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HISTÓRIA DA PALESTINA

O primeiro filme da história de Jerusalém

A Mesquita de Ibahimi, um dos locais mais sagrados do islamismo, está localizada na cidade de Hebron, na Cisjordânia ocupada e, atualmente, sob a tutela dos sionistas

Mesquita de al-Ibrahimi

A Mesquita Al Ibrahimi, também conhecida como Túmulo dos Patriarcas, localizada em Hebron, na Cisjordânia, é o edifício religioso mais antigo do mundo ainda em uso. Acredita-se que ali estejam os restos mortais de Abraão, suas esposas Sara, Rebeca e Lia, além de Isaac e Jacó.

Com a ocupação sionista, a mesquita foi dividida em duas partes: uma destinada aos judeus e outra aos muçulmanos. Estes, para terem acesso, precisam passar por rigorosas revistas, incluindo verificação de documentos, inspeções físicas e eletrônicas. Por outro lado, os colonos judeus estão dispensados desses procedimentos e entram livremente, evidenciando o regime de apartheid promovido por “Israel”.

A santidade atribuída à mesquita tornou Hebron reconhecida mundialmente. Não há uma data precisa que determine quando o local se tornou sagrado. Desde os tempos antigos, os muçulmanos a chamam de Mesquita de Ibrahimi, enquanto os judeus a denominam Túmulo dos Patriarcas. Este último nome foi amplamente difundido no período medieval, especialmente durante as Cruzadas.

Um filme datado de 1897 apresenta pela primeira vez o registro visual da mesquita. Assista:
https://x.com/lebigh_official/status/1873354216510726586

Embora alguns sugiram que a fama da mesquita remonta a séculos antes de Cristo, há uma lacuna histórica de mais de mil anos entre Abraão e a era romana. O historiador Flávio Josefo, que nasceu em Jerusalém entre 37 e 38 d.C. e documentou as construções erigidas no período de Herodes, não menciona a mesquita.

A construção é composta por grandes blocos de pedra, alguns com mais de sete metros de comprimento. Embora alguns arqueólogos defendam que sua origem anteceda Herodes, as ruínas não fornecem evidências claras disso.

Com mais de dois mil anos de uso e tendo resistido a terremotos, a estrutura nunca perdeu sua estabilidade nem necessitou de restauração significativa. O invólucro original é uma construção retangular sem telhado, orientada para o sudeste, com 16 metros de altura (59,28 m x 33,97 m). Suas paredes, de 2,68 metros de espessura, são compostas por duas partes: os cursos inferiores, feitos de blocos de pedra grandes e altos, e a parte superior, que apresenta 48 colunas quadradas salientes. Estas pilastras aumentam a resistência da estrutura.

Massacre

Em 25 de fevereiro de 1994, um colonizador judeu-americano, Baruch Kopel Goldstein, invadiu a mesquita e atacou os fiéis, matando 29 pessoas e ferindo outras 150. Como resposta, o regime sionista restringiu ainda mais o acesso dos muçulmanos à mesquita, ao invés de limitar a entrada dos colonos.

Baruch, anteriormente chamado Benjamin Carl Goldstein, nasceu no Brooklyn, em Nova Iorque. Ele emigrou para “Israel” em 1983 e serviu como médico nas forças armadas israelenses, recusando-se, porém, a tratar pacientes árabes.

Goldstein vivia no assentamento de Kiryat Arba, na Cisjordânia ocupada. No dia do ataque terrorista, ele vestiu um uniforme militar israelense, entrou na mesquita e abriu fogo contra 800 fiéis muçulmanos palestinos que oravam durante o Ramadã. Alguns sobreviventes conseguiram dominá-lo, e Goldstein foi espancado até a morte.

Culto ao terrorismo sionista

O túmulo de Goldstein tornou-se um local de peregrinação. Sobre sua lápide está inscrito: “Ele deu sua vida pelo povo de Israel, sua Torá e sua terra”. Em 1999, após a aprovação de uma lei que proíbe monumentos a terroristas, o exército sionista “desmantelou” o santuário dedicado a Goldstein. No entanto, a lápide e o epitáfio que o descrevem como “mártir com as mãos limpas e um coração puro” foram deixados intactos.

No funeral de Goldstein, o rabino Yaacov Perrim afirmou que a vida de um milhão de árabes “não vale uma unha judaica”. Samuel Hacohen, professor em um colégio de Jerusalém, declarou que Goldstein era “o maior judeu vivo, não de uma forma, mas de todas as maneiras… o único 100% perfeito”.

Nas semanas seguintes ao massacre, centenas de israelenses visitaram o túmulo para celebrar e rezar. Para alguns, ele é considerado um “santo” e “herói de Israel”. Em 2000, por exemplo, o túmulo recebeu cerca de 10 mil visitantes. Mesmo após a construção de um novo túmulo em 2014, o local ainda atrai peregrinos judeus.

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