Os neoliberais do sistema financeiro nacional e internacional, vampiros que querem sugar até a última gota de sangue do conjunto da população, através de seus veículos de propaganda nacionais e internacionais, acadêmicos, jornalísticos ou oficiais, elaboraram conceitos pomposos para acobertar sua sanha de parasitismo nos Estados nacionais – principalmente nos países de capitalismo atrasado.
Âncora fiscal, meta fiscal, ajuste fiscal, corte de gastos, pacote fiscal, estão entre os muitos conceitos abstratos formulados por essa ala da burguesia para mascarar suas reais intenções em abocanhar o orçamento estatal com a retirada de investimentos em áreas sociais e de desenvolvimento do país para alocá-los no seu bolso através do pagamento da fraudulenta e criminosa dívida pública.
Atacar o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada, que são verdadeiras esmolas, sob a alegação de que estarão promovendo um combate as fraudes nos benefícios, é o cúmulo da canalhice.
Ofensiva contra a pequena burguesia com a taxação de quem recebe a partir de R$50 mil mensais é outra demonstração de demagogia das atuais manobras do Ministério da Fazenda para agradar os banqueiros.
Se é para colocar na ordem do dia a pauta da questão fiscal no poder executivo federal, é preciso que esse debate se inicie com quem realmente impede o desenvolvimento do país, que são justamente os monopólios do sistema financeiro nacional e internacional, que abocanham mais da metade do orçamento estatal e que recebem diversos benefícios com isenções.
Mesmo com o governo entregando o lombo dos trabalhadores para os capitalistas do sistema financeiro com o atual pacote fiscal vislumbrando um abrandamento da crise especulativa que os banqueiros têm provocado, isso não foi suficiente para frear a atuação sem escrúpulos desses últimos, que manobram política e economicamente para inflacionar o preço do dólar (que chegou ao maior patamar da história) e fazem chantagem ameaçando elevar ainda mais a taxa básica de juros.
O ministro da fazenda, Fernando Haddad, já capitulou diante da intensificação da pressão dos bancos e afirmou que se necessário apresentará um novo “pacote fiscal”. Todas as vezes, durante esses quase dois anos de governo, em que o governo se viu pressionado pelo sistema financeiro para implementar esses pacotes fiscais de cortes de investimentos, o governo agiu na defensiva e recuou.
Dessa maneira, ao absorver as reivindicações dos banqueiros em detrimento dos interesses da classe trabalhadora, o governo entra em rota de colisão com sua base de sustentação. E aí fica a incógnita: dessa forma, será que pelo menos haverá competitividade no pleito de 2026, com tamanha desmoralização diante das massas?