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Palestina

O que o banimento da UNRWA significa para o povo palestino

Sionistas promovem novo ataque contra o povo palestino ao proibir agência de ajuda humanitária da ONU

O Knesset, o Parlamento de “Israel”, aprovou, no dia 28 de outubro, uma lei que proíbe a atuação da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) em “Israel” e Jerusalém Oriental. Essa decisão representa mais uma demonstração de que o governo do Estado sionista de “Israel” busca retirar da população palestina até esse auxílio.

Segundo o sítio Mondoweiss, em sua matéria Por que Israel proibiu a UNRWA e o que isso pode significar para os refugiados palestinos (Why Israel outlawed UNRWA, and what it could mean for Palestinian refugees), “a lei proíbe todas as atividades da UNRWA, incluindo serviços vitais aos refugiados palestinos, e bane o contato de oficiais israelenses com a agência, ordenando o fechamento de seus escritórios e revogando isenções fiscais, status diplomático e vistos de entrada para seus funcionários”. Isso demonstra que o governo israelense, em sua ofensiva genocida contra os palestinos, está disposto a aplicar medidas punitivas e restritivas a um órgão ligado ao próprio imperialismo.

A nova legislação proíbe todas as atividades da UNRWA, incluindo auxílios básicos, como educação e saúde, além de restringir o contato de autoridades israelenses com a agência e revogar benefícios diplomáticos, como isenções fiscais e vistos de entrada.

A ONU, através do Secretário-Geral António Guterres, e várias outras organizações, incluindo a Anistia Internacional, expressaram oposição à medida. A Anistia declarou que a lei “criminaliza a ajuda humanitária”, enquanto o Comissário-Geral da UNRWA, Philippe Lazzarini, chamou a medida de “punição coletiva”. A posição internacional do órgão reflete a crise que se encontra a política do Estado sionista de “Israel”. O fato de que isso tenha ganhado grande repercussão internacional deixa evidente o repúdio mundial ao genocídio perpetrado pelo imperialismo contra os palestinos, o qual, consequentemente, pressiona o imperialismo.

Segundo dados fornecidos por Lubna Shomali do BADIL, uma organização de direitos humanos voltada aos palestinos fundada em 1998, se a lei for aplicada na Cisjordânia e Gaza, 2,9 milhões de palestinos podem perder acesso a serviços essenciais. Em Gaza, por exemplo, onde 78% da população são refugiados, o encerramento das operações tornará ainda mais crítica a situação dos palestinos. Shomali declara que a proibição da atuação da UNRWA afetará 660 mil estudantes e milhões de refugiados, que recebem serviços médicos.

Lubna Shomali sugere que, sem ação concreta, “Israel poderá intensificar o controle sobre instituições civis palestinas e outras agências internacionais, aumentando a marginalização dos palestinos e desafiando a eficácia das resoluções da ONU”.

A proposta de lei é parte de uma campanha mais ampla contra a UNRWA, que já vem de períodos anteriores, quando o próprio imperialismo norte-americano promoveu corte de fundos da instituição.

Ainda segundo a mesma matéria do Mondoweiss, “a lei, aprovada com 92 votos a favor e 10 contra no Knesset, entrará em vigor em 90 dias. Sua aplicação na Cisjordânia e Gaza pode deixar mais de 2,9 milhões de palestinos sem acesso a escolas, assistência médica e coleta de lixo, em cerca de 30 campos de refugiados. Atualmente, a UNRWA atende 5,9 milhões de refugiados palestinos em 58 campos reconhecidos no Oriente Médio e opera 706 escolas e 147 centros médicos”.

Diante dessa nova ofensiva do sionismo, fica claro que “Israel”, financiado, sobretudo, pelo imperialismo norte-americano, pretende levar à frente uma aniquilação total da população palestina. A política levada a frente por esse Estado genocida é não só igual à dos nazistas, como também pretende criar um genocídio ainda maior do que aquele feito durante a Segunda Guerra Mundial. A situação coloca na ordem do dia a necessidade de uma mobilização internacional em defesa dos palestinos e em apoio à resistência armada palestina, já que não se pode contar com ajuda humanitária proveniente do imperialismo. Comprova, também, que a falta de apoio prestada por alguns dos países da região, como Egito, Emirados Árabes, Arábia Saudita e Jordânia, é fruto de sua submissão aos interesses do imperialismo genocida.

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