A guerra entre a Rússia e o braço armado do imperialismo (a OTAN) na Ucrânia teve novos desenvolvimentos na última semana. Nas últimas 48 horas, as defesas russas neutralizaram com sucesso uma série de ataques de drones ucranianos à capital Moscou, demonstrando mais uma vez o controle do governo russo sobre a situação. Na madrugada de domingo, pelo menos dez drones ucranianos foram interceptados próximo à capital, com o primeiro sendo abatido perto de Podolsk, a 40 km ao sul da capital russa, e o segundo, cerca de uma hora depois, enquanto se aproximava da cidade.
Durante as horas seguintes, outros drones foram derrubados em diversas regiões, incluindo Stupino, Odintsovo, Leninsky e Ramensky. Uma tentativa de ataque a uma refinaria de petróleo em Kapotnya, um distrito industrial ao sudeste de Moscou, também foi frustrada pelas forças russas, sem que qualquer dano ou vítima fosse registrada.
As tentativas de atacar uma usina de energia na região de Kashira também foram frustradas. Apesar de três drones terem sido direcionados para a usina Kashirskaya, nenhum deles conseguiu causar qualquer dano ou interromper o fornecimento de eletricidade. A eficiência da defesa russa se provou, mais uma vez, absoluta, mesmo diante das tentativas desesperadas do regime ucraniano de levar o terror à capital russa.
Por outro lado, a situação na Ucrânia revela um cenário de total desorganização e crise interna. A derrubada de um caça F-16, um dos poucos fornecidos pelos países da OTAN, expôs as graves falhas na coordenação militar ucraniana. O avião, abatido por um míssil do sistema de defesa antiaérea Patriot, também fornecido pelos EUA, foi vítima de fogo amigo, segundo informações divulgadas pela imprensa ucraniana.
O general Nikolay Oleshchuk, chefe da Força Aérea da Ucrânia, foi demitido após entrar em conflito público com uma parlamentar do partido do presidente Vladimir Zelensky, Partido Servo do Povo. Oleshchuk acusou a parlamentar Mariana Bezuglaya de desacreditar as forças armadas ucranianas e os fabricantes de armas americanos, expressando o caos que domina as fileiras do exército ucraniano.
“Mariana, chegará o momento em que você pedirá desculpas a todo o exército pelo que fez, espero que no tribunal!” disse Oleshchuk em uma publicação nas redes sociais na última sexta-feira (30). A mensagem acusava a parlamentar de “se vender” e de ser “uma ferramenta para desacreditar a alta liderança militar”.”Você não apenas jogou sujeira sobre mim pessoalmente e sobre a Força Aérea, mas também desacreditou os fabricantes de armas americanas – o principal aliado da Ucrânia – os EUA!”, continuou Oleshchuk, que acusou também Bezuglaya de fazer “propaganda russa”.
Em resposta, Bezuglaya criticou a “cultura da mentira” nas forças ucranianas, sugerindo que essa prática está levando o exército ao colapso. “Guerra é guerra, tais episódios são possíveis”, escreveu ela, “mas uma cultura de mentiras (…) leva a um sistema de gerenciamento de decisões militares que não melhora com base em análises verdadeiras e consistentemente coletadas, mas piora e até entra em colapso, como visto na direção de Pokrovsk”, acrescentou a parlamentar, referindo-se ao recente avanço da Rússia em direção à principal posição ucraniana no Donbass.
A crise interna do regime ucraniano é um reflexo direto do fracasso de sua política de subserviência total aos interesses imperialistas. E a situação só piora com a recente tentativa do governo de Quieve de desarmar a própria população em meio a uma guerra.
Um número incerto, mas estimado na casa dos milhões de armas de alto grau militar, estão agora em posse de civis, gerando uma preocupação crescente dentro do regime. O Ministro do Interior Bogdan Drapaty, afirmou que entre dois e cinco milhões de armas ilegais estão circulando pelo país, incluindo peças caracterizadas como “troféu”, encontradas por civis em zonas de combate e armas entregues de maneira desordenada pelas autoridades ucranianas.
Em uma manobra desesperada, o governo de Quieve aprovou um plano para forçar a população a registrar essas armas até o final do ano, sob a ameaça de confisco. “Após declarar [as armas], a pessoa terá o direito de mantê-las enquanto a lei marcial estiver em vigor, e usá-las para resistir à agressão armada”, declarou Drapaty. Ele ainda instou os civis a utilizarem essas armas contra as forças russas. Após o fim da lei marcial, os cidadãos terão 90 dias para devolver as armas ao Estado. Esta medida draconiana apenas reforça o medo do regime ucraniano de sua própria população, que é vista mais como uma ameaça do que como aliados na luta contra a Rússia.
Este quadro revela o verdadeiro caráter da ditadura imposta à Ucrânia pela OTAN e seus aliados imperialistas. Em vez de proteger o povo ucraniano, o regime de Quieve o oprime, buscando desarmá-lo em meio a uma guerra, numa clara demonstração de que não confia na própria população. Enquanto a Rússia avança no campo de batalha e mantém total controle sobre a situação militar, a Ucrânia continua a ser utilizada como bucha de canhão do imperialismo, mergulhada em uma crise interna sem precedentes, resultado direto da subserviência total ao imperialismo.