que buscava destruir a resistência popular e assegurar o domínio colonial.
Fakhri Nashashibi, uma figura central na colaboração, pagou com sua vida quando foi assassinado em 1941 por pistoleiros leais aos Husayni. Sua morte, embora um ato de vingança, não apaga o dano irreparável que ele e seus comparsas infligiram à causa palestina.