Se alguém na esquerda esperava que a vitória do trabalhista Keir Starmer não iria levar a uma melhoria nas condições de vida da população, esse alguém é Rui Costa Pimenta, presidente nacional do Partido da Causa Operária (PCO). Desde o momento em que Starmer foi eleito, o dirigente trotskista alertou para o fato de que o britânico, longe de ser um esquerdista, era, na verdade, uma marionete dos serviços de inteligência.
Durante o programa Análise Internacional, do canal do Diário Causa Operária no YouTube, ao ser questionado sobre a política repressiva do governo britânico, que, diante da crise social, está prendendo as pessoas por publicar suas opiniões em redes sociais, Pimenta comentou:
“Tem gente na rua matando os imigrantes na rua. Aí querem reprimir alguém na Internet. É um desvio de proposito total, sem falar que é ilegal e antidemocrático. A hora que terminar o governo do Starmer não se poderá falar mais nada na Inglaterra.”
No mesmo programa, o comandante Robinson Farinazzo, analista militar do canal Arte da Guerra, comentou o ataque ucraniano em Kursk:
“Ninguém sabe porque a Ucrânia fez o ataque. Ninguém sabe. Mas acho que eles queriam um alívio aos ataques russos que estão causando muitas baixas. E também queriam deixar Putin numa situação difícil. Acho que não tiveram sucesso. O padrão do ataque parece ter envolvimento britânico.”
O analista ainda acrescentou que, em sua opinião, a Ucrânia não conseguirá “nada com isso”.
Para Rui Pimenta, a hipótese levantada por Robinson, de que os britânicos teriam participado do ataque, parece plausível. Ele acrescentou que “a guerra da OTAN contra a Rússia entrou numa fase em que o regime político ucraniano vai atuar com uma política de desgaste dos russos e de ataques sem um objetivo militar muito definido, mas que visam criar o caos na região”.
Segundo o presidente do PCO, “estamos na fase do desespero para conter os russos não com a defesa militar efetiva, mas a ameaça de provocar o caos”.
Outro assunto de destaque no programa foi o golpe de Estado em curso em um dos países mais populosos do mundo: a República Popular de Bangladexe. Para Rui Costa Pimenta, “o que houve em Bangladexe era previsível. É uma peça importante naquela região do Oriente em função do conflito permanente que existe entre o Paquistão e a Índia”.
Recentemente, a primeira-ministra de Bangladexe renunciou após manifestações visivelmente orquestradas pelo Departamento de Estado norte-americano. Quem assumiu o governo do país asiático foi um banqueiro que já havia recebido um Prêmio Nobel – isto é, uma pessoa de confiança do imperialismo.
O presidente do PCO lembrou que, há pouco tempo, um golpe de Estado colocou na cadeia o primeiro-ministro do Paquistão, que se opunha à política imperialismo. O golpe em Bangladexe seria uma continuidade dessa ofensiva.
A partir do caso de Bangladexe, o presidente do PCO ainda declarou, analisando a situação política mundial:
“O golpe de Estado será o novo feijão com arroz da política a partir de agora. Os EUA vão impulsionar isso para alinhar os países com sua política.”