Estados Unidos

O que se sabe sobre a tentativa de assassinato contra Trump

FBI afirma que o atirador agiu sozinho, mas ainda está longe de encerrar sua investigação

No último sábado, Donald Trump sofreu uma tentativa de assassinato durante um comício eleitoral em Butler, na Pensilvânia. Vários tiros forma disparados na direção do ex-presidente norte-americano, acertando sua orelha.

“O presidente Trump agradece às autoridades policiais e aos socorristas por sua ação rápida durante esse ato hediondo. Ele está bem e está sendo examinado em um centro médico local”, afirmou Steven Cheung, porta-voz do ex-presidente. Pouco tempo depois, ele recebeu alta.

Em seu perfil oficial na Truth Social, rede social criada pelo ex-presidente, Trump comentou sobre o atentado: “sabia de imediato que algo estava errado quando ouvi o zunido, os tiros, e imediatamente senti a bala rasgando a minha pele”.

Durante o atentado, outra pessoa morreu. Segundo relatos, Corey Comperator, apoiador de Trump, se jogou na frente de sua família, utilizando seu corpo como escudo para proteger sua mulher e a filha. Comperator, de 50 anos, era membro vitalício da companhia de bombeiros voluntários, já tendo servido como chefe da corporação. “Ele é um herói literal. Ele empurrou sua família para fora do caminho e morreu por ela”, disse um de seus vizinhos, Mike Morehouse.

Outras duas pessoas foram atingidas, David Dutch, de 57 anos, e James Copenhaver, de 74 anos. Ambos estava em condição estável no último domingo (14).

O atirador foi identificado como Thomas Matthew Crooks, de 20 anos, registrado junto à Justiça como eleitor do Partido Republicano. Entretanto, segundo informações divulgadas pela agência de notícias Reuters, aos 17 anos, ele fez uma doação de 15 dólares para o grupo ActBlue, que levanta fundos para políticos do Partido Democrata. Os dados são da autoridade responsável por fiscalizar as eleições nos EU, a Comissão Eleitoral Federal (Federal Election Commission).

Após atirar contra Trump, o Serviço Secreto assassinou Crooks, que utilizou um fuzil do tipo AR-15 no ataque. Ele estava em um telhado a cerca de 130 metros do palco, onde foi alvejado por um franco-atirador. No domingo, o FBI (polícia federal norte-americana) afirmou que ele agiu sozinho e que não há qualquer indicativo de que ele tenha distúrbios mentais.

Antes de divulgar a alegação de que agiu sozinho, o FBI afirmou ter encontrado dois dispositivos explosivos no carro de Crooks e um em sua casa. O Wall Street Journal, um dos maiores jornais dos Estados Unidos, disse que seu automóvel estava estacionado perto do local do comício.

Políticos ao redor do mundo condenaram o atentado. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, por meio de sua conta oficial no X (antigo Twitter), que o ataque é “inaceitável”. “O atentado contra o ex-presidente Donald Trump deve ser repudiado veementemente por todos os defensores da democracia e do diálogo na política”, afirmou o presidente brasileiro.

Jair Bolsonaro (PL), ex-presidente do Brasil, também comentou o caso: “nossa solidariedade ao maior líder mundial do momento. Esperamos sua pronta recuperação. Nos veremos na posse”.

Barack Obama, ex-presidente e membro do Partido Democrata, também comentou o ataque. “Embora ainda não saibamos exatamente o que aconteceu, todos deveríamos estar aliviados pelo fato de o ex-presidente Trump não ter sido gravemente ferido e aproveitar este momento para nos comprometermos novamente com a civilidade e o respeito na nossa política. Michelle e eu desejamos a ele uma rápida recuperação”.

Keir Starmer, novo primeiro-ministro do Reino Unido, é outra figura que manifestou sua indignação com o atentado. “Estou consternado com as cenas chocantes no comício do presidente Trump e enviamos os nossos melhores votos a ele e à sua família”, disse em sua conta oficial no X.

Benjamin Netaniahu, primeiro-ministro de “Israel”; Javier Milei, presidente da Argentina; Viktor Orbán, primeiro-ministro da Hungria; Narendra Modi, primeiro-ministro da Índia; Emmanuel Macron, presidente da França; Justin Trudeau, primeiro-ministro do Canadá; Olaf Scholz, chanceler alemão; Claudia Sheinbaum, presidente do México; Xi Jinping, presidente da China; Dmitry Peskov, porta-voz do presidente da Rússia; e outros líderes também vieram a público condenar o ataque.

Logo após o atentado, o atual presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, publicou um comentário no X:

“Fui informado sobre o tiroteio no comício de Donald Trump na Pensilvânia.

Estou grato em saber que ele está seguro e bem. Estou rezando por ele e sua família e por todos aqueles que estiveram presentes no comício, enquanto aguardamos mais informações.

Jill [a primeira-dama dos Estados Unidos] e eu estamos gratos ao Serviço Secreto por tê-lo colocado em segurança. Não há lugar para esse tipo de violência na América. Devemos nos unir como uma nação para condenar isso”, disse.

No domingo, ele realizou um pronunciamento à nação sobre o caso, ressaltando que é preciso “abaixar a temperatura em nossa política”. “Não podemos, não devemos, seguir este caminho na América. Não há lugar na América para este tipo de violência, para qualquer violência. Ponto final. Sem exceções. Não podemos permitir que esta violência seja normalizada”, afirmou o presidente norte-americano.

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