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HISTÓRIA DA PALESTINA

O testamento do Imam Khomeini

Reproduzimos aqui o testamento do líder da Revolução Iraniana

Em virtude do aniversário de 35 anos da morte do Imam Khomeini, o líder da Revolução Iraniana de 1979, reproduzimos um dos documentos mais importantes para se compreender as ideias que serviram de alicerce para o atual regime do Irã. Escrito pelo próprio revolucionário, o Testamento de Khomeini é um longo documento, que trata dos mais diversos aspectos que serão fundamentais para o estabelecimento da República Islâmica do Irã.

O Imam Khomeini faleceu a 3 de junho de 1989, sendo sucedido pelo atual líder supremo do Irá, o Aiatolá Ali Khamenei.

Em nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso

O significado da gloriosa Revolução Islâmica, existente graças aos esforços de milhões de homens de valor, ao sangue de milhares de mártires e veteranos inválidos e que é tida como fonte de inspiração e esperança por milhões de seres humanos oprimidos, é tão grande que chega a afrontar os argumentos da caneta e da palavra.

Eu, Ruhullah Al-Musavi Al-Khomeini, sempre atento à Bondade de Deus, apesar dos meus defeitos e tendo como suprimento para minha arriscada trajetória apenas minha esperança e confiança da Sua Munificência, e como um humilde estudante do jurisprudência religiosa que, como todos os outros irmãos, confia nesta revolução e na perpetuação de suas realizações, comprometo-me a apresentar o que se segue, como meu testamento com a presente e futura gerações. Que Deus permita a sinceridade do propósito ao fazer estas observações:

1. Todos nós sabemos que a grande revolução que cortou os tentáculos dos negociadores tiranos do mundo da face do Irã, só foi possível graças às bênçãos de Deus. Teria sido impossível à nação iraniana realizar esta façanha, tendo em vista as seguintes condições que prevaleciam no país naquela época.

Imensurável propaganda anti-islâmica e anti-clerical, particularmente nos últimos cem anos, criação de discórdia e desunião entre a população pelos escritores, poetas, oradores e meios de comunicação, estabelecimento de inúmeros centro de jogos, prostituição, consumo de drogas, bares e cabarés para arrastarem a juventude para a indiferença e o vício, pelo corrupto Shah e seu pai analfabeto. Imposição feita ao povo por meio de assembléias articuladas pelas embaixadas de potências estrangeiras, o uso de professores com inclinações orientais ou ocidentais nas escolas e universidades, educadores totalmente contrários à cultura islâmica.

Com todos esses itens acima mencionados e outros inúmeros problemas, tais como o isolamento do clero e a perversão de suas mentes com propagandas venenosas, é simplesmente um milagre o fato de a nação ter sido capaz de levantar-se toda à exclamação de “Allahu-Akbar” (Deus é maior). Em toda aldeia, vila e cidade de todo país, através de formidáveis atos de devoção e sacrifício, a nação expulsou todos os poderes internos e estrangeiros e tomou o destino do país em suas próprias mãos.

Portanto, sem dúvida, a Revolução Islâmica do Irã é singular dentre as demais revoluções, singular em seu estímulo ao levante e à rebelião. Certamente, foi uma dádiva sagrada, um presente divino à oprimida saqueada nação islâmica.

2. O Islam e o governo islâmico são fenômenos divinos cujo utilização assegura a felicidade do homem e de seus descendentes neste e no outro mundo. Eles podem por um fim na injustiça, agressão e em todas as formas do mal e da corrupção bem como ajudar o homem a alcançar a perfeição ideal.

Contrário às escolas de pensamento não-monoteístas, o Islam preocupa-se com o homem e o orienta em todos os sentidos: social, material, moral, cultural, político, econômico e militar.

Ele não omite sequer o mais insignificante assunto que atinge a educação e o progresso moral e material do homem e sua sociedade. O Islam chama a atenção para obstáculos à mudança e evolução sociais e esforça-se para eliminá-los. E, agora que por Graça de Deus, a República Islâmica é estabelecida no Irã pelas mãos poderosas do seu povo e pelo Islam e sendo suas leis e seus princípios progressistas preocupações deste Governo, cabe à nação assegurar sua implementação em todos os aspectos e salvaguardá-los visto que a preservação do Islam tem prioridade sobre as demais leis. Todos os profetas, desde Adão (A.S.) até Mohammad (S.A.A.S.) cuidaram e sacrificaram-se pelo monoteísmo. Depois do Mensageiro do Islam (S.A.A.S.), os Imames (A.S.) empenharam-se pela sua preservação e alguns inclusive, deram sua própria vida por ela.

Agora cabe à nação iraniana como zeladora desta fé divina que foi formalmente proclamada no Irã e que dera frutos magníficos em tão pouco tempo fazer tudo o que for necessário para sua execução e salvaguarda. Espera-se que esta fé divina se espalhe do Irã para outras terras islâmicas e que todos os governos e nações muçulmanos cheguem a um entendimento comum sobre esta questão. E como conseqüência, eles cortarão as garras das superpotências mundiais e dos criminosos da história acabando com sua influência sobre os povos oprimidos do mundo.

Visto que estou perto do fim, sinto ser meu dever mencionar algumas coisas que estão envolvidas na preservação e perpetuação desta fé divina (a soberania do Islam) e algumas coisas que colocam-na em perigo e ameaçam-na, para o bem das gerações presentes e futuras. Peço a Deus que abençoe a todas com sucesso neste sentido.

A) Sem dúvida, o segredo da sobrevivência da Revolução Islâmica é o mesmo da sua vitória. A nação conhece este segredo e as gerações futuras lerão sobre isto nos livros de história. Seus dois pilares básicos são os propósitos e objetivos soberanos e divinos do governo islâmico, e a união de toda a nação pelos mesmos propósitos e incentivos. O meu conselho a todas as gerações- presentes e futuras- é o seguinte: se vocês desejam que o Islam e a soberania de Deus persistam e que a colonização e exploração internas e externas sejam dissipadas, não abandonem jamais este incentivo divino que o Alcorão Sagrado enfatiza. Desistir deste objetivo divino, que é o segredo da vitória da revolução e de sua sobrevivência, resulta em disputas, desunião e num propósito esquecido. É por isso que as cornetas da propaganda soam em todos os lugares, semeando sementes de discórdia e desunião através da distorção dos fatos e de mentiras. Milhões e milhões de dólares são gastos em tais propósitos mesquinhos. As freqüentes visitas dos inimigos da República Islâmica a esta região têm em mente este propósito.

Alguns Estados Islâmicos pensam apenas nos seus propósitos interesses e cegamente entregam-se aos EUA. Estes são acompanhados por alguns pseudo-clérigos. A nação e os muçulmanos iranianos devem estar atentos agora e sempre para a importância da neutralização da propaganda que provoca a desunião. Meu conselho a todos é que vocês devem reagir a tais conspirações por todos os meios possíveis, apresentando uma unidade cada vez mais sólida. Isto desaponta os pagãos e os hipócritas.

Uma das maiores conspirações deste século, especialmente das últimas décadas e em particular após a vitória da Revolução Islâmica no Irã claramente expressa é a multidimensional propaganda lançada com o objetivo de desapontar os povos muçulmanos, principalmente a nação iraniana, com o Islam. Às vezes, com argumentos explícitos e rudes, afirmam que as leis de 1.400 anos atrás não podem administrar eficazmente o mundo moderno. Às vezes eles argumentam que o Islam é uma religião reacionária que se opõe a qualquer idéia ou manifestação novas da civilização mundial e seus vários aspectos. Às vezes, em propaganda superficial, apesar de amigável, eles reivindicam a santidade do Islam assim como a de outras religiões divinas e afirmam que as religiões têm a mais nobre incumbência de purificar egos, de convidar os homens ao asceticismo e moralidade, bem como de advertir o povo contra o mundo da matéria. Eles afirmam que as orações aproximam os homens do Senhor, que política e governo opõem-se a estes grandes propósitos morais e são contrários as tradições dos grandes profetas.

Infelizmente, tal propaganda tem impressionado alguns religiosos e fiéis muçulmanos que não foram adequadamente instruídos pelos ensinamentos do Islam. Esta influência é tão marcante que os muçulmanos mais simplórios acabaram considerando o envolvimento em política e governo um pecado grave e um mal. Este primeiro grupo, deve-se dizer, não entende nada de governo, lei e política ou então simula ignorância. A execução das leis baseia-se na equidade e na justiça, na prevenção da crueldade e ditadura, na expansão da justiça pessoal e social, na prevenção de vícios, depravação e perversão, na liberdade, razão, independência e auto- suficiência, na prevenção da colonização, exploração e servidão, na penitência e no limites da punição, ou retaliação na mesma moeda e na base de implementação da justiça para controlar o vício e a corrupção no mundo.

B) A política e a administração de um comunidade de acordo com a razão, justiça e muitas outras considerações não é algo para passar com o tempo ou desgastar-se ao longo da história e da vida do homem na Terra. Afirmar isso equivale a argumentar que os princípios da razão e da matemática devem ser alterados hoje e substituídos por outras regras. É um absurdo afirmar que a justiça social, a qual deveria ser imposta desde o início da criação, e o roubo e a tirania, que devem ser evitados, sejam procedimentos decadentes na era atômica. Afirmar que o Islam é contrário à inovações é o mesmo que o Mohammad Reza Pahlevi dizer que “Nesta era eles querem viajar em quadrúpedes”.

Isto não passa de uma acusação vazia. Porque, se inovação ou novas manifestações da civilização significam, como querem alguns intelectuais profissionais, liberdade do vício, da prostituição e até mesmo do homossexualismo, logo todos os homens de razão e do saber são contrários a ela, ainda que alguns desses indivíduos e elementos pró-leste e pró-oeste fomentam cegamente tais coisas.

Um segundo grupo dos inimigos do Islam que nutre um plano ainda mais odioso, acredita que a religião e o governo não são compatíveis e não podem ser combinados. Estas pessoas ignorantes devem entender que o Alcorão Sagrado e as tradições do Profeta do Islam contêm mais lições decretos ou mandamentos islâmicos referentes à veneração e à adoração ao Senhor, inserem de fato, aspectos políticos, cuja negligência é catastrófica. O Profeta do Islam fundou um governo que aumentasse a justiça social. Era um governo como outro qualquer, porém tinha a intenção de promover a justiça e equidade sociais.

Os primeiros califas do Islam desfrutaram este governo expansivo. O governo soberano do Imam Ali (A.S.) com o mesmo objetivo, mas de escala e dimensão mais amplas, é também evidente na história. Após Ali (A.S.), contudo, aos poucos o governo islâmico tornou-se mero simulacro de profissão de fé. Até hoje há muitos governos que afirmam ser islâmicos. Aqui, eu simplesmente faço menção a estas coisas, de passagem, mas espero que os historiadores e sociólogos façam os muçulmanos ver o erro deles a este respeito. A argumentação de que fora rejeitado e evitado pelos Profetas (S.A.A.S.) e Imames (S.A.A.S.) o interesse pelas questões morais, espirituais e de governo referentes a assuntos seculares e temporais é calamitosamente equivocada. Apoiar este ponto de vista significa corrupção das nações islâmicas e abre caminho para os colonialistas sanguinários.

O que é tabu é governo satânico, ditador e despótico, dominação, sede de poder e desejo de riqueza. Em suma, todas as coisas que fazem o homem abandonar o Senhor. Mas o governo divino está a favor dos despojados e oprimidos e procura prevenir a crueldade e a injustiça. Ele estabelece equidade e justiça social assim como Sulayman bin Dawud e o Profeta Mohammad (S.A.A.S.). Estabelecer a justiça na sociedade é um dever do Islam, é considerado como um ato sublime de adoração e veneração. As opiniões políticas sãs e saudáveis que existiram nos governos acima, era uma necessidade. A atenta nação iraniana deve neutralizar as conspirações acima mencionadas com discernimento islâmico. Escritores e oradores devem levantar-se e ajudar a nação e derrotar os satãs conspiradores.

C) Uma das conspirações, a mais malévola delas, é o rumor amplamente divulgado afirmando que A República Islâmica não fez nada em prol do povo. Pobre povo! Ele sacrificou-se para derrubar o despótico regime tirano. De modo algum ele imaginava que surgiria um regime pior.

