Imprensa brasileira

O medo é grande: Folha ‘esquece’ PCO em ranking de partidos

"GPS partidário" do jornal golpista tenta também engrandecer o PSOL, partido dominado por ONGs, deixando claro que matéria tem um objetivo político claro, de atacar a esquerda

O jornal golpista Folha de S. Paulo publicou uma matéria, em sua edição do último dia 5, intitulada Quais são os partidos de centro, direita e esquerda, tentando categorizar os partidos políticos brasileiros dentro de um dos campos, porém, de forma grotescamente enviesada, partindo de premissas artificiais e desprovidas de qualquer rigor analítico. O chamado “GPS partidário” é antes um instrumento de propaganda política, o que fica evidente pela exclusão do Partido da Causa Operária (PCO) do ranking. Segundo a Folha:

“O único partido que não integra o ranking é o PCO (Partido da Causa Operária), de esquerda, pela insuficiência de informações que atendam aos critérios. A legenda não tem representação na Câmara, não coligou a outros partidos no pleito deste ano e teve menos de dez trocas de candidatos em relação a 2020.”

Afirmar que o PCO, partido com a maior e mais ampla imprensa de todos os partidos brasileiros, não pode ser classificado por “insuficiência de informações” é uma desculpa tão cretina que chega a ser insultante. Além da intensa rede de comunicação e de publicações, o Partido mantém uma presença constante em todas as grandes lutas políticas do último período, no combate ao golpe de Estado de 2016, nas mobilizações contra a prisão de Lula e posteriormente, pela sua libertação, na luta por Fora Bolsonaro, na campanha pela eleição de Lula em 2022 e, especialmente, no que é a condição mais fundamental do que se espera de um partido de esquerda e no qual o PCO se destaca de todos os demais: nas suas posições claras e intransigentes da luta contra o imperialismo e a OTAN.

O PCO sempre se colocou na linha de frente, não apenas da luta política nacional, mas também das batalhas internacionais, como evidenciam o apoio ao Talibã contra a ocupação criminosa dos EUA no Afeganistão, o apoio à Rússia na guerra contra a OTAN na Ucrânia, o apoio às insurreições africanas e atualmente, ao Hamas e à Resistência Palestina, e ao governo Maduro, em conflito contra os golpistas apoiados pelos EUA. Ou seja, o partido nunca se escondeu, jamais vacilou em enfrentar o senso comum criado pela propaganda imperialista (da qual Folha é um instrumento destacado), tendo, ao contrário do que diz o órgão, oferecido abundância de material para qualquer análise minimamente séria.

A exclusão do PCO, no entanto, não é um lapso ou um erro de metodologia, mas uma manobra deliberada. A burguesia, representada aqui pelo jornal Folha de S. Paulo, tem medo de apresentar o PCO como a alternativa revolucionária dos trabalhadores. Esse partido é a verdadeira antítese do sistema político atual e seu programa, genuinamente revolucionário e anti-imperialista, colocando-o muito à esquerda de qualquer outra organização política nacional. Por isso, o PCO precisa sofrer um apagamento digno das mais grotescas manipulações do stalinismo em seus tempos áureos, para que a população não o veja como uma opção viável.

Enquanto isso, a mesma matéria tem a cara de pau de colocar o PSOL como o partido mais à esquerda entre aqueles com representantes eleitos. Essa afirmação é tão absurda que, por si só, já desqualifica o tal “GPS partidário”. A tentativa de engrandecer o PSOL, o partido pequeno-burguês por excelência, é uma estratégia clara para fortalecer uma legenda que se apresenta como “de esquerda”, mas que na realidade está dominado pelas ONGs, sendo um braço do imperialismo, estando muito mais à direita do PT, ao contrário do que afirma a propaganda da Folha

Finalmente, a matéria vale pelo que não diz, mas indica de maneira muito clara: o PSOL é um partido que precisa ser engrandecido e o PSTU pode aparecer em um órgão de propaganda do imperialismo como uma força de esquerda radical: o medo da burguesia e do imperialismo é o PCO. Esta agremiação é a verdadeira alternativa da esquerda revolucionária e por isso mesmo, é que precisa ser escondida, caluniada e difamada. Ao excluir o PCO do seu ranking, a Folha de S. Paulo não está cometendo um erro metodológico crasso; está, na verdade, expressando a orientação política dos piores inimigos do povo brasileiro e dos povos oprimidos do mundo.

O “GPS partidário” é uma farsa, uma ferramenta de propaganda destinada a confundir o público e fortalecer os interesses do grupo social que se expressa através da Folha, os principais interessados em silenciar aqueles que se opõem radicalmente ao sistema.

Por essa razão, o partido é atacado em múltiplas frentes, por meio das manipulações absurdas na propaganda burguesa, da censura escancarada ao seu programa, das tentativas de jogar o partido na ilegalidade pelo apoio à Revolução Palestina e aos companheiros revolucionários do país ocupado, e pelas sucessivas tentativas de asfixia feitas pelo sistema político, incluindo a retenção do fundo eleitoral a que o Partido tem direito, mas que o TSE se recusa a entregar. Todas as manobras, no entanto, longe de enfraquecerem o PCO, fortalecem o partido, uma característica de partidos revolucionários sérios, que crescem quando são atacados.

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