Sete dias após o início da manutenção programada do Sistema Guandu, muitos cariocas seguem sem água em meio ao calor intenso, com temperaturas próximas a 40 graus. Segundo a Águas do Rio, a responsável pelo desastre, são dez bairros, incluindo Botafogo, Tijuca e Ilha do Governador, impactando cerca de 693 mil pessoas.
Vazamentos em diversos locais, como nas ruas Rodrigues Alves e Doutor Thompson Motta, agravaram a situação e mostram a destruição da infraestrutura causada pela privatização. A normalização do abastecimento foi adiada para a madrugada de terça (3), apesar de previsões anteriores de resolução mais rápida.
A crise é tão grande que o prefeito Eduardo Paes cincamnete se pronunciou publicamente. Ele, no entanto, nunca foi contra a privatização da CEDAE. O Procon Carioca multou a Águas do Rio em $13,6 milhões, e medidas paliativas foram implementadas, como o envio de caminhões-pipa a hospitais e unidades de saúde. No Hospital do Andaraí, por exemplo, o abastecimento alternativo foi realizado, mas bairros como Grajaú.
Na Zona Oeste, a situação também é preocupante, com a Rio + Saneamento informando redução no abastecimento em Vila Kennedy e Seropédica. Em contraste, a concessionária Iguá, responsável por regiões como Barra e Jacarepaguá, afirmou que o fornecimento já foi normalizado. Apesar disso, moradores de bairros mais afetados recorrem a caminhões-pipa, com preços elevados de até $1.600 por 20 mil litros.
O caso mostra como a privatização da água é um crime contra a população. É preciso estatizar imediatamente a distribuição de água e investir em infraestrutura. A CEDAE era inclusive uma empresa lucrativa que foi privatizada pelos criminosos Cláudio Castro, atual governador do estado, e Jair Bolsonaro.