Sua cabeça associada ao caos
Seu corpo sem controle
Imerso em longos pensamentos revoltos
Era sua responsabilidade odiar a humanidade
Sua hora de brilhar no inferno da sociedade
Jamais se ofuscar pelo desejo alheio
Jamais cortejar o amor gratuito
Certa vez, ensaboado pelas palavras de sua mente
Conversou com o ser superior que o aconselhava
Foi longa a conversa pela qual decidiu ser o rei humano
Coroado pela consciência superior
Jamais conhecida pelo homem
Não confessou suas intenções de primeiro
Desconfiava daqueles que o cercavam
Seu cativeiro deveria ser rompido
A verdade revelada
A inesgotável fonte de tudo que havia
A voz que o dizia não cessava dizer
O rei da humanidade deveria reinar
Suas forças, contudo, foram falhas
O cativeiro branco se fechou
Enegreceu seus olhos claros
Seriam mais dois anos de trevas
a culpa dos pequenos brinquedos azuis que ingeria
Um após o outro, calavam a voz de sua grandeza
Tornou-se ninguém
Uma casca oca enegrecida pelo fim dos desejos
No fim calou-se
Jamais fora ouvido