A partir da noite da última terça-feira (23), maquinistas de trens alemães iniciaram a maior paralisação nos 30 anos da Deutsche Bahn, a operadora ferroviária estatal da Alemanha. A greve, convocada pelo sindicato GDL, está prevista para durar seis dias, com a categoria protestando contra a carga horária semanal.
De acordo com empresários, a paralisação da rede ferroviária do país pode custar à economia alemã até um bilhão de euros, demonstrando o poder dos maquinistas. O transporte de carga foi afetado a partir da noite de terça, mas os serviços de passageiros só foram paralisados a partir da manhã da quarta-feira (24).
“O transporte de carga europeu através dos Alpes, Polônia ou para a Escandinávia, assim como para os portos marítimos na Holanda ou Bélgica, está sendo afetado”, anunciou a Deutsche Bahn.
Tanja Gonner, diretora-gerente da principal associação empresarial alemã, a BDI, criticou a greve, afirmando que esta provocará “restrições severas, até suspensões das atividades, reduções na produção e paralisações na indústria”. “A indústria alemã já está em uma situação frágil, em vista da estagnação na economia”, diz a representante da burguesia.
Concretamente, o sindicato está reivindicando 35 horas de trabalho semanais com salário integral, uma redução quando comparado às atuais 38 horas. A direção da Deutsche Bahn, entretanto, rejeitou a proposta. “O que a Deutsche Bahn está fazendo não é nada mais do que rejeitar todas as demandas”, disse o chefe da GDL, Claus Weselsky à TV pública alemã ZDF. Ele disse que a Deutsche Bahn avança apenas “um milímetro de cada vez”.