Os arrogantes tornaram-se mais arrogantes e os oprimidos mais oprimidos. As prisões estão cheias de jovens que são nossa esperança para o futuro. A tortura tornou-se mais severa e desumana do que antes. Todos os dias, diversos homens são executados- tudo em nome do Islam. Seria melhor se eles não chamassem este sistema de “A República Islâmica”. As circunstâncias são piores do que as da época de Reza e seu filho. O povo está sofrendo, os preços estão lá em cima, as autoridades estão conduzindo o regime ao comunismo, as propriedades do povo são confiscadas. Todas as formas de liberdade são negadas ao povo, etc,etc. Tal palavreado é prova das conspirações executadas todos os dias de alguma forma em algum lugar, cidade ou vila. O mesmo pode ser observado em reuniões, nos táxis, nos ônibus coletivos, etc. Assim que um rumor falso passa, ele é imediatamente substituído por um novo.

Infelizmente, o clero, que não está ciente das conspirações satânicas, mantêm contato com os agentes da discórdia e acham que seus encantamentos são verdadeiros. O fato é que muitos daqueles que acreditam neles são pessoas desprovidas do conhecimento das mudanças ocorridas em favor do Islam. Assim, quando eles ouvem tais rumores eles aceitam-nos errônea ou deliberadamente.

Insisto em recomendá-los a não chegarem a nenhuma conclusão ou fazerem críticas condenáveis sem antes terem feito o seguinte: façam um estudo e uma comparação entre as condições pós-revolucionárias, fiquem a par das circunstâncias dos países e das nações durante e após suas revoluções; considerando os sérios problemas causados por Reza Khan, e pior ainda, por seu filho Mohammad Reza, inclusive todo tipo de dependência das potências estrangeiras, o ato de deixar suborna-se e a desonestidade cometida pelos funcionários do governo, a economia falida, todas as formas de vício, inclusive prostituição, considerando as condições que prevaleciam antes da revolução nas escolas e universidades, analisando e comparando as condições dos estudantes, dos jovens, das mulheres e do dedicado clero antes e depois da Revolução, considerando as condições das mesquitas durante a época do tirano, revisando os registros de pessoas condenadas à morte e então comparando-os com os arquivos atuais, comparando as condições das prisões e seus ocupantes, comparando as circunstâncias daqueles que acumulam riquezas, dos capitalistas, dos vendedores de imóveis, dos tribunais de justiça, fazendo um estudo e um comparação entre os atuais juízes e os anteriores e suas decisões judiciais, comparando os representantes do parlamento antes e depois da revolução, comparando a obra dos governadores das províncias em ambos os regimes, estudando e comparando as atividades atuais da Reconstrução Jihad nas áreas rurais com as condições existentes naquelas áreas antes da Revolução, considerando toda obra deste regime num período de 10 anos- oito dos quais em guerra – com a do regime anterior em mais de 50 anos de governo absoluto sem nenhum problema de refugiados, nenhuma cidade ou vila destruída pela guerra e nenhum problema de veteranos inválidos e famílias desabrigadas, nenhum problema de bloqueio econômico, nenhuma conspiração pela América ou seus agentes locais e estrangeiro, sem um enorme número de migrantes de guerra do exterior, nenhum problema de falta de propagandistas experientes e juízes religiosos em número suficiente, e, considerando a ilegalidade pelos pervetidos, pelos inimigos e até por alguns amigos não instruídos, e considerando inúmeros outros assuntos e fazendo as comparações.

Não imponham seus discursos de crítica a menos que tenham feito as análises e comparações necessárias. Tenham piedade do Islam, o Islam que acabou de ressurgir como uma avizinha, após séculos de sofrimento, envolvido nas ominosas capas providas pela animosidade e oposição dos inimigos locais e estrangeiros! Não será melhor se vocês, em vez de alinharam-se aos hipócritas, aos ditadores, aos capitalistas e aos acumuladores de bens e riquezas, alinharam-se aos humildes, aos oprimidos e aos necessitados. Não será melhor se vocês, em vez de se associarem-se aos grupos arnaquistas e terroristas favorecendo-os indiretamente, considerassem as famílias das vítimas do terror dentre o dedicado e inocente clero e outros servos inocentes?

Eu jamais afirmei e não afirmo que atualmente o Islam é praticado em todas as suas dimensões nesta república e que ninguém age contra as leis islâmicas aqui, seja por ignorância, falta de disciplina ou algum complexo pessoal. Porem, eu digo que os poderes legislativo, judiciário e executivo estão fazendo de tudo para islamizar este país, cujos esforços são apoiados por dezenas de milhões de cidadãos. Se esta minoria obstrucionista e causadora de problemas, seguisse e apoiasse tais esforços, a concretização do objetivo seria muito mais fácil e rápido. Se eles não se juntam a nós, eles podem estar certos de que as massas estão informadas, alertas e participantes e derrotarão essa minoria.

Suponho que hoje a nação iraniana seja mais íntegra e justa do que o povo de Hijaz na época do profeta Mohammad (S.A.A.S.) e de Kúfa (Iraque) na época do Imam Ali e Imam Hussein (A.S.). Quando o Profeta (S.A.A.S.) ainda era vivo, o povo de Hijaz o desobedeceu e encontraram desculpas para não irem às frentes de batalha. Por isso, Deus os repreendeu severamente na Surata Al-Tauba (O Arrependimento – 9) do Alcorão Sagrado. Eles denunciaram o Profeta Mohammad (S.A.A.S.) por causa de mentiras, e foram tantas que ele os amaldiçoou por isso. O povo de Kufa portava-se mal em relação ao Imam Ali (A.S.) e o desobedecia a ponto de suas reclamações contra eles serem registrada sem muitos livros. O tratamento dado pelo povo de Kufa ao Imam Hussein (A.S.), culminou-se no maior evento épico da história- o martírio do Imam Hussein (A.S.). Mas hoje, vemos como a nação iraniana apóia de coração suas forças armadas, o “Sepah Pasdaran” e os recrutas e voluntários do “Basij”. Vemos todos esses elementos, inclusive povos tribais e voluntários, fazendo sacrifícios que nem se imagina, tanto nas linhas de frente quanto na retaguarda.

Temos a satisfação de notar que os sobreviventes dos nossos mártires e dos veteranos inválidos e seus parentes receberam-nos de braços abertos e de modo tranqüilizador. Tudo isto deve-se a sua fé inabalável em Deus, Todo Poderoso, e seu amor por Ele e pelo Islam e a confiança deles na vida eterna, desde que eles não estão nem com o Profeta (A.S.) nem com um Imam (A.S.). Sua confiança e suas motivações estão em outra parte, na sua fé invisível.

Este é o segredo da vitória em várias dimensões. O Islam deveria orgulha-se de ter criado e treinado tais seguidores e filhos. Estamos orgulhosos por estarmos na presença de tal nação nessa época. Eu aconselho àqueles que, por qualquer razão, opõem-se a República Islâmica, aos jovens, às meninas e aos meninos que são explorados pelos pervetidos e hipócritas, a manterem a mente aberta e então julgarem a propaganda daqueles que desejam ver a República Islâmica derrubada, estudar a conduta de tais indivíduos para com o povo, os governadores e grupos bem como seus próprios defensores, a observar cuidadosamente as mudanças em suas posições em várias ocasiões e compará-las com a conduta dos sobreviventes daqueles que foram martirizados pelos hipócritas. Então, eles devem decidir qual é o grupo que verdadeiramente apóia os povos oprimidos na comunidade. Irmãos, vocês não lerão estas linhas enquanto eu viver. Vocês poderão lê-las após a minha morte e não estarei mais entre vocês para querer dizer coisas a fim de ganhar sua atenção e seu apoio.

Sendo vocês um povo jovem e honrado, gostaria de vê-los dedicando suas vidas no caminho de Deus, pelo nobre Islam e pela República Islâmica, para que vocês alcancem a alegria neste e no outro mundo. Rogo a Deus que guie-os ao caminho correto e que perdoe nossas ações do passado. Aconselho-os a manifestarem o mesmo desejo mesmo estando segregados, pois Ele é o Guia, o Misericordioso. Meu conselho a nobre nação iraniana é este: cuidem desta bênção que vocês receberam pelo grande empenho e esforço e pelo sangue de seus jovens como se fosse a coisa mais preciosa que tivessem.

Preservam-na como uma bênção divina e uma grande confiança do Senhor. Façam todos os esforços para salvaguardá-la e não se preocupem com os obstáculos que possam aparecer. Ajudem a República Islâmica e seu governo de todo coração e façam o máximo para resolver alguns de seus problemas. Considerem o parlamento e o governo como se fossem seus e projetam-nos como se fossem seus entes queridos.

Da mesma forma, eu recomendo esta nação aos cuidados e à atenção do parlamento e das autoridades governamentais que devem servir o povo, particularmente os oprimidos, que são nossos verdadeiros benfeitores. Este é o povo que torna a formação da República Islâmica possível e que garante sua continuidade. As autoridades devem considerar-se pertencentes ao povo e reconhecer o povo como parte delas próprias. Também, vocês (autoridades) devem condenar para sempre o despótico governo do analfabeto, despojando os tiranos através de métodos humanos, dignos de um governo islâmico.

Minha sugestão às nações muçulmanas é que vocês considerem o governo da República Islâmica e a nação iraniana como exemplos. Livrem-se de seus governos despóticos, a menos que eles se curvem às exigências de suas nações que são as mesmas da nação iraniana. Os dependentes Governos fantoches que são pró-leste ou pró-oeste são a causa do infortúnio dos muçulmanos. Eu, enfaticamente, recomendo que não dêem atenção às sedutoras propagandas dos opositores e da República Islâmica que sempre tentam por o Islam de lado a fim de assegurar os interesses das super potenciais.

D) Uma das conspirações satânicas das superpotências, dos colonialistas e exploradores, em vigor por muitos anos e que atingiu seu apogeu durante o governo de Reza Khan e prosseguiu no governo de Mohammad Reza foi a repressão do clero através de diferentes métodos. Uma das técnicas era a de criar atritos e animosidade entre os círculos universitários e os religiosos. Intensa propaganda era adaptada para conseguir tal tensão a qual era eficaz devido a ignorância de ambos os grupos a cerca das conspirações satânicas das superpotências.

Professores e instrutores de escolas primárias e segundárias bem como de universidades eram escolhidos entre aqueles com tendência ocidentais ou orientais. Estes também eram educadores que desviaram-se do Islam e de outras religiões divinas. Os educadores devotos e virtuosos constituíam uma pequena minoria. O propósito era de treinar as futuras autoridades do Estado desde à infância até a idade adulta de tal forma que eles pasceriam a odiar a religião em geral e o Islam em particular e a desprezar os entusiastas religiosos, especialmente o clero muçulmano. Naquela época, os religiosos muçulmanos eram acusados de serem agentes britânicos, defensores dos capitalistas, dos negociantes de terra e reacionários que se opunham à civilização e ao progresso. Ao mesmo tempo, eles incutiam o medo no clero de estudantes e nos “graduados” sábios das universidades com propaganda maliciosa, denunciando-os por ateísmo, libertinagem e oposição a todas as manifestações de religião.

As condições acima alinhavam as autoridades do governo contra as religiões, inclusive o Islam e seu clero. A situação colocou o clero e as massas religiosas, que se importavam com sua religião e clero, contra o governo e tudo aquilo era apenas uma parte dela. Este profundo vazio entre o governo e a nação bem como entre a universidade e o clero, abriu tanto o caminho para os exploradores e saqueadores que o destino do povo e os recursos do país foram parar nas suas mãos e nos seus bolsos e a nação sofreu como todos nós testemunhamos.

E agora, que por graça de Deus e pelos sacrifícios de toda a nação, inclusive do clero, dos universitários e dos empresários, dos trabalhadores agrícolas e industriais dentre outros, os grilhões da escravidão foram removidos, as algemas da servidão quebradas, as potências da arrogância repelidas e o país virtualmente isolado e salvo de seu controle e do controle do seus fantoches internos, gostaria de recomendar às gerações presentes e futuras que não diminuam esforços. Deixem os universitários e os jovens fortalecerem os laços de amizade e mútuo entendimento com o clero e os estudantes de ciências religiosas. Jamais negligenciem as conspirações dos inimigos pérfidos e dêem conselho e orientação sempre que notar que alguém está tentando semear as sementes da discórdia e desunião.

