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Francisco Weiss

Militante do PCO em São Paulo. Juntou-se ao partido em 2018, em meio à campanha da luta contra o golpe e pelo “Fora Bolsonaro”. É membro da coordenação do Grupo por uma Arte Revolucionária Independente (GARI), além de dirigente do PCO em São Paulo. Apresenta de segunda a sexta o programa Reunião de Pauta na COTV e outros programas do Canal e também da Rádio Causa Operária.

Coluna

O circo armado por identitários na UFMA

Performances como a da historiadora na UFMA apenas desmoralizam a esquerda

A esquerda pequeno-burguesa demonstra que vive em uma espécie de realidade alternativa. Há, da parte de seus articulistas e ativistas, uma total incapacidade de se posicionar contra a opinião vigente do imperialismo, por força dos cálculos mais mesquinhos e fuleiros. Por medo de perder votos nas eleições municipais onde o bolsonarismo ganhou de lavada, não queriam defender a legitimidade do governo Maduro e preferiram não denunciar, em momento algum, o criminoso genocídio cometido pelos sionistas na Palestina.

Guilherme Boulos, o “esquerdista” por excelência, declarou não ser candidato a prefeito de Telavive, para não denunciar os maiores fascistas e genocidas do planeta. Não defendeu sequer o movimento do moradia do qual supostamente sempre fez parte, não defendeu o aborto, não defendeu nem Lula, o seu maior cabo eleitoral, que foi duramente atacado pela direita a todo momento nos debates e sabatinas do qual fez parte.

Muitos dos esquerdistas assumem posições parecidas e não têm capacidade de adotar nenhuma posição que incomode a classe média bem pensante pró-imperialista. No entