Os banqueiros parasitas vêm garantindo no Brasil as mais altas taxas de lucro de todo o mundo. Isso só é possível pela política econômica de favorecimento dos tubarões financeiros pelos sucessivos governos que vêm garantindo uma brutal expropriação da população, bem como pela situação de superexploração dos bancários que trabalham cada vez mais para ganhar menos.
Os planos econômicos dos diversos governos capitalistas ditados pelos banqueiros e suas máfias políticas é sempre a mesma: lançar sobre as costas dos trabalhadores e do conjunto da população explorada todo o ônus da especulação e da orgia capitalista nacional e internacional.
Os trabalhadores devem exigir a reposição. Não apenas da inflação do último ano como é feito pela burocracia, mas de todas as perdas salariais, que atualmente passam de 30%. É preciso recuperar o poder de compra dos bancários e lutar pela conquista de um piso que atenda ao conjunto das necessidades do bancário e de sua família, que hoje não poderia ser menos de R$7.000,00.
Na 26ª Conferência Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, que se realizou entre os dia 07 e 09 de junho na cidade de São Paulo, contando com apenas 600 delegados, na sua maioria dirigentes sindicais (a categoria conta com cerca de 450 mil trabalhadores nacionalmente), a burocracia sindical PT/Articulação, que dirige os maiores sindicatos de bancários no País, e seus satélites (PCdoB, PSOL, UP), repetindo a política de capitulação para com os banqueiros, aprovou mais uma vez um indicativo fajuto de reajuste de INPC + 5% de “ganho real”, ou seja, pedem pouco para que a categoria receba nada como vem acontecendo nos últimos anos, como, por exemplo, na campanha salarial de 2022 em que os banqueiros ofereceram 0,5% de “ganho real” e acatado caninamente pelas direções sindicais, sendo que tal reajuste não recompôs nem a inflação do período.
A política de reivindicar um reajuste miserável (em alguns bancos as perdas salariais ultrapassam 30%) abandonando olimpicamente as perdas salariais é a política dos pelegos. A justificativa é sempre a mesma, afirmam que na atual conjuntura é impossível arrancar o que os banqueiros roubaram da categoria, mas esquecem de dizer que em momento algum os patrões, no caso os banqueiros, setor mais parasitário da economia, abrirão mão de atacar os trabalhadores e a população para beneficiar quem quer que seja. São uns vampiros preparados para pular no pescoço dos trabalhadores e da população para garantirem os seus lucros. É muita ingenuidade ou oportunismo achar que reivindicando menos os banqueiros serão benevolentes e darão um reajuste mesmo que rebaixado. Todo mundo sabe que os banqueiros não darão nada a não ser se houver uma verdadeira mobilização unitária da categoria com milhares de trabalhadores nas ruas parando as agências, os setores de tecnologia, o setor financeiro, com greve, ocupações, piquetes, etc., somente dessa forma que os banqueiros irão atender as reivindicações da categoria.
É preciso organizar um forte movimento nacional em oposição a toda essa política de capitulação e de derrota, que vem se aprofundando no interior dos sindicatos. A cada campanha salarial fica mais claro o papel da burocracia sindical de contenção das lutas dos trabalhadores pelas suas legítimas reivindicações, ou seja, 100% de reposição das suas perdas salariais; ganho real de 20%; estabilidade no emprego; piso salarial de R$ 7 mil; dentre outras.