A Confederação Geral do Trabalho (CGT) da Argentina, maior união sindical no país, convocou, para esta quarta-feira (24), uma paralisação contra as medidas anunciadas pelo governo do presidente Javier Milei, como a “Lei Ônibus” e o Decreto Nacional de Urgência (DNU). A paralisação foi convocada no final de dezembro e terá também manifestação na praça do Congresso, na capital.
É esperado que milhares de pessoas participem dos protestos contra o governo que foi empossado há menos de dois meses na Argentina. Ainda em dezembro, já houve manifestações grandes, que foram confrontadas com um aparato repressivo gigantesco montado pelo novo presidente.
Além da paralisação na Argentina, em outros países também haverá mobilização em solidariedade e apoio aos trabalhadores.
Apesar de a paralisação ter tudo para ser grande, não há indícios de que será efetiva para enfrentar a ditadura que está se instalando no país vizinho. As centrais sindicais argentinas e a esquerda de uma forma geral ainda não se deram conta que a chegada de Milei ao poder se trata de uma golpe de Estado orquestrado pelo imperialismo. Nenhuma organização fala em golpe de Estado e muito menos “fora Milei”.
A paralisação desta quarta-feira deveria ser apenas um primeiro passo para uma sequência de manifestações que permitisse que a luta continuasse crescendo até a derrubada do governo capacho do imperialismo.
Rui Costa Pimenta, durante sua tradicional Análise da 3º, disse não estar muito entusiasmado com a paralisação. Segundo o presidente do PCO,
“As lideranças da greve definiram que 30% dos ônibus irão funcionar (no dia 24) é uma espécie de auto sabotagem. Todo mundo sabe que parar o transporte é o mais eficiente para uma paralisação geral. Agora, com 30%, funcionando você está sabotando a própria mobilização que você está organizando, ou seja as direções não estão se empenhando”.