Caso seu conselho a tais indivíduos não seja eficaz, afastem-se deles, isolem-nos e não permitam que suas tramas criem raízes, pois prevenir é melhor que remediar. Os estudantes das escolas de teologia bem como da universidade devem estar alertas à propaganda insidiosa divulgada pelos seus professores. Assim que ouvirem tal instrutor dizer ou explicar algo que distorça a verdade e perveta suas mentes, rejeitem-no para si próprios e suas classes. Esta sugestão é principalmente dirigida ao clero e aos estudantes de ciências religiosas nos centros teológicos. A conspiração nas universidades tem dimensão e profundidade particulares. Ambas as categorias de estudantes devem tomar cuidado com as conspirações.

E) Uma das mais eficazes conspirações que infelizmente deixou uma marca indelével nas nações, inclusive na nossa, é a alienação dos povos dos países colonizados. Em outras palavras, povos ocidentalizados ou orientalizados tornando-se alienados e suas próprias culturas e consideram os povos das superpotências como sendo de raça e culturas superiores a deles. Eles passaram a considerar as superpotências como “Quiblah”deles (Direção da casa sagrada em Meca) e afiliação a um dos dois pólos indispensável e inevitável para si próprios. Esta questão tem uma longa e triste estória e os golpes que recebemos e estamos recebendo deles são devastadores e fatais. A situação mais infeliz refere-se aos colonialistas que bloquearam o progresso dos povos oprimidos sob os seus governos, tornando suas nações consumidoras.

As potências coloniais têm nos amedrontado tanto com seu poder e progresso satânicos que não ousamos a aventurar-nos em qualquer atividade. Pelo contrário, submetemo-nos em qualquer atividade. Pelo contrário, submetemo-nos a eles e colocamos nossos destinos nas mãos deles tornando seus seguidores com nossos próprios olhos e ouvidos tapados. Esta estupidez e inanidade mental artificial impediram-nos de confiar e acreditar no nosso próprio conhecimento e modo de pensar bem como transformaram-nos em seguidores cegos do Leste ou do Oeste. Os costumes e modos estrangeiros sejam eles banais, vulgares ou redundantes, são promovidos, propagados e impostos às nações por meio de ações, palavras e elogios. Por exemplo, um livro que tenha várias palavras e termos estrangeiros é aceito imediatamente com admiração e respeito, sem levar em consideração o seu conteúdo. O escritor de tal livro é considerado erudito e liberal. Tudo o que é matizado com terminologia oriental ou ocidental é bom, notável e tido como um sinal de avanço e civilização. Se é elaborado com termos nativos, é considerado decadente.

Nossas crianças, cujos nomes têm laivos de raízes estrangeiras e ocidentais são orgulhosas e progressivas. Caso elas tragam nomes tradicionais, são vistas como retardadas. Nossas ruas e alamedas com nomes estrangeiros sobressaem-se àquelas com nomes familiares e locais. Isto vale para firmas de negócios, sociedades, associações, lojas, bem como para os nomes de drogarias, bibliotecas, livrarias e várias mercadorias e produtos de consumo, pois eles são mais freqüentados, tem uma clientela maior bem como vendas e rendimentos maiores. Modos ocidentais em todas as fases da relação social e em todas as facetas da vida é motivo de orgulho e tidos como símbolos de civilização e progresso. Enquanto isso, os moldes tradicionais de conduta e costumes são vistos como culto retrógrado e ao antepassado.

F) Ir para o exterior para tratar até mesmo de um resfriado é o que se faz em vez de consultar um médico local. “Ao inferno, médicos locais! Eles não sabem nada!”.Viajar para Inglaterra, França, USA e Moscou, aumenta a dignidade, enquanto fazer peregrinação a Meca e visitar locais sagrados é errado. Negligenciar tudo o que diz respeito à religião à religião é sinal de receptividade e civilização, enquanto a dedicação a esses assuntos é sinal de antiguidade. Eu não digo que nós temos tudo. Ao longo da história, especialmente agora, temos sido privados de qualquer progresso. Os estadistas desleais do regime Pahlevi e sua máquina de propaganda depreciaram todos os produtos domésticos, criaram em nós complexos de inferioridade e impediram todos os meios e formas de progresso.

A importação de todos os tipos de produtos e mercadorias do estrangeiro abriram espaço para nossos jovens preocuparem-se com tais coisas. Envolveram-se em competições e ocupações infantis referentes a artigos de toucador e jogos de azar. Ao mesmo tempo, passaram a ser consumidores de tais artigos bem como os de luxo. Isto tem uma longa e triste história. Nenhum esforço foi poupado no sentido de desviar a atenção das mentes de nossos jovens de refletir sobre seu próprio destino bem como o do seu país.

G) E agora, que a nação iraniana libertou-se de tais armadilhas e que as gerações oprimidas levantam-se para trabalhar e criar suas próprias iniciativas, muitos exemplos, tal como a fabricação de acessórios para aeronaves (a qual todos achavam que não era possível) tornaram-se realidade. Por que o embargo econômico e fatores resultantes da guerra tornaram-se realidade. Porque o bloqueio econômico e fatores resultantes da guerra tornaram possível sua produção local sem a assistência de peritos estrangeiros. Gostaria de enfatizar ao nosso povo que fique alerta e atento a fim de que os políticos filiados ao Leste ou Oeste não nos empurrem de volta para estes larápios internacionais.

Tomem medidas decisivas para livrarem-se de todas as dependências. Tenham certeza de que as raças ariana ou árabe não são de modo algum menos dotada que a européia, a norte-americana ou a russa. Se nós tivermos sucesso em encontrar o nosso eu verdadeiro, não deixar o desespero nos dominar e confiar em nós mesmos e não esperar nada dos outros, seremos capazes, no final das contas, de fazer todas as coisas. Isto é possível desde que vocês confiem em Deus Todo-Poderoso e em si próprios e acabem com todas as dependências para com os outros. Além disso, vocês têm que trabalhar muito para conquistarem uma vida honrada e livrarem-se da influência e dominação dos outros.

Cabe às autoridades dos governos presente e futuros cuidar e prezar seus peritos e especialistas e encorajá-los através de apoio moral e material para suas iniciativas. É preciso que bens de consumo nocivos não sejam importados. Deixem o povo contentar-se com o que tem até que ele possa fazer tudo sozinho. Eu peço aos jovens, aos meninos e as meninas que não sacrifiquem sua liberdade, independência e valores humanos pela luxúria, busca do prazer e outros vícios que lhe são oferecidos pelos corruptos agentes do Leste e do Oeste.

A experiência tem nos ensinado que eles buscam sua degeneração, o controle de suas riquezas e recursos naturais e sua indiferença para com o seu destino e o destino do seu país. Eles os querem apenas como consumidores, eles procuram colonizar sua terra e explorá-la para seu próprio benefício. Eles querem que vocês sejam seus dependentes. Esta é uma maneira pela qual eles tentam manter-nos em um estado de atraso e subdesenvolvimento e, como eles afirmam, numa condição de homens semi-primitivos. Quanto ao clero versus pessoas graduadas e de universidade, como já mencionei, eles tiveram um sucesso considerável ao isolar o clero e ao perveter a juventude, sujeitando-a à propaganda ocidental depravada e corrupta. Eles também tiveram sucesso ao colocar as classes educadas e o clero opostos entre si. Portanto, agora que as universidades e outros institutos de ensino estão resgatados, temos todos que ajudar as autoridades a impedir a repetição daquelas condições. Esta tarefa vital deve ser desempenhada essencialmente pelos estudantes e pelos funcionários das universidades e faculdades para treinamento de professores pois impedir a corrupção destes institutos significa impedir a preservação da nação.

Meu aviso à juventude e para as gerações mais jovens em primeiro lugar, para seus pais em segundo lugar, para as autoridades do governo e os intelectuais e para todos que se interessam pelo país, é que dêem-se por inteiro à vital tarefa de manter as universidades e outros institutos de ensino superior constantemente protegidos, pois isto protege o país contra todos os danos. Eu peço a cada geração que passe estas instituições para a geração posterior em estado de pureza. Meu conselho às gerações vindouras é que mantenham todas as instituições de ensino superior livres de perversão e da dependência do Leste ou do Oeste, visto que isto significará sua própria salvação, a preservação do país e a perpetuação da fé.

H) O compromisso dos representantes da Assembléia Islâmica Consultiva é uma questão maior. Nós testemunhamos os prejuízos sofridos pelo Islam e pelo Irã nas mãos dos representantes pervertidos e corruptos dos parlamento anterior, visto que o regime constitucional fora estabelecido no país através da era dos governantes Pahlevi. Tais representantes dos parlamento eram indivíduos sem valor, servos das potências estrangeiras que traíram o país e a nação. Durante os cinqüenta anos do governo tirânico do regime Pahlevi, uma maioria de representantes do parlamento foi forjada. Eles executavam os ditames da União Soviética e Inglaterra, e nas décadas recentes, dos EUA. Eles eram agentes incompetentes das potências estrangeiras que impuseram a eles suas opiniões através dos seus fantoches despóticos, Reza Khan e seu filho, Mohammad Reza Khan. Os representantes corretos e corajosos formavam uma minoria oprimida e ignorada.
Depois da promulgação da constituição no Irã, seus artigos importantes eram quase sempre ignorados. Antes de Reza Khan subir ao poder, o país estava nas mãos de alguns chefes supremos desleais, pró-ocidentes e feudais. Depois vieram o sangrento regime Pahlevi e seus agentes cruéis. Mas agora, por graça de Deus e do empenho resoluto e corajoso da nação, o destino do país cai na mão do próprio povo. Seus verdadeiros representantes são eleitos pelo próprio povo, sem intervenção estrangeira e sem interferência do governo e dos Khans feudais. Os verdadeiros representantes são enviados para Assembléia Islâmica Consultiva. Espera-se que a dedicação deles ao Islam e aos interesses do país impeça todas as perversões e aberrações.

Recomendo às gerações presente e futuras que em toda eleição escolham pessoas virtuosas, corretas e educadas. Que estas pessoas sejam comprometidas com o Islam e com a República Islâmica, pessoas que venham principalmente das classes médias oprimidas da sociedade, que não sejam pervertidas e que não se desviem do caminho correto. Que os seus representantes junto ao parlamento sejam pessoas sem tendências ao Leste-Oeste, indivíduos cientes dos problemas do dia a dia e da política Islâmica. Meu conselho aos respeitáveis religiosos, especialmente as autoridades religiosas (mareje) é que eles não fiquem a parte ou mostrem indiferenças para com as eleições de seus representantes junto ao parlamento ou do Presidente da República Islâmica. Todos vocês viram e as gerações futuras ouvirão, como os políticos, que foram seguidores do Leste ou Oeste, impediram os religiosos de exercer a política, os quais tiveram uma enorme influência ao preparar as bases da constituição no país e como foram enganados por tais políticos, chegando a considerar que interferiam nos assuntos do Estado e dos muçulmanos a ponto de ficar fora dos parâmetros de sua posição e status. E conseqüentemente, cederam ao domínio dos políticos para dar lugar aos elementos pró-Leste e pró-Oeste que causaram danos irreparáveis à lei constitucional, ao país e ao Islam, os quais levam décadas para serem remediados.

Agora que, graças a Deus, os obstáculos foram removidos, não existe nenhuma desculpa. Uma atmosfera livre está disponível para o envolvimento e participação nos assuntos de Estado. Um pecado imperdoável é expor as questões dos muçulmanos em perigo. Todos, na medida do possível, devem estar disponíveis a serviço do Islam e do país. Todos devem, ao máximo, fiscalizar e impedir a propagação da influência dos elementos pró-Leste ou pró-Oeste e da influência daqueles que se desviam da grande escola do Islam. Todos devem entender que os oponentes do Islam e dos países muçulmanos, ou seja, ladrões internacionais e superpotências, infiltraram-se em nosso país e em outros Estados Islâmicos discretamente e aos poucos levam o povo à colonização. Vocês têm que estar alertas e vigilantes e assim que notarem que tal passo está prestes a ser dado, reajam para detê-lo e neutralizá-lo. Não lhes dêem tempo! Que Deus os ajude!
Peço aos atuais e futuros representantes junto à Assembléia Islâmica Consultiva que não respeitem, mas que rejeitem as credenciais de qualquer deputado dissidente, o qual toma o voto de seus constituintes através de intriga e fraude políticas. Aconselho às reconhecidas minorias religiosas que tirem como lição, as sessões do parlamento do regime Pahlevi e elejam representantes que sejam dedicados a sua própria religião e comprometidos com a Republica Islâmica, pessoas que não sejam dependentes das potências comerciantes mundiais, que não têm simpatia por nenhuma escola de ideologia dissidente, forjada ou ateística. Peço a todos os deputados do parlamento que tratem uns aos outros com a maior boa-vontade e fraternidade e cuidem para que nenhuma lei aprovada se oponha ao Islam. Sejam todos fiéis ao Islam para alcançarem a felicidade neste e no outro mundo.

