As Forças Armadas do Iêmen (FAI) bombardearam o Aeroporto Ben Gurion, na cidade israelense de Telavive, com um míssil balístico hipersônico Palestina-2, em uma grande ofensiva do governo revolucionário iemenita ocorrida em retaliação a “Israel”, na última quinta-feira (26). O anúncio foi feito na última sexta-feira (27) pelo porta-voz da FAI, general de brigada Yahia Saree. “O míssil atingiu seu alvo com sucesso, apesar das tentativas do inimigo de ocultá-lo, e resultou em baixas e na suspensão das operações do aeroporto”, informou Saree.
Segundo o general iemenita, uma força de Veículos Aéreos Não Tripulados (VANT, popularmente conhecidos como “drones”) atingiu, além do aeroporto da capital do enclave sionista, outros alvos estratégicos da região, incluindo o navio Santa Úrsula no Mar da Arábia, a leste da Ilha de Socotra. Segundo o porta-voz da FAI, o ataque à embarcação ocorreu após violação do bloqueio imposto pelas forças armadas iemenitas aos portos de “Israel”.
Em seu anúncio, o general Saree destacou que parte do objetivo era apoiar a Resistência Palestina, mas, além disso, a operação ocorrida na sexta foi também uma retaliação aos ataques sofridos no dia 26.
Em uma ação coordenada e com apoio dos EUA e do Reino Unido, “Israel” lançou uma ofensiva contra o Iêmen, atingindo o Aeroporto Internacional de Sanaa (capital do país), os bairros residenciais da capital iemenita e também o Porto de Hodeidah. O ataque ocorreu durante um discurso de Saied Abdul Malik al-Houthi, líder do partido revolucionário iemenita Ansar Alá, e resultou em mortes de funcionários do aeroporto, além de ferimentos a membros da ONU presentes no local, incluindo o copiloto de um avião da organização.
A agressão, que também afetou usinas de energia em Sanaa e Hodeidah, foi descrita como uma tentativa fracassada de desestabilizar o país, sem, no entanto, conseguir alterar o curso da guerra. Na ocasião, o porta-voz do partido iemenita Mohammed Abdulsalam condenou os ataques a alvos civis, chamando-os de crimes sionistas contra o povo iemenita e reforçando que não impediriam o apoio do país à Palestina.
Finalmente, a imprensa israelense antecipou um aumento nas operações militares do Iêmen, que foi visto como o início de uma batalha prolongada. Segundo o general de Brigada Israelense da reserva Eran Ortal, o país artificial está “no início de uma nova era que nos obriga a repensar a política de Israel e a estratégia do exército para enfrentar um grupo de ameaças”. No mesmo dia, porém, a resposta dos revolucionários iemenitas veio com o máximo vigor.
Na matéria YAF say attacked Ben Gurion Airport, vital Israeli site, ship, publicada pelo órgão libanês Al Mayadeen, uma fonte disse ao sítio que “alvejar instalações civis é prova do fracasso da ocupação em ter uma lista clara de alvos no país” e que o ataque sionista da última quinta-feira “não mudará o curso da guerra e será recebido com uma resposta semelhante”, o que de fato ocorreu. Na mesma matéria, um correspondente do órgão libanês destaca que ataque de quinta-feira cometido pelas forças sionistas atingiram “um grupo de viajantes, incluindo pacientes, no terminal do Aeroporto Internacional de Sanaa”, e também “torres de controle do aeroporto”, disse.
Por fim, em seu pronunciamento ocorrido na sexta-feira, o general Saree reforçou que seu país possui capacidades para expandir sua lista de alvos no enclave imperialista, para incluir mais alvos vitais israelenses, afirmando que essas operações não cessarão até que a agressão israelense em Gaza seja interrompida e o cerco genocida imposto ao território palestino, suspenso.
Para atingir esse fim, os revolucionários iemenitas também atacaram territórios da Cisjordânia ocupados por colonos sionistas de extrema direita. Ainda segundo informações do correspondente de Al Mayadeen, “milhões de colonos correram para bunkers e salas seguras, incluindo nove que foram feridos no caminho”, informou órgão libanês na matéria Yemeni missile attack triggers sirens across Israeli-occupied areas.
Até o último dia 25, as FAI já haviam realizado pelo menos quatro operações contra os assentamentos ilegais na Cisjordânia. Segundo o sítio isralense Ynet, alguns dos mísseis disparados pelo Iêmen foram interceptados pelas defesas aéreas da invasão sionista, mas os destroços e a queda causaram danos às propriedades e, de modo geral, interromperam a vida cotidiana. Outro sítio sionista, o Yedioth Ahronoth, destacou que, desde o início da nova ofensiva iemenita, os colonos vivem como “zumbis”. O sítio destaca o pânico causado pelas sirenes que soam após lançamento de mísseis iemenitas, nomeadamente um responsável por atingir Gush Dan, no centro de “Israel” na última quarta-feira, ocasião em que “dúzias de cidades e assentamentos” foram atingidos.
Apesar da vitória significativa conquistada pelas forças iemenitas na Síria, a atual ofensiva no Iêmen demonstra que, para a ditadura sionista, o panorama geral não mudou substancialmente. A resistência feroz e constante das forças revolucionárias, particularmente as forças iemenitas, segue castigando a máquina de guerra israelense, provando que, mesmo diante de suas vitórias temporárias, “Israel” continua a ser desafiado e enfraquecido.
A determinação da Resistência, em particular a do Iêmen, não se abalou e segue firme, impulsionando ainda mais a luta contra a opressão e os ataques contra o povo palestino e outros povos oprimidos pela ocupação israelense. Essa resposta vigorosa e coordenada das forças iemenitas aos ataques do enclave é uma clara demonstração de que a ofensiva sionista não terá o efeito desejado, com o fortalecimento da resistência e a manutenção da oposição ao imperialismo.
Por outro lado, “Israel” se encontra em uma crise com características terminais, onde suas soluções só têm gerado mais crise e derrotas. A dificuldade do regime sionista em reagir ao governo iemenita, que até pouco tempo vivia uma das piores crises humanitárias já registradas pela ONU, expõe a debilidade da sua máquina de guerra e a crescente vulnerabilidade da entidade sionista.





