O Brasil chegou à sua 10ª medalha neste sábado nas Olimpíadas de Paris 2024. O judô do Brasil encerrou neste sábado sua participação nas Olimpíadas de Paris 2024 com sua quarta medalha na competição. Após o ouro de Beatriz Silva, a prata de Willian Lima e o bronze de Larissa Pimenta, os brasileiros conquistaram o bronze na disputa por equipes, ao vencer a Itália por 4 a 3 no desempate, sacramentando a melhor campanha do país na modalidade em Jogos Olímpicos.
Ainda, Bia Ferreira foi derrotada pela irlandesa Kellie Harrington na semifinal da categoria até 60kg feminina e ficou com a medalha de bronze, e Rebeca Andrade chegou à sua 3ª medalha na competição, conquistando prata no Salto, ficando atrás, novamente, da norte-americana Simone Biles. Foi a 3ª medalha brasileira na ginástica, que também conquistou prata no individual geral (Andrade) e bronze por equipes.
Rebeca, de 25 anos, se tornou a primeira brasileira a conquistar quatro medalhas em Jogos Olímpicos e, agora, a primeira a conquistar cinco. Ela ainda vai disputar duas finais nessas Olimpíadas: trave e solo. Se for medalhista, ela vai ter o recorde isolado de atleta brasileiro com mais medalhas olímpicas, uma vez que ele está atualmente empatada com os recordistas Robert Scheidt, da vela, que conquistou dois ouros, em 1996 e 2004, duas pratas, em 2000 e 2008 e um bronze, em 2012; e Torben Grael, também da vela, com dois ouros (1996, 2004), uma prata (1984) e dois bronzes (1988, 2000).
Rebeca tem um ouro, três pratas e um bronze, em duas Olimpíadas até agora. E está fortalecendo uma tradição brasileira na ginástica artística, que começou ainda neste século com Daiane dos Santos.
Em Paris, além de quatro medalhas no judô e três na ginástica (o que ainda pode aumentar), o Brasil também conquistou uma medalha de prata na marcha atlética, uma medalha de bronze no boxe e uma de bronze no skate, com Rayssa Leal, de 16 anos, conquistando mais um pódio em sua segunda Olimpíada. Ele se tornou a atleta brasileira mais jovem a conquistar duas medalhas olímpicas (ela conquistou prata em Tóquio 2021), batendo o recorde de Neymar.
Voltando ao judô, o Brasil é uma das potências mundial. Com o bronze por equipes mistas conquistado nesta sexta-feira, em Paris, o Brasil chegou a 28 medalhas na história e é o quinto país com mais pódio na história, atrás só de Japão, França, Coreia do Sul e Cuba. Os resultados também colocam o judô como o esporte que mais medalhas trouxe para o Brasil, seguido pelo vôlei que, somando praia e quadra, tem 24.
O esporte no Brasil
O Brasil é conhecido por sua paixão pelo esporte e pelo talento natural de seus atletas, que frequentemente brilham em competições internacionais. Com uma rica história em eventos esportivos e um crescente investimento em infraestrutura e treinamento, o país continua a consolidar seu lugar como uma potência esportiva mundial, especialmente nos Jogos Olímpicos.
O Brasil participou pela primeira vez dos Jogos Olímpicos em 1920, na Antuérpia, e desde então tem sido um participante regular. Ao longo dos anos, o país conquistou medalhas em uma ampla gama de modalidades, demonstrando sua diversidade esportiva e a capacidade de seus atletas em se destacar em esportes de equipe e individuais.
A consagração veio nos Jogos Olímpicos de 2016, realizados no Rio de Janeiro. Foi a primeira vez que os Jogos foram realizados na América do Sul, e o Brasil aproveitou ao máximo a vantagem de competir em casa. O país terminou a competição com seu maior número de medalhas de ouro na história olímpica, incluindo conquistas notáveis no futebol, vôlei de praia, boxe, e ginástica artística.
Esportes de Destaque
Futebol
Nenhum outro esporte é tão identificado com o Brasil quanto o futebol. A seleção masculina de futebol conquistou sua primeira medalha de ouro olímpica no Rio 2016, em um momento memorável liderado por Neymar. Depois foi bicampeão em Tóquio 2021. Infelizmente, a “maldição” foi quebrada apenas recentemente e o Brasil continua atrás da Grã-Bretanha (3 medalhas, cuja última em 1912, quando o Brasil nem disputava ainda) e Hungria (também com 3, com sua boa geração das décadas de 1950 e 1960).
Vôlei
O Brasil tem uma tradição forte no vôlei, tanto em quadra quanto na areia. As seleções masculina e feminina de vôlei têm uma história de sucesso em Olimpíadas, com múltiplas medalhas de ouro. No vôlei de praia, o Brasil é uma potência dominante, frequentemente subindo ao pódio.
Atletismo e Natação
Embora tradicionalmente o Brasil não fosse conhecido por sua força no atletismo, o cenário começou a mudar com o surgimento de atletas como Thiago Braz, que conquistou o ouro no salto com vara no Rio 2016. Na natação, nomes como Cesar Cielo e Fernando Scherer abriram caminho para uma nova geração de nadadores talentosos.