Meu conselho ao Conselho de Guardiões, agora e no futuro, é que ele desempenhe suas obrigações islâmicas e nacionais com autoridade e muita prudência para que não seja influenciado por qualquer potência e para que revogue qualquer lei, regra ou regulamento que se opor ao Islam e a lei constitucional. Também, o conselho deve estar atento às exigências do país que as vezes tem que ser remediadas por decretos secundários e às vezes através da guarda do principal jurisprudente (Wilayat Al-Faquih).

Meu conselho à nobre nação é que ela participe ativamente em todas as áreas atinentes a eleições presidenciais, à eleição dos deputados da Assembléia ou à eleição dos peritos para estabelecer o Conselho de Direção. A escolha e nomeação de tais representantes têm que basear-se em critérios sólidos e respeitáveis. Por exemplo, se, por omissão, as eleições dos peritos para determinar o Conselho de Direção ou o líder não se basearem em leis e padrões religiosos, ocorrerão prejuízos irreparáveis a religião e ao país, e nesse caso todos serão responsabilizados perante Deus. Assim, a não participação nas eleições pelo povo, desde os sábios e autoridades até as camadas sociais mais inferiores, inclusive os comerciantes, os trabalhadores, agricultores, empregados e todos os outros, indicaria a irresponsabilidade deles, seja nesta ou nas gerações futuras. É como se a ausência do cenário político e a não participação nos assuntos do Estado e nas eleições, em certos casos, pudessem constituir um pecado gravíssimo.

Portanto, todos têm que ter em mente que prevenir é melhor que remediar. Se a ação necessária não é tomada a tempo, o controle dos assuntos do Estado pode escapar de suas mãos. Esta é uma realidade conhecida por todos desde que o governo constitucional fora proclamado no país. Nenhuma ação terapêutica é melhor e mais eficaz do que a execução de tarefas e obrigações pelo povo em toda a nação, determinadas de acordo com as leis e padrões islâmicos. Nas eleições para Presidente e deputados da Assembléia, os eleitores têm que consultar pessoas cultas e compreensivas. Tais indivíduos têm que estar cientes dos canais de ação, ser leais, não dependentes dos estados poderosos e exploradores, mas sim pessoas de boa reputação quanto a sua virtude e seu compromisso para com o Islam e a República. Tal consulta deve também começar pelo dedicado e virtuoso Clérigos Islâmico. Deve-se tomar o cuidado de certificar que os eleitos Presidente do Estado Islâmico e deputados da Assembléia são pessoas que já sentiram e experimentaram as condições das classes oprimidas da sociedade e que preocupam-se com o bem-estar deste grupo. O Presidente e os deputados da Assembléia não devem pertencer às altas classes capitalistas e comerciantes de terra pois estão afundados nos prazeres carnais, sendo incapazes de sentir a amargura e o sofrimento dos povos descalços e oprimidos. Temos de entender que se os deputados da Assembléia e o Presidente são competentes, muitas dificuldades não surgirão. Se os problemas surgirem, eles serão resolvidos de maneira apropriada e digna. Este é um aspecto a ser lembrado com respeito às eleições do Conselho de Direção ou do líder.

Deve-se lembrar que se os membros do conselho dos Sábios forem eleitos de acordo com suas virtudes e levando em consideração as opiniões dos sábios de seu tempo em todo o país, pouco ou nenhum problema surgirá com respeito à seleção dos mais dignos e melhores qualificados líder e membros do Conselho da Guarda. Os Artigos 109 e 110 da Constituição elucidam o grave dever da nação nas eleições para “Sábios”, “Deputados”, “Líder” e membros do conselho da Guarda. Caso sejam cometidos erros ou omissões nestas eleições, o Islam, o país e a República Islâmica serão seriamente prejudicados. Por causa da probabilidade da ocorrência de tais danos a punição divina certamente virá.

Meu conselho ao líder e ao Conselho de Guardiões desta era que é a era da invasão e agressão pelas superpotências e seus servos dentro e fora contra a República Islâmica, na verdade contra o Islam, e aos líderes e Conselhos da Guarda nas futuras eras, é que devotem e dediquem-se a serviço do Islam, dos oprimidos e da República Islâmica. Não pensem que a guarda é por si uma dádiva ou um status nobre para você. Pelo contrário, considere-a uma pesada e árdua tarefa, na qual, quando se comete erros por causa de pouca consideração, o que errou viverá envergonhado o resto da vida na Terra e conhecerá a ira de Deus no outro mundo. Rogo ao Senhor e suplico-lhe que Ele receba-nos na Sua Presença, vitoriosos desta provação. Isto também aplica-se a todas as autoridades de acordo com suas responsabilidades. Estas devem também estar atentas para com a presença de Deus e Sua vigilância sobre suas ações. Que Deus, Todo Poderoso, seja seu guia!

I) Uma das questões principais e essenciais é a justiça, pois ela envolve as vidas das pessoas, as propriedades e as virtudes. Meu conselho ao líder e ao Conselho da Guarda é que se esforcem ao máximo na escolha de pessoas altamente qualificadas e profundamente comprometidas e dedicadas para ocuparem o cargo ou outra posição judicial importante. Tais pessoas devem ser peritas em leis islâmicas religiosas e em política. Peço ao Supremo Conselho Judiciário que esclareça as lamentáveis condições a que chegaram todos os assuntos legais e judiciários durante o regime anterior, que corte as mãos daqueles que brincaram com as vidas e propriedades do povo e daquele juízes para os quais a justiça islâmica não tem o menor sentido. Efetue mudanças revolucionárias no sistema judiciário e substitua os juízes sem qualificações islâmicas por juízes devidamente qualificados, os quais, se Deus quiser, serão treinados pelos seminários teológicos, especialmente pelo Centro Teológico de Qom e recomendados para a indicação de postos judiciários. Espera-se que muito em breve a Justiça islâmica prevaleça em todo o país. Aconselho aos atuais juízes e aos futuros que tenham em mente as tradições atribuídas aos Imames (A.S.) que lembre-se dos exemplos nos quais a justiça é imprópria e tenham sempre em mente a importância do julgamento e dos perigos inerentes ao seu abuso. Deixem todos aqueles que são magistrados qualificados, promover a justiça com seu trabalho, e não permitam que a posição de juiz caia nas mãos erradas. Façam todos saber que assim como é grande e perigosa a responsabilidade do julgamento, suas recompensas e seus méritos são também importantes e grandiosos. Façam-nos também saber que assumir o cargo de juiz é um dever de caráter que recai sobre poucos.

J) Meu conselho ao centros sagrados teológicos, como já disse algumas vezes, é que os oponentes do Islam e da República Islâmica estão determinados a erradicar o Islam de todas as formas diabólicas possíveis. O caminho principal para atingir seu objetivo ominoso, o qual é perigoso para o Islam e para os centros teológicos, é feito de sabotadores e canalhas infiltrados nos seminários teólogos. Isto em pouco tempo, oferece o perigo de se levantar calúnias sobre a conduta dos estudantes teológicos, acusando-os de terem comportamento e caráter, corruptos, pervetidos e anti-éticos. Com o correr dos tempos, a infiltração nos seminários teológicos por tais agentes nocivos e sua integração nas classes de estudantes destes centros atinge um risco maior, a ponto de alguns deles conquistarem posições elevadas através de suas maquinações. Graças ao simulado conhecimento das leis islâmicas, eles podem conquistar a confiança do povo e então, em momentos apropriados, desferir golpes fatais contra as escolas teológicas, o Islam, bem como o país.

Estamos cientes que as superpotências implantam vários agentes das comunidades com as mais diferentes aparências, ou seja, “nacionalistas”, “pseudo-liberais”, “intelectuais”, “pseudo-espirituais”, etc. Estes grupos, tendo oportunidade, pode tornar-se o mais traiçoeiro e perigoso. Tais agentes vivem, às vezes décadas entre as nações, com paciência, conduta e procedimento islâmicos, patriotismo simulado, espiritualidade e outros artifícios e executam suas tarefas nas ocasiões mais propícias. Durante um curto espaço de tempo desde a vitória da revolução, nosso povo viu tais agentes intitulados “Guerrilheiros do Povo”, “Voluntários do Povo”, e com outras denominações. É necessário que todos cooperem a fim de neutralizar tais conspirações. Todos devem estar alertas para o perigo desses agentes. A purificação dos seminários teológicos é prioritária. Esta é a tarefa dos respeitáveis sábios e professores e dos homens notadamente instruídos dos centros, mediante aprovação das autoridades (fontes de imitação – Maraja’e). Talvez a argumentação, A ordem encontra-se no estado de desordem” seja um dos artifícios malévolos destes conspiradores. De qualquer forma, meu conselho é que em todas as eras, especialmente nesta, na qual as conspirações e intrigas aumentaram em todos os aspectos, é necessário levar a ordem aos centros de teologia. Deixem os canonistas, os instrutores e os sábios dedicarem seu tempo, e, através de planejamento cuidadoso e correto, purificar e preservar os principais centros teológicos, especialmente o Centro Teológico de Qom. É preciso que os respeitáveis Sábios e Professores impeçam que a pervesão e a distorção comecem a aparecer nos materiais de ensino referente ao jurisprudência religiosa. Não deixe que haja nenhum afastamento do método dos grandes homens doutos em religião no ensino dos princípios das jurisprudências, pois só assim as leis islâmico poderá ser preservado. Os esforços devem ser feitos para que haja progresso diário na exatidão de opiniões e métodos investigativos bem como para mais pesquisa e trabalho criativo.

Jurisprudências tradicional, que é a herança de nossos competentes ancestrais, deve ser preservado e mantido.O afastamento dele enfraquece as bases da pesquisa. Que os estudos de pesquisa acumulem-se! Para falar a verdade, outros ramos da ciência e programas de aprendizagem e pesquisas devem ser planejados tendo como base as necessidades do país e do Islam. Os homens devem ser treinados para fazerem pesquisas do mais alto nível e em quantas áreas forem necessárias. A pesquisa, seu ensinamento, sua aprendizagem e prática devem estar ao alcance de todos.

Ciências islâmicas morais tais como, ética, purificação do ego, experiência mística, etc, devem fazer parte de tal pesquisa educacional. Isto é especialmente verdadeiro quando trata-se da purificação da alma e do ego, melhor conhecido como a grande empenho. Que Deus, Todo Poderoso, ajude-nos a alcançá-lo.

K) Uma das áreas que precisam de purificação, reforma e cuidado é o poder executivo. Pode ser que leis progressistas e benéficas sejam decretadas pela Assembléia, aprovadas pelo Conselho da Guarda e anunciadas pelo gabinete do ministro atinente ao departamento apropriado para implementação. Porém, pessoal incompetente poderá impedir sua execução através de distorção, burocracia ou nítida violação das regras ou regulamentos. Tal ação servirá para gerar insatisfação e inquietação na comunidade. Meu conselho ao gabinete de ministros, agora e no futuro, é que eles e seus funcionários vivam de fundos públicos, e, portanto, devem ser verdadeiros empregados públicos, especialmente os empregados dos oprimidos. É proibido gerar intranqüilidades junto ao povo como também deixar de cumprir seus deveres, o que suscitaria a ira do Senhor.

Todos precisam do apoio da nação. Foi pelo apoio popular, especialmente das classes oprimidas, que a vitória foi conquistada e as mãos dos tiranos separadas do país. Caso vocês sejam privados deste apoio um dia, os opressores lhes expulsarão assim como vocês derrubaram o opressor sistema monárquico.

