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Oriente Médio

Operação Mosquito: sionistas usaram palestinos como escudo humano

Relatórios e entrevistas da imprensa imperialista norte-americana mostra que não é Hamas, mas sim as forças de 'Israel' que usam civis palestinos como escudo humano

Dois órgãos de comunicação diretamente ligados ao imperialismo não estão conseguindo ocultar as atrocidades cometidas pelos soldados de ocupação israelenses na Faixa de Gaza. A rede norte-americana CNN e o também norte-americano jornal The New York Times (NYT) publicaram reportagens afirmando categoricamente que as forças de defesa israelenses utilizam palestinos como escudos humanos.

A matéria publicada pelo órgão libanês Al Mayadeen, com base nessas fontes, mostra que as Forças de Ocupação Israelenses (IOF) forçaram palestinos a entrarem em casas e túneis possivelmente cheios de armadilhas em Gaza, usando-os para evitar expor suas tropas ao perigo. Esse método é conhecido como “Protocolo Mosquito”.

A CNN teria entrevistado um soldado israelense e cinco civis palestinos. O soldado revelou que sua unidade deteve dois palestinos com a intenção explícita de usá-los como escudos humanos para avançar em áreas perigosas, enfatizando que essa prática é comum entre as unidades israelenses em Gaza. “Nós dissemos a eles para entrarem no prédio antes de nós”, afirmou à CNN, acrescentando: “Se houver armadilhas, eles explodirão, não nós”.

Os depoimentos dessas seis pessoas indicam que a prática dos soldados da ocupação é corriqueira e disseminada por toda a Faixa sitiada, especialmente no norte de Gaza, na Cidade de Gaza, Khan Younis e Rafá. Segundo o Al Mayadeen, as entrevistas da CNN com os cinco palestinos confirmam o relato do soldado israelense, com cada um deles relatando ter sido detido pelas forças israelenses e forçado a entrar em áreas potencialmente perigosas antes das tropas.

Um dos casos é o de Mohammed Saad, de 20 anos, que fugiu de sua casa em Jabalia, no norte de Gaza, e foi para um abrigo perto de Khan Younis. Saad foi sequestrado pelo exército de “Israel” perto de Rafah, enquanto buscava alimentos para seus irmãos mais novos.

Ele relatou: “O exército nos levou em um jipe, e nos encontramos dentro de Rafá, em um acampamento militar”, acrescentando que ficou preso lá por 47 dias e, durante esse tempo, foi utilizado em missões de reconhecimento para evitar que os soldados israelenses corressem riscos. “Eles nos vestiram com uniformes militares, colocaram uma câmera em nós e nos deram um cortador de metal”, explicou Saad.

“Eles nos pediam para fazer coisas como: ‘mova este tapete’, dizendo que estavam procurando túneis. ‘Filme embaixo das escadas’, diziam. Se encontrassem algo, nos pediam para levar para fora. Por exemplo, nos mandavam remover pertences da casa, limpar aqui, mover o sofá, abrir a geladeira e o armário.”

A CNN também destacou o caso de um menor que foi usado como escudo pelos israelenses. Mohammed Shbeir, de 17 anos, que perdeu o pai e a irmã durante uma invasão em sua casa em Khan Younis, lembrou: “Eu estava algemado e vestindo apenas minha cueca”, acrescentando: “Eles me usaram como escudo humano, me levando para casas demolidas, lugares que poderiam ser perigosos ou conter minas terrestres”.

A publicação do NYT confirma que a prática de usar escudos humanos pelos soldados de ocupação é comum. Sete soldados israelenses entrevistados pelo diário norte-americano afirmaram ter testemunhado ou participado dessa prática rotineira, que descreveram como organizada e apoiada pela logística militar. Os relatos mostram que, ao invadir uma casa ou local onde dizem haver alguém da resistência, os soldados posicionam grupos de palestinos à frente enquanto avançam logo atrás.

O NYT também citou dois soldados israelenses que disseram que alguns oficiais de patente inferior tentaram justificar a prática alegando falsamente que os detidos eram “terroristas” e não civis mantidos sem acusações.

Portanto, diante dos fatos, é necessário esclarecer duas questões. Primeiro, “Israel” mente descaradamente ao afirmar que as forças da resistência usam escudos humanos, como no caso de Iahia Sinuar, líder do Hamas, assassinado em campo aberto, no meio de uma batalha, sozinho. Os dois órgãos de propaganda do imperialismo – que por sinal, defendem os sionistas – mostram que quem realmente utiliza escudos humanos é o exército de ocupação.

Em segundo lugar, quando as lideranças de “Israel” alegam que estão exterminando o Hamas para libertar o povo palestino, trata-se de outra mentira absurda. Pelos relatos dos civis, fica evidente que os sionistas não têm o menor interesse pelo bem-estar dos palestinos; ao contrário, seu objetivo é exterminar o povo palestino. O que está acontecendo em Gaza é um genocídio, uma limpeza étnica, e ponto final.

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