Ginástica
A ginástica brasileira ganhou destaque mundial com atletas como Daiane dos Santos, Arthur Zanetti e Rebeca Andrade, que conquistaram medalhas de ouro e prata em suas respectivas modalidades, tornando-se referências no esporte.
Judô
Como já afirmamos, o Brasil é uma das potências mundial, com 28 medalhas na história e sendo o quinto país com mais pódio na história.
Skate
Ainda, ao lado dos EUA e do Japão, o Brasil é uma das maiores potências do skate, que foi incorporado às Olimpíadas apenas em 2021. Com diversos títulos mundiais por fora dos Jogos Olímpicos, o Brasil chegou ao pódio nas duas edições que tiveram skate, conquistando, até agora, três medalhas, duas pratas e uma de bronze. Além de atletas com Rayssa Leal e Kelvin Hoefler, o Brasil tem grandes nomes do esporte, como Mineirinho.
Surfe
No surfe, também incorporado em 2021, o Brasil também é uma potência, tendo o melhor surfista do mundo, Gabriel Medina, e conquistado o ouro na primeira edição do surfe masculino, com Ítalo Ferreira. Atualmente, o Brasil está nas semifinais do surfe tanto no masculino como no feminino, com Medina e Tatiana Weston-Webb
O potencial esportivo do Brasil é claro, apesar de ser um país capitalista atrasado. Poderíamos destacar, ainda, o boxe e o basquete, esportes nos quais o Brasil tem dificuldades, mas consegue competir bem. Com uma combinação de talento natural e paixão pelo esporte, o Brasil tem tudo para continuar crescendo como potência esportiva mundial. O potencial esportivo do Brasil é vasto e promissor.
O socialismo
No entanto, apenas o socialismo poderá fazer chegá-lo ao seu auge. Um Estado operário com uma economia planificada levaria a uma melhora significativa dos resultados esportivos do país. Com o investimento estatal direcionado e a reorientação dos recursos financeiros, o Brasil poderia fortalecer sua posição como uma potência esportiva mundial. Exemplos disso são Cuba, União Soviética e China, que se tornaram potências esportivas graças às suas revoluções.
Um dos principais problemas enfrentados atualmente pelo Brasil é a alocação de recursos. Hoje, uma grande parte do orçamento federal é destinada ao pagamento de dívidas para bancos e instituições financeiras, limitando a capacidade do governo de investir em áreas essenciais, como educação, saúde, e esportes. Sob o Estado operário, o Estado teria controle sobre o planejamento econômico e poderia redirecionar esses recursos para o desenvolvimento esportivo.
Com um modelo de economia planificada, o governo poderia investir maciçamente na construção e manutenção de instalações esportivas de alta qualidade em todo o país. Isso incluiria não apenas estádios e arenas, mas também centros de treinamento e academias acessíveis para a população em geral.
O socialismo permitiria a criação de programas abrangentes para a identificação e desenvolvimento de talentos desde a infância. O Estado poderia garantir que jovens promissores tenham acesso ao treinamento necessário, independentemente de sua condição socioeconômica. Isso promoveria a inclusão e diversificação nos esportes.
A economia planificada permitiria que o governo fortalecesse a educação física nas escolas, integrando-a ao currículo escolar de forma mais consistente. Isso não só promoveria a saúde e o bem-estar, mas também ajudaria a identificar futuros talentos esportivos em uma idade precoce.
Uma das vantagens mais significativas de um Estado operário seria a eliminação da dependência de dívidas para bancos e instituições financeiras. Em vez de canalizar recursos para o pagamento de juros, esses fundos poderiam ser investidos diretamente em iniciativas esportivas. Isso proporcionaria um fluxo de caixa mais estável e previsível para o financiamento de programas esportivos de longo prazo.
Com uma economia planificada, o governo poderia estabelecer prioridades claras para o desenvolvimento esportivo. Isso permitiria uma coordenação eficaz entre diferentes níveis de governo e instituições, maximizando o impacto dos investimentos.
O socialismo promoveria a equidade, garantindo que todos os cidadãos tenham acesso a oportunidades esportivas, independentemente de sua localização geográfica ou condição financeira. Isso poderia levar a um aumento na participação esportiva e, por sua vez, a um maior polo de talentos para as competições internacionais.
O investimento estatal em pesquisa e inovação tecnológica no esporte poderia ser ampliado. Isso incluiria avanços em ciência esportiva, medicina do esporte, e desenvolvimento de equipamentos, colocando os atletas brasileiros na vanguarda da competição global.
Com investimento estatal focado e a eliminação de dívidas para bancos, o país poderia não apenas melhorar seus resultados olímpicos, mas também promover uma cultura esportiva mais inclusiva e diversificada. O Brasil tem a oportunidade de transformar sua paixão pelo esporte em conquistas ainda maiores no cenário internacional, consolidando-se como uma potência esportiva global.