Em vista do fato real acima mencionado, vocês devem se esforçar para satisfazer a nação, ganhando assim sua confiança. Evitem condutas desumanas e não-islâmicas. Por isso, recomendo que os nossos futuros ministros tenham o máximo cuidado na escolha dos governadores de províncias, certificando-se de que os mesmos são homens competentes, sábios, dispostos e dedicados ao Islam e à República Islâmica e que se dêem bem com o povo. É necessário que a paz e a tranqüilidade venha a ser a regra universal. Deve ser lembrado que apesar de todos os ministérios terem como responsabilidade a islamificação ou a islamização e regulamentação dos assuntos competentes a suas áreas de ação, alguns destes ministérios têm características muito especiais, como no caso do Ministério das Relações Exteriores.

Desde os primórdios da vitória da Revolução, tenho aconselhado os Ministros das Relações Exteriores sobre as inclinações pro a tirania das embaixadas e a necessidade de sua purificação e conversão, tornando-as embaixadas da República Islâmica. Algumas delas, contudo, ou não puderam ou não quiseram dar passos positivos. Porém, o atual Ministro da Relações Exteriores tem esperança que este objetivo será alcançado através da perseverança, no devido tempo. Aviso aos Ministros das Relações Exteriores de hoje e do futuro, que suas responsabilidades são de fato, enormes, seja na purificação de seus escritórios, departamentos ou suas embaixadas, ou na área da política externa, da preservação de nossa independência, assegurando os interesses do país ou na manutenção de boas relações com países que não pretendem interferir em nossas questões. Evitem tudo que possa indicar dependência em seus mais amplos aspectos. Saibam que a dependência sobre certas coisas, apesar de parecer útil e de trazer bons lucros, agora e no futuro, corromperá o país até a raiz. Façam todos os esforços para melhorar as relações com os países islâmicos e para despertar seus estadistas e convidem todos para a unidade, pois Deus está com vocês. Meu conselho às nações muçulmanas é o seguinte: não esperem pela ajuda externa para alcançarem seu objetivo, que é a implementação dos ensinamentos e dogmas islâmicos. Vocês mesmos devem se levantar e empreender esta tarefa vital que concretizará sua independência e liberdade.Deixem que os grandes Sábios e respeitáveis oradores dos estados peçam aos governos que se livrem da dependência das grandes potências estrangeiras e que entrem em entendimento com suas próprias nações. Desta forma, a vitória será de vocês. Conclamem as nações a se unirem e a evitarem a divisão, pois isto é contrário aos princípios islâmicos.

Cumprimentem, em sinal de amizade, todos aqueles que compartilham de sua crença, em qualquer país, sejam eles de que raça forem, pois a grande fé islâmica tornou-os “irmãos”. Se, pela graça de Deus, este espírito de irmandade na fé for concretizado, um dia vocês verão que os muçulmanos constituirão a maior potência do mundo. Esperamos que, se Deus quiser, esta irmandade e igualdade possam manifestar-se um dia. O meu conselho ao Ministério da Orientação Islâmica para todas as épocas, especialmente agora, que tem suas características particulares, é que propague a verdade versus a falsidade e mostre a verdadeira face da República Islâmica. Por termos cortado as mãos das superpotências de nosso país, agora somos sujeito às críticas acerbadas da propaganda e aos bombardeios de todos os meios de comunicação provenientes das superpotências. Lamentavelmente, a maioria dos Estados Islâmicos da região, que deveria mostrar-nos sua fraternidade por ordem do Islam, opõe-se a nós e se coloca a serviço dos negociantes mundiais de agressão e invasão contra nós, de todos os lados e quartéis. Além do mais, nossos meios de propaganda são precários, enquanto hoje, o mundo gira em torno da publicidade e propaganda. Os chamados escritores intelectuais são arrastados para um outro lado e suas ambições, seu egoísmo e a exclusividade desejada não permitem que eles pensem na independência e na liberdade de seu país. Estes fatores não permitem que os escritores considerem, por um momento, os interesses de suas próprias nações e façam comparações entre a liberdade e a independência na República Islâmica e a do regime tirânico anterior. Tais escritores e locutores não param para pensar e medir a vida digna e honrada no país de hoje, inclusive alguns confortos e prazeres da vida, em comparação com o que eles tinham no regime anterior, que estava afundando na dependência, servidão, elogiando aqueles núcleos de corrupção e vício, caso contrário, eles desistiriam de fazer tais acusações falsas e totalmente imprecisas contra a recém-nascida República Islâmica e usariam suas canetas e sua vozes a favor da nação e do governo.

A questão da propaganda não compete somente ao Ministério da Orientação Islâmica. Pelo contrário, é um dever de todos os escritores, oradores, artistas e sábios. O Ministério das Relações Exteriores deve tomar providências para que suas embaixadas abastecidas de literatura que revele a face radiante do Islam ao mundo inteiro. Se a verdadeira face do Islam, que o Alcorão e as tradições convidam a todos para as suas várias dimensões, emergisse das veias pelos oponentes e fosse livre dos desentendimentos entre amigos, o Islam dominaria o mundo inteiro e sua bandeira de honra seria desfraldada em todos os lugares. Como é triste o fato dos muçulmanos possuírem a gema mais valiosa, incomparável no mundo inteiro e não serem capazes de apresentá-la – todo homem, através de sua intuição, procura esta coisa inestimável e, em contrapartida, os que a possuem não estão cientes disto, ignoram-na e algumas vezes desviam-se dela.

L) Um dos assuntos mais importantes e determinantes do destino é a questão das instituições educacionais, desde o jardim de infância até a universidade. Por sua extraordinária importância, eu volto ao assunto para fazer um comentário. A nação saqueada deve saber que na última metade do século passado, todos os golpes assoladores vieram principalmente das universidades. Se as universidades e os outros centros educacionais estivessem ativamente engajados no treinamento, purificação e educação de nossas crianças, nossa juventude e nossos homens, armados com os programas islâmicos e nacionais que visam promover os interesses do país, nosso país não teria sido tragado primeiro pela Inglaterra e depois pelos EUA e pela União Soviética e aqueles acordos e tratados devastadores não teriam sido impostos à oprimida nação.

Da mesma forma, os agressores estrangeiros não teriam sido admitidos no país. Nossos recursos e o ouro negro desta nação não teriam caído nos bolsos das potências satânicas. A Família Pahlevi e seus dependentes não teriam sido capazes de roubar as riquezas do povo e construir parques e casas de campo particulares aqui e no exterior. Os bancos estrangeiros não teriam se tornado ricos com os salários de nosso povo oprimido e tais somas de dinheiro não poderiam ter sido gastas pelos tiranos e sua prole e seus parentes, em orgias sexuais e outras fantasias carnais.

Se a assembléia, o governo, os organismos judiciais e outros tivessem vindo das universidades islâmicas e nacionais, hoje, nossa nação não estaria enfrentando estes sérios problemas. Se personalidades castas com puras tendências islâmicas e nacionalistas, não como as apresentadas como Islam hoje, provenientes das universidades, tivessem sido enviadas para os três centros do poder, as circunstâncias seriam diferentes e viveríamos dias diferentes. Nosso povo oprimido teria sido poupado. A crueldade e a opressão da monarquia teriam sido repelidas pelo povo muito antes, assim como as casas de prostituição e outros centros de vício – sendo que apenas um era suficiente para corromper nossos jovens. Nem seríamos herdeiros das condições das condições hediondas do vício da droga e do narcótico.

Se as nossas universidades fossem islâmicas, humanitárias e nacionalistas, elas teriam treinado, educado e apresentado à sociedade, centenas de milhares de professores. Como é triste ver que estas instituições foram administradas e todas nossa crianças treinadas e educadas (com raras exceções) por pessoas ocidentalizadas ou orientalizadas, as quais assumiram posições importantes por nomeação, através de planos especiais. Nossas queridas, oprimidas e inocentes crianças, infelizmente, treinadas por tais imbecis, filiaram-se às superpotências. Estes professores e instrutores fiavam-se nos poderes legislativo, judiciário e executivo e na sua influência.

Contudo, nossas universidades, graças a Deus, libertaram-se. Cabe, agora, à nação e ao governo islâmicos impedir que elementos corruptos, simpáticos às ideologias do Leste ou do Oeste, infiltrarem-se nos centros de treinamento de professores, nas universidades e em outros institutos de educação. Tais elementos devem ser eliminados assim que eles derem o primeiro passo, para que as dificuldades não se estabeleçam mais tarde. Meu conselho aos estudantes do 2° grau, das faculdades e das universidades é que eles mesmo levantem bravamente e oponham-se ao desvio e à perversão, para que a independência e a liberdade da nação e de vocês permaneçam sãs e salvas.

M) A totalidade das forças armadas, incluindo, o exército, a marinha, a força aérea, o “Sepah Pasdaran”, a “Gandarmaria”, a polícia, os homens dos comitês revolucionários, o voluntários do “Basij”, bem como a milícia tribal recrutada – todos gozam de um status especial. Eles são os braços poderosos da República Islâmica e são guardas das fronteiras, eles garantem a segurança das estradas, cidades e áreas rurais. De fato, eles proporcionam paz e segurança à nação, do Governo e da Assembléia. Todos devem se lembrar que as forças armadas, de qualquer natureza, são manipuladas pelas superpotências e sua políticas destrutivas. É através das forças armadas e das intrigas políticas que os golpes de Estado são planejados e concretizados, os governos mudam e os regimes alteram-se. Os aproveitadores traiçoeiros compram alguns chefes e comandantes de tais forças e através deles, executam suas conspirações pervesas e tomam posse ou dominam um país ou alguma inocente nação oprimida acabando com sua liberdade e independência. Se os comandantes militares são honrados e austeros, não haverá oportunidade para um golpe de estado numa nação, nem para sua ocupação. Se por ventura isto ocorrer, os comandantes leais e dedicados se encarregarão de derrotá-lo e neutralizá-lo.

No Irã aconteceu um milagre pelas mãos da nação. Os leais e dedicados membros das forças armadas e seus comandantes austeros e patriotas tiveram uma participação considerável. Porém, hoje a maldita guerra imposta por Saddam Hussein, por sugestão, ordem e ajuda dos EUA e outras potências, após dois anos, enfrentou a derrota política e militar do agressor exército Ba’thita e seus poderosos aliados e dependentes. As forças armadas, a polícia de segurança, os militantes públicos, os guardiões da revolução, com a generosa colaboração do povo, trouxeram-nos o respeito, tanto nas linhas de frente quanto na retaguarda. As intrigas internas e os motins praticados por fantoches do Leste e do Oeste, com o objetivo de derrubar a República Islâmica, foram derrotados pelos jovens dos Comitês Revolucionários, pelos guardiões da revolucionários, pelos voluntários mobilizados, pela polícia e através da assistência da nação. São estes jovens entusiastas que passam a noite acordados para que as famílias possam descansar em paz. Que Deus os ajude!

Portanto, meu fraternal conselho, nos últimos momentos da minha vida, a todas as forças armadas é que amem o Islam e com os corações cheios de amor por Deus e que, junto Dele, prossigam seu valioso trabalho de sacrifício e devoção nas frentes de guerra e demais lugares do país. Tomem cuidado com os ardis políticos traiçoeiros nos bastidores dos elementos pró-Oeste e pró-Leste!

Eles querem usar os que deram suas vidas para que a revolução pudesse triunfar e o Islam ser revivido. Eles querem derrubar a República Islâmica e separar vocês do Islam e da nação, envergonhando o Islam e o serviço pela nação e pelo país e atirá-los nos braços de um dos dois pólos de negociantes mundiais, anulando assim nossos esforços e sacrifícios através de truques políticos.

Meu empático conselho às forças armadas é que observem a regra militar de não-envolvimento em política. Não se filiem a nenhum partido político, grupo ou facção. Nenhum oficial, policial de segurança, guarda revolucionário (Basij), não pode envolver-se em política. Fiquem longe da política e assim vocês serão capazes de preservar e manter sua bravura militar e de ficar imunes a disputas e divisões internas. Os comandantes militares devem proibir seus subalternos de filiarem-se a partidos políticos. E, uma vez que a revolução pertence à nação inteira, sua preservação é também um dever de todos. Portanto, o Governo, a nação, o Conselho de Defesa e a Assembléia Islâmica Consultiva estão todos encarregados de oporem-se a qualquer envolvimento em política ou em qualquer movimento contra os interesses do Islam e do país por parte das forças armadas, seja qual for a categoria, classe, divisão ou posto. Tal envolvimento certamente os corromperá e perverterá.

Cabe ao líder ou ao Conselho da Guarda impedir tal envolvimento das forças armadas em ações resolutas, para que nenhum dano possa assolar o país. Meu afetuoso conselho às forças armadas nestes últimos dias da minha vida mundana é que permaneçam fiéis ao Islam, assim como são agora. O Islam é a única ideologia verdadeira de liberdade e independência e Deus Todo-Poderoso guia todos nós à exaltada posição de humanidade pela luz do Islam. O Islam poupa a você, o país e a nação da vergonha de serem dependentes das potências que querem para vocês apenas a escravidão, e que desejam manter o país e a nação atrasados e como consumidores de suas mercadorias, trazendo-lhes sob o jugo da submissão.

Prefiram uma vida digna com dificuldades à escravidão do conforto bestial. Saibam que enquanto estenderem suas mãos aos outros para as avançadas necessidades industriais, o poder da iniciativa e do avanço criativo não florescerá em vocês. Um exemplo objetivo que vocês testemunharam diz respeito a nós mesmos durante o período pós revolucionário. Aqueles entre nós que pareciam ser incapazes de fazer ou consertar qualquer coisa depois do bloqueio econômico a nós imposto, foram obrigados a usar suas mentes e cérebros e obtiveram êxito na fabricação de muitas coisas. Esta guerra, o bloqueio econômico e a expulsão de assessores e especialistas estrangeiros foi uma bênção divina. Agora, se o governo e o exército boicotarem os manufaturados dos comerciantes mundiais e se esforçarem ao máximo e tiverem mais iniciativa, eles poderão tornar-se auto-suficientes e não terão que implorar aos inimigos que lhes supram as suas necessidades.

Devo acrescentar aqui que depois de tal atraso prolongado e superficial, é inegável nossa dependência de manufaturados estrangeiros. Isto, contudo, não significa que devemos nos tornar dependentes de um dos dois pólos em ciências avançadas. O governo e o exército devem tentar enviar estudantes devotos para os países mais industrializados, que possuem tecnologia avançada mas que buscam a colonização ou a exploração. Evitem enviar estudantes para a URSS e para os EUA bem como para aqueles países que seguem as linhas de um dos dois pólos. Talvez, se Deus quiser, chegará o dia em que aquelas duas potências conscientizarão de seus erros, adotando a linha do filantropismo, hamanismo e respeito pelos direitos dos outros. Que os povos humildes e oprimidos, os oprimidos, as nações alertas e os devotos muçulmanos possam, se Deus quiser, depô-los e colocá-los no seu devido lugar,Amém!

N) O rádio, a televisão, a imprensa, o cinema e o teatro são os instrumentos mais eficazes para a estupefação e corrupção das nações, particularmente das gerações mais novas. Durante o século passado, principalmente na segunda metade, grandes conspirações foram tramadas e executadas através destes meios de comunicação contra o Islam e seus servos fervorosos, o clero. Os meios de comunicação são também empregados nas redes coloniais de propaganda do Leste e do Oeste. Eles são usados para criar mercados de consumo, especialmente para a venda de mercadorias de luxo e de decoração. Os meios de comunicação são utilizados para fazer as pessoas imitar os outros, principalmente no que se refere a vestuário, ao consumo de todos os tipos de bebidas, à imitação dos estilos arquitetônicos, etc. Portar-se como ou ser um europeu era motivo de orgulho. Os pseudo-europeus imitavam os europeus de todas as formas: no modo de vestir, na maneira de falar e em todas as facetas de comportamento e relação social. Palavras e termos estrangeiros eram usados tanto na linguagem escrita quanto na oral, de tal forma que dificultavam a compreensão de muitas pessoas, até mesmo pelos companheiros dos usuários. Comerciais de televisão exibindo produtos ocidentais ou orientais fizeram os jovens desviarem-se do curso normal de seu trabalho, deixando suas vidas e ocupações caírem no esquecimento no que diz respeito a eles próprios e suas personalidades.

As revistas pornográficas imprimiam fotos e escreviam artigos nocivos à moral. Os jornais se orgulhavam por guiar a juventude em direção ao Leste ou Oeste publicando artigos anti-islâmicos e contrários à cultura nativa. Uma extensa publicidade promoveu centros de vício, tais como, casas de prostituição, cassinos e lojas de loterias. Enormes lojas varejistas vendiam artigos de luxo, artigos de toucador, parafernália para jogos de azar, bebidas alcoólicas, etc. Tudo isto entrava no país financiado pela venda do petróleo, gás e outros minerais valiosos. Se o regime Pahlevi tivesse sobrevivido, em breve nossos jovens – estes filhos do Islam e do país, que eram a esperança da nação para o futuro – estariam privados do Islam através da conspiração satânica daquele sistema corrupto e também dos meios de comunicação e dos liberais e intelectuais pró-Leste e pró-Oeste. Ou então, nossa juventude teria destruído suas vidas nos centros do vício ou tornando-se serventes das superpotências e destruído o país. Deus Todo-Poderoso, com sua misericórdia, tem nos livrado de todo mal daqueles que o praticam.

Meu conselho à Assembléia Islâmica Consultiva, ao Conselho da Guarda, ao Supremo Conselho Judiciário e ao Governo de agora e do futuro é que mantenham as agências de notícia, a imprensa e as revistas a serviço do Islam e dos interesses do país. Todos nós devemos saber que o estilo de liberdade ocidental degenera a juventude, é condenado na concepção do Islam. Propaganda, literatura, artigos, discursos, livros, e revistas que se opõem ao Islam e aos interesses do país são proibidos. Cabe a todos muçulmanos impedir suas publicações e distribuição. Se tais ações não forem impedidas, todos serão responsabilizados. O povo e a juventude do Hezbollah (Partido de Deus) devem comunicar às autoridades sempre que constatarem fatos desta natureza. Se as autoridades não tomarem nenhuma providência, os membros do Hezbollah terão eles próprios impedir tais ações. Que Deus os ajude!

O) Meu conselho às quadrilhas, aos grupos e às pessoas que ativamente se colocam em oposição à República Islâmica e ao Islam bem como aos seus filhos que estão no exterior ou em casa é que uma longa experiência em conspiração e que as várias formas de agir, de pedir apoio a autoridades e a Estados estrangeiros devem ter-lhes ensinado que o curso de uma nação dedicada não pode ser alterado por atos de terror e sabotagem, por explosões de bombas nem pela divulgação de mentiras elaboradas.

Nenhum Estado e/ou Governo pode ser derrubado por tais métodos desumanos e ilógicos, principalmente uma nação como a do Irã, cuja juventude, velhos, mulheres e crianças sacrificam suas vidas no caminho da República Islâmica, do Alcorão e da religião. Vocês sabem que a nação não está com vocês, suas ações cruéis e atividades criminosas perpetradas por vocês separaram-se deles. Vocês ganharam somente a inimizade dos outros. Meu conselho a vocês, nos meus últimos dias, é que não lutem contra essa nação oprimida, que depois de 2.500 anos sob o regime tirânico dos Shah, libertou a si própria e a sua juventude de tal governo opressor como o do regime Pahlevi e abalou o Leste e o Oeste.

Como é que a consciência de alguém permite-lhe comportar de maneira tão cruel com sua própria nação por uma causa menor de uma posição? Aconselho-os a abandonarem estas ações inúteis e insensatas. Retornem ao país e ao Islam estejam onde for, desde que não tenham cometido nenhum crime. Arrependam-se pois Deus Todo-Poderoso é misericordioso e a República Islâmica e a nação, se Deus quiser, perdoarão vocês. Se vocês tiverem cometido um crime para o qual Deus lhes determinara uma tarefa específica, retornem a Ele do meio do seu caminho e arrependam-se. E, se tiverem coragem, aceitem o castigo, salvando assim suas almas da “tortura dolorosa” (isto é, o castigo na outra vida). Não desperdicem mais suas vidas, assumam uma atitude diferente e trabalhem. Isto é o melhor para vocês.

Eu indago aqueles que apóiam estes grupos, sejam eles do país ou do exterior. Por que destruir suas vidas e da juventude por causa destas pessoas que como já foi comprovado, estão a serviço de potências mundiais, seguem seus planos e caem em suas armadilhas? Por que vocês são injustos para com sua própria nação?

Vocês foram enganados! Se vocês viverem aqui neste país, vocês verão com seus próprios olhos que estas multidões resistente são fiéis e dedicadas a Republica Islâmica. Vocês verão que o governo e o regime atuais são os que mais sinceramente estão a serviço do povo e do oprimido. Aqueles que falsamente dizem ser do povo, ou guerrilheiros pelo povo, de fato, colocam-se em oposição aos homens de Deus. Eles enganam vocês, jovens, para satisfazer seus propósitos ou os objetivos de um dos dois pólos do mundo, enquanto eles próprios vivem com prazer nos braços de um dos dois pólos do crime. Ou então, vivem na luxúria e no conforto das casas de campo ou condomínios para se dar prosseguimento ao seus crimes pelos quais sacrificam suas vidas.

Meu afetuoso conselho à juventude que vive neste país ou no exterior, é que abandone o caminho errado. Volte e junte-se aos povos oprimidos da sociedade que servem a República Islâmica de todo o coração. Atue e sirva ao Irã livre e independente para que o país e a nação possam livrar-se da sedução e os danos do inimigo. Vivam todos com dignidade. Por que e por quanto tempo vocês darão ouvidos aos comandos das pessoas que combatem sua própria nação com o apoio das superpotências, sacrificando-se pelos pelo seus objetivos e suas ambições vis? Durante anos, após a vitória da revolução, vocês notaram que as palavras e as ações delas eram duas coisas distintas. Suas afirmações são feitas com o intuito de enganar os jovens de corações puros. Vocês devem saber que eles não tem nenhum poder face à mobilização impetuosa da nação e que as ações deles só podem resultar na perda e destruição de suas próprias vidas. Eu cumpro a minha obrigação ao dar conselhos. Espero que vocês ouçam estes conselhos os quais chegarão a vocês após a minha morte, quando não poderá haver nenhuma questão de proveito pessoal da minha parte. Que Deus, o Beneficente, guie-os ao caminho correto!

Meu conselho aos esquerdistas, tais como os comunistas, as Guerrilhas Populares (Fadayeen Khalq) e demais grupos de esquerda é o seguinte: sem prévio estudo das várias escolas de ideologia, sem procurar e conhecer a opinião das autoridades em Islam, como é que vocês poderão abraçar uma ideologia que já está morta e enterrada? Qual foi o seu incentivo? O que foi que fez seus corações optarem por poucos “Ismos” que já foram tidos como nulos e sem valor pelos pesquisadores? O que é que vocês pretendem, querendo arrastar seu país para os colos da União Soviética ou da China? O que é que os faz lutar contra sua própria nação em nome do amor pelas massas ou conspirar contra seu próprio povo em benefício dos estrangeiros? Vocês podem notar que aqueles que aderiram ao comunismo desde o seu início, foram e são os mais ditadores, sedentos de poder e hegemônicos. Quantas nações foram oprimidas sob pressão da União Soviética, deixando de existir? O povo da União Soviética, os muçulmanos e os não-muçulmanos, estão lutando sob pressão dos ditadores do Partido Comunista. Privados de toda as liberdades, eles mal sobrevivem sob um estrangulamento que é pior que qualquer outra coisa sobre a Terra.
Stalin foi um dos assim chamados cabeças brilhantes do partido. Todos nós vimos sua ascensão e sua saída acompanhadas de cerimônias aristocráticas. Mesmo agora, quando há indivíduos prontos para sacrificar suas vidas por amor àquele partido, os povos oprimidos soviéticos e os povos vizinhos daquele país, como o povo do Afeganistão, padece face à crueldade do regime soviético. Enquanto isto, vocês (grupos pró-soviéticos) que afirmam estar ao lado do povo, ferem e prejudicam o povo do Afeganistão, como podem e onde podem. Vocês cometeram crimes inimagináveis contra o honrado povo de Amol, o qual foi tido erroneamente como seus leais defensores, e, por engano, enviaram um razoável número deles para combater o governo e o povo, resultando na morte de muitos deles. Vocês, “defensores” dos povos oprimidos querem entregar à ditadura soviética os povos inocentes e oprimidos do Irã e por isso, colocaram um disfarce e auto-denominavam os “Fadayeen” (devotos do povo) e os defensores dos oprimidos. Isto agora está sendo executado pelo Partido Tudeh (Comunista) e seus membros através das intrigas e conspirações sob o pretexto de estarem apoiando a República Islâmica e também por outros grupos (esquerdistas) através de armas, terror, explosões de bombas etc.

Eu aconselho todos os partidos (políticos) e os grupos conhecidos como esquerdistas (apesar das indicações apontarem sua ligação aos comunistas americanos) quer sejam mantidos ou inspirados pelo Ocidente, ou aqueles que em nome de governo próprio e do apoio aos Curdos e Baluchis, pegaram nas armas e arruinaram as vidas do povo oprimido do Curdistão e de outras localidades. Vocês desta maneira, opuseram-se aos esforços do Governo Islâmico de apresentar serviços educacionais, médicos e econômicos bem como de reconstrução naquelas províncias. Estes grupos, tais como os Democratas e o Komeleh deviam (abandonar este caminho) juntar-se à nação.

Suas experiências mostram que eles não fizeram nada exceto prejudicar, e que eles não trouxeram nada, exceto a miséria para aquelas áreas. Estas são as coisas que eles (grupo esquerdista) podem fazer e nada mais do que isto. Portanto, é de interesse deles próprios, da nação e das províncias deles que eles cooperem com o governo e evitem revoltas, serviços para estrangeiros e traição ao país.

Melhor, deixem-nos participarem da reconstrução do país e certificarem que o Islam é melhor para eles do que o Ocidente criminoso ou o Oriente ditador, bem como a melhor forma para alcançar a felicidade da humanidade.

Meu conselho aos grupos muçulmanos que erroneamente se inclinaram para o Oriente ou Ocidente e algumas vezes apoiaram os hipócritas, cuja traição foi provada, e, que amaldiçoaram involuntariamente aqueles que se opunham aos inimigos do Islam é que eles não persistam em seus erros e, para agradar ao Senhor, aliar-se ao governo, à Assembléia e unir-se ao povo e, todos juntos, resgatar os oprimidos da história da maldade dos povos arrogantes. Recordem o que o grande jurisprudente, Modarres disse durante uma atribulada sessão do parlamento: “Já que temos que ser destruídos, por que facilitá-la nós mesmos?”

Em memória desse grande mártir de Deus, digo-lhes hoje que é muito melhor que sejamos erradicados da face da Terra com dignidade pelas mãos criminosas dos EUA e da URSS a viver confortavelmente sob a bandeira do Exército Vermelho ou das tropas ocidentais. Esta tem sido a prática dos grandes profetas de Deus, dos Imames e dos grandes homens de religião que nós temos que seguir. Devemos nos conscientizar que se uma nação quiser, ela pode sobreviver sem qualquer dependência e que as potências mundiais não podem impor nada sob uma nação contra sua vontade. Deve-se aprender uma lição proveniente do Afeganistão onde o governo usurpador e os partidos esquerdistas estiveram e ainda estão com a URSS, mas que ainda não foram capazes de subjugar o povo.

Além disso, hoje, as nações oprimidas despertam e logo sua consciência despertada resultará em levantes, insurreições, movimentos e revoluções. Estes surgiram da denominação dos arrogantes opressores. Vocês muçulmanos, que prezam os valores islâmicos podem observar muito bem que a separação do Oriente ou do Ocidente revela suas bençãos. As mentes capacitadas de nosso país tornaram-se ativas e estão trabalhando para conseguir a auto-suficiência.Tudo aquilo que só especialistas traiçoeiros do Oriente ou do Ocidente diziam ser impossível de se alcançar é notadamente alcançando pelas mãos e pelos cérebros da nação.

Se Deus quiser, isto continuará no futuro. Pena que a revolução aconteceu tarde! Se ela tivesse ocorrido ao menos no começo do governo de Mohammad Reza, este país devastado seria outra coisa.

Meu conselho aos escritores, aos oradores, aos intelectuais, aos obstrucionistas, aos causadores de problemas e a todos aqueles que têm complexos é o seguinte: ao invés de gastarem o seu tempo perseguindo um curso contrário ao da República Islâmica e fazendo tudo o que podem para vilipendiar a assembléia, o governo e outros funcionários públicos com seu pessimismo e má-vontade, empurrando assim o seu país para as superpotências, passem uma noite em reclusão com o seu Deus. Se vocês não acreditam em Deus, recolham-se com suas próprias consciências e analisem seus motivos latentes, dos quais raramente as pessoas estão cientes e reflitam porque razão e por quais padrões de justiça vocês ignoram o sangue de todos aqueles corpos mutilados de jovens, espalhados por todos os lados nas frentes de batalhas, nas vilas e nas cidades. Por que vocês começam uma guerra psicológica contra uma nação determinada a libertar-se por si própria da pressão dos opressores e saqueadores internos e estrangeiros, a qual está determinada a salvaguardar sua independência e liberdade conquistadas com o sangue de seus filhos e que agora deseja preservar isto sem se importar com os sacrifícios que foram necessários?

Por que vocês querem reabrir o caminho para os opressores arrogantes através de conspirações traiçoeiras, da discórdia e desunião? Não seria melhor para vocês orientarem o governo, a Assembléia e a nação pela suas escritas, suas palavras e suas mentes, a fim de preservar a sua pátria? Este povo oprimido não é merecedor de sua assistência? Não será melhor que vocês cooperem com o estabelecimento do governo islâmico? Vocês consideram esta Assembléia, este Presidente, este governo e este sistema judiciário piores do que aqueles do regime anterior? Vocês esqueceram a crueldade com a qual o regime anterior tratava esta nação oprimida? Vocês não sabem que o país islâmico era uma base militar para os EUA naquela época e que era tratado por eles como sua colônia? Ou, que a Assembléia, o governo e as forças militares estavam nas mãos deles? Vocês não sabiam que os seus assessores, técnicos e industriais manejavam seus recursos?

Vocês esqueceram a proliferação da prostituição em toda a nação, dos centros de vício e entretenimento corrupto, tais como cassinos, bares, casas noturnas, lojas de bebidas, cinemas, etc? Cada um destes fatores era um elemento importante na corrupção de uma geração de jovens. Vocês esqueceram a pornografia promovida pelos corruptos meios de comunicação durante o regime anterior? E agora que os mercados do vício não existem, que vários jovens que pertenciam a grupos dissidentes e que cometiam atos pervetidos afim de desonrar e macular o Islam e a República Islâmica foram julgados e que muitos daqueles que se voltaram contra o Islam e a República Islâmica foram condenados à morte, vocês clamam por humanidade?

Ao mesmo tempo, vocês favorecem aqueles que franca e abertamente condenam o Islam e se levantaram contra ele, ou que se rebelaram com suas escritas e dizeres – o que é mais deplorável que o levante armado. Com gente deste tipo vocês mantêm laços de fraternidade e dão-se as mãos?

Vocês chamam estas pessoas a quem os decretos de Deus proclamara “Mahdoor Addam” (aquele cujo sangue foi legalmente derramado) a menina de seus olhos (ou seja, uma pessoa muito querida)! Vocês sentam-se ao lado daqueles “atores” que causaram uma calamidade em 14 de Esfand (5 de março de 1981) matando jovens inocentes enquanto vocês observam a cena passivamente. Vocês, então, consideram estes atos islâmicos e éticos. Mas, quando o governo e os tribunais de justiça julgam e punem corretamente os inimigos, os ateus dissidentes, vocês clamam por humanidade! Vocês clamam inocência! Eu sinto muito por alguns irmãos cujos antecedentes conheço bem. Interesso-me por alguns de vocês, mas não por aqueles que foram, rebeldes, disfarçados de gente honesta e lobos com pele de ovelha e que, como farsantes, ridicularizaram a todos e pretenderam destruir o país e a nação, visto que eram lacaios de um dos dois pólos depredadores.

Aqueles que martirizam a juventude, os jovens de valor, os religiosos e os instrutores da comunidade e que não tiveram nenhuma misericórdia para com as inocentes crianças muçulmanas perderam todo o direito perante o Senhor e não terão como voltar atrás, visto que são governados por almas carnais. Mas vocês, fiéis irmãos, por que não ajudam o governo e a nação que tentam servir os oprimidos e os descalços, os quais são privados de todas as coisas? Do que vocês estão reclamando? Vocês já tentaram mensurar os serviços prestados por este governo e pelas inúmeras fundações da República? Isto foi realizado em pouco tempo, apesar da desorganização que acompanha qualquer revolução e apesar da guerra imposta com todas as suas perdas, da destruição, dos milhões de refugiados locais e estrangeiros, de todos os atos de sabotagem, se comparado com os programas de desenvolvimento ao regime anterior. Você não sabia que as tarefas de desenvolvimento daquele regime privilegiam quase totalmente as cidades e na própria cidade, suas melhores quadras, ou seja a dos ricos? As classes mais pobres tinham ou pouco ou nada, enquanto o regime atual dedica-se totalmente aos grupos mais necessitados. Vocês que crêem, apóiem o governo para que os projetos se concretizem rapidamente. Assim, quando vocês, forçosamente, compareceram à Sua Presença, vocês o farão usando a insígnia do serviço aos servos de Deus.

P) Um assunto que requer comentário é este: o Islam não apóia o capitalismo cruel e incontrolado que tripudia sobre as massas oprimidas. O livro e a tradição condenam veementemente este tipo de capitalismo e consideram-no contrário à justiça social. Apesar de alguns terem erroneamente pensado que o Islam favorece desenfreadas formas de capitalismo, isto não é verdadeiro. Tais raciocínios maldosos ofuscam a face brilhante do Islam e preparam um regime capitalista, por ordem dos EUA, Inglaterra e outros saqueadores ocidentais.

Confiando em tais acusações infundadas e entendimentos errôneos, os inimigos, sem referirem-se às fontes islâmicas para esclarecimento desta questão, desafiam o Islam. O Islam não é um regime comunista nem Marxista – Leninista que se opõe à propriedade privada e que gradualmente vem sofrendo certas transformações como a liberação das relações sexuais e homossexualismo. Isto seria uma ditadura destrutiva. O Islam é um regime equilibrado e moderado que reconhece a propriedade e a respeita, dentro de certos limites, a produção e o consumo. A implementação do sistema islâmico em sua forma verdadeira assegura uma economia sã e justiça social, que é um pré-requisito para um sistema político saudável.

Aqui também, várias pessoas inconscientes e com nenhum conhecimento do Islam e seus programas, visando uma economia saudável, opuseram-se ao primeiro grupo. Recorrendo a alguns versos do Alcorão e citando frases de Nahjul Balaghah, (eles) consideram que o Islam está de acordo com as escolas dissidentes de ideologia tal como a de Marx. Tais homens não prestam atenção nos outros (trechos) de Nahjul Balaghah e dos versículos do Alcorão Sagrado, e, como resultado de sua inadequada compreensão, decidem seguir uma fé comunista. Eles ignoram o ateísmo, a ditadura e a estrangulação inerentes aos valores humanos – um partido minoritário tratando as massas humanas como animais.

Aconselho a Assembléia, o Conselho da Guarda, o governo, o Presidente e o Supremo Conselho Judiciário a serem humildes face aos mandamentos de Deus, que não sejam influenciados pela propaganda fútil do pólo de capitalismo cruel e voraz e do pólo ateu do comunismo e que respeitem a propriedade e o capital particular dentro dos limites islâmicos. Aconselho-os a tranqüilizar a nação a fim de que as iniciativas privadas e criativas proliferem para que o país e o governo possam alcançar a auto-suficiência em todas as áreas, inclusive indústrias leves e pesadas. Aconselho aos que acumulam riquezas, legalmente a investir seus honestos rendimentos em trabalhos inovadores, em agricultura, no desenvolvimento de nossas vilas e fábricas. Isto por si só constitui um ato eminente de adoração a Deus.

Aconselho a todos a realizarem esforços pelo bem-estar das classes oprimidas, pois isto é uma obra de bem aqui e na vida eterna, visto que estes grupos têm sido oprimidos ao longo da história feudal e monárquica. Quão nobre é o ato das classes ricas de proverem voluntariamente habitação aos que vivem em favelas, pois isto será uma benção para eles na Terra e no outro mundo. Está muito distante da justiça, o fato de uma pessoa possuir vários prédios ao passo que muitas pessoas não tem sequer um único cômodo para morar.

Q) Meu conselho aos juristas e religiosos e aos pseudo-juristas que opõem-se ao Islam por várias razões e que dedicam suas vidas em erradicá-lo e colaboram com outros inimigos conspiradores e intrigantes políticos e, como se diz, fazem vultuosas doações em dinheiro que eles recebem dos capitalistas ímpios, é que vocês até agora não ganharam nada com suas más ações e, eu acho que vocês não conseguirão nada se persistirem. Assim, se vocês praticam todo esse mal por causa deste mundo, Deus não permitirá que vocês ganhem nada. Portanto é melhor que vocês se arrependam enquanto têm oportunidade, roguem o perdão do Senhor e juntem-se à causa da oprimida e empobrecida nação e apóiem a República Islâmica que passou a existir graças aos sacrifícios da nação. Aí está o verdadeiro objetivo neste e no outro mundo. Contudo, eu acho que sua vontade de arrepender-se não chegará antes que seja tarde demais.

Àqueles grupos que errônea ou deliberadamente cometem erros e opõem-se às leis e aos decretos islâmicos e tem a República Islâmica como um regime pior que a monarquia ou parecido, digo-lhes, reflitam sobre a República Islâmica com sinceridade quando estiverem sozinhos. Façam uma comparação justa e imparcial entre ela e os regimes anteriores e levem em consideração que todas as revoluções mundiais impõem desorganização, motins, confusões e distúrbios, além de oportunistas querendo levar vantagens da situação por causa de seus objetivos egoístas. Considerem o fato de a República Islâmica ter enfrentado tudo isto e tolerado falsa propaganda, mentiras, acusações, ataques armados de fora e dentro de suas fronteiras e combatido a inevitável infiltração de elementos corruptos e anti-islâmicos em todos os órgãos do Estado e do Governo que provocam insatisfação e mal-estar. Além disto, a maioria dos funcionários públicos no regime eram inexperientes e muitos veteranos estavam insatisfeitos porque suas rendas ilegais foram reduzidas. Eles assim, mostraram seu ressentimento espalhando mentiras e rumores falsos. Tudo isto, somando à escassez de juízes, situação econômica agonizante, às enormes dificuldades, em purificar o seu pessoal corrupto na administração pública e à escassez de pessoal qualificado e competente, além de muitos outros problemas que tiveram que ser enfrentados. Por outro lado, os monarquistas preconceituosos, donos de um capital imensurável adquirido através da usura, das ultrajantes somas enviadas, ao exterior, das vendas internacionais, da taxação exorbitante sobre bens e serviços, do contrabando, do armazenamento de mercadorias e atos diabólicos similares, colocam as classes empobrecidas sob grande pressão, arrastando a sociedade para desintregação e o vício. Homens deste nível apresentam-se com propósitos mesquinhos. Para fazê-los acreditar no que dizem, eles simulam que seguem o Islam e às vezes pagam os dízimos religiosos e choram lágrimas de crocodilo. Eles os enfurecem e os incitam a fazer oposição. Muitos deles sugam o sangue das pessoas ou exploram-nas através de meios ilegítimos, levando a economia do país à bancarrota.

Meu fraternal e humilde conselho é que vocês, respeitável povo, não sejam influenciados por rumores. Apóiem e fortaleçam esta república por amor a Deus e pela preservação do Islam. Estejam certos de que caso esta república caia, ela não será substituída por um governo islâmico que tenha o selo da aprovação do Imam Al-Mahdi (A.S.). Pelo contrário, um regime aceitável por um dos dois pólos irá substituí-la para o descontentamento dos povos empobrecidos do mundo que optaram pelo Islam e pelo governo islâmico. O Islam será isolado para sempre e vocês arrepender-se-ão de sua conduta algum dia, quando será tarde demais. Se vocês esperam que tudo seja islamizado da noite para o dia, vocês estarão cometendo um erro. Tal milagre jamais aconteceu em toda a história humana.

E, não pensem que quando o grande reformador chegar, sucederá um milagre e o mundo inteiro será arrumado em um dia! Pelo contrário, será através de esforços e sacrifícios que os opressores serão liquidados. Se, como alguns leigos mal orientados pensam que para o Imam Al-Mahdi (A.S.) voltar é preciso que o mundo seja totalmente tomado pela crueldade e assim fazê-lo aparecer antes que a crueldade aumente, então vamos encomendar nossas almas ao Altíssimo.

R) Meu conselho a todos os povos muçulmanos e oprimidos do mundo é que vocês não devem cruzar os braços e esperar até que suas próprias autoridades e governantes ou alguma potência estrangeira dêem-lhes de presente a independência e a liberdade. Nos últimos cem anos temos observado a infiltração das maiores potências do mundo em todos os países islâmicos e outros menores. A história confiável relata-nos isto. Nenhum dos governantes de qualquer um desses países preocupa-se com liberdade, independência e bem-estar de sua nação, até hoje. Pelo contrário, a maioria destes governantes tem sido crúeis opressores que tentam sufocar seu povo. O que eles fizeram de bom foi em benefício próprio ou atendendo aos interesses de algum grupo. Ou então, promovem o bem-estar dos que estão por cima, as classes ricas, mas nunca fizeram nada para beneficiar os grupos empobrecidos e os moradores de favelas. A estes últimos faltam até o pão de cada dia.

As classes oprimidas e miseráveis tornaram-se servas dos epicuristas devassos ou fantoches das grandes potenciais, fazendo o máximo para tornar seu país cada vez mais dependente das potências estrangeiras. Os governantes destes países, que eram governantes apenas no nome, asseguraram os interesses de seus senhores orientais ou ocidentais, transformaram seus países em mercados de consumo para os manufaturados de seus chefes supremos, mantiveram suas terras em condições subdesenvolvidas e continuam fazendo até hoje.

Oh! Oprimidos do mundo! Oh! muçulmanos e países muçulmanos do mundo! Levantem-se! E arranquem seus direitos com unhas e dentes! Não se preocupem com a propaganda incoerente das superpotências e seus fantoches! Expulsem de sua terra os governantes malvados que entregam os frutos de seus trabalhos para seus inimigos e para os inimigos do Islam. Vocês mesmo e os dedicados funcionários públicos devem encarregar-se dos assuntos de seu país. Unam-se sob a magnífica bandeira do Islam e combatam os inimigos do Islam e dos povos empobrecidos do mundo. Avancem rumo a um governo islâmico soberano com inúmeras repúblicas livres e independentes. Se vocês entenderem isto, as potências arrogantes retirar-se-ão para suas posições de direito e todos os oprimidos herdarão a Terra e obterão sua guarda. Aguardem o dia em que a promessa de Deus será cumprida.

S) No epílogo deste meu testamento político e religioso, mais uma vez digo à respeitável nação iraniana que, neste mundo, a extensão da dor, do sofrimento, da devoção e do sacrifício de alguém é proporcional à grandeza de seus propósitos, seu valor e seus objetivos sublimes. É por isso que vocês, respeitável nação, levantaram-se e prosseguiram dando suas vidas e riquezas, este é o propósito mais sublime, mais exaltado e mais caro pelo qual têm lutado desde a criação do universo e por toda a eternidade. Este propósito é a “escola da divindade” no seu mais amplo sentido e significado.

É a idéia do monoteísmo na sua magnitude, cuja base essencial e criativa está em toda a expansão do mundo do ser e nos níveis e graus do Oculto e Presença, que se fez cristalizar na escola de Mohammad (S.A.A.S.) e suas magníficas autoridades e guardiões. Os Profetas (S.A.A.S.) e os oulia ou guardiões (A.S.) esforçaram-se ao máximo para sua realização. É algo sem o qual o homem não poderá alcançar sua perfeição absoluta nem poderá unir-se à glória absoluta e à beleza infinita de Deus, visto que Ele (Ser Supremo) honrou e exaltou o homem muito mais que os seres celestiais. Isto tudo cabe ao homem que avança em direção ao Seu Caminho e não a qualquer outro ser visível ou invisível.

Vocês, guerrilheiros, estão cobertos por um emblema e pela bandeira que está agitando por toda a parte do mundos moral e material! Compreendendo ou não, você trilha o mesmo caminho de todos os profetas e este é o único caminho que leva à felicidade absoluta! Isto é o que incentiva os profetas e aceitarem e abraçarem o martírio. Isto é o que faz do martírio para eles mais doce que o mel. Seus jovens passaram por esta experiência nas frentes de batalha. Isto fê-los viver em êxtase desde então. Está refletido nas almas e na conduta de seus (dos mártires) irmãos, suas irmãs e seus pais. Nós todos devemos ter esperança de alcançar tal sucesso e condição sublime. Que eles possam gozar a brisa que deleita o coração e esta visão inspiradora.

Devemos saber que um aspecto desta visão manifesta-se nos campos quentes e cultivados, nas fábricas, nas lojas, nos centros de pesquisa industrial, no desenvolvimento e nas invenções, na nação em geral, no bazar, nas ruas e zonas rurais e em todos que servem o Islam, a República Islâmica e trabalham com o objetivo de alcançar o progresso e a auto-suficiência. Enquanto o espírito de cooperação e dedicação prevalecer na sociedade, nosso país, se Deus quiser, estará protegido das calamidades do mundo. Graças a Deus, os centros teológicos as universidades e a geração jovem nas instituições educacionais foram todos abençoados com este espírito divino. Eles tem controle sobre todas estas agências que, se Deus quiser, estarão a salvo da intromissão dos dissidentes e sabotadores.

Meu conselho a todas é que avancem rumo ao conhecimento próprio, à auto-suficiência e à independência, lembrando-se de Deus. Sem dúvida, Suas mãos auxiliadoras estarão com vocês, desde que vocês estejam com Ele e dêem continuidade a este espírito de cooperação para o progresso do país Islâmico. E, com base em minhas observações de zelo, vigília, abnegação e compromisso de nosso povo e de seu espírito de firmeza e resistência empregado na causa de Deus, creio que há esperança de que este mesmo espírito será herdado e aperfeiçoado por todas as gerações futuras.

Com o coração tranqüilo e confiante, uma alma feliz e consciência cheia de esperança na Misericórdia de Deus, deixo todos irmãos e irmãs para poder empreender minha viagem à casa eterna. Necessito de preces e rogo o perdão de Deus Todo-Poderoso pelas minhas faltas e defeitos, espero que a nação também perdoe minhas imperfeições e faltas, que sigam em frente com a força e determinação e que saibam que a partida de um servo não deixará um arranhão no bloco de aço que a nação, pois há entre vocês melhores e piores servidores e que Alá proteja esta nação e os povos oprimidos do mundo.

Que a Paz esteja convosco e com os bons servos de Deus

15 de Fevereiro de 1983

Gostaria de indicar ao final deste testamento de 29 páginas, os seguintes itens:

1. Enquanto ainda estou aqui com vocês, gostaria de declarar que certas afirmações falsas foram-me imputadas, as quais poderão aumentar depois que eu partir. Portanto, declaro que nada do que me foi impultado ou atribuído tem a minha confirmação, a não ser que esteja escrito com minha caligrafia, tenha minha assinatura, esteja com a minha voz, tenha sido transmitido pela televisão ou tenha a confirmação de peritos.

2. Algumas pessoas afirmam, mesmo estando vivo, que eles redigiram declarações, anúncios, pronunciamentos, etc, para mim. Isto é negado aqui. Todas essas declarações foram elaboradas por mim mesmo.

3. Aparentemente, alguns afirmam que providenciaram minha ida para Paris, França. Isto é mentira. Depois de retornar do Kuwait, eu escolhi Paris, após consultar Ahmad, pois era provável que os Estados islâmicos negariam minha entrada. Eles estavam sob influência do Shah e Paris não.

4. Ao longo do movimento e da revolução falei favoravelmente de certas pessoas que tinham pretensões islâmicas e mais tarde descobri que havia sido enganado. Meus comentários favoráveis foram feitos numa época em que eles fingiam estar comprometidos com a República Islâmica. Não se deve tirar proveito desses assuntos. O critério usado por cada pessoa para julgar é sua conduta atual.

Ruhollah al-Musavi al Khomeini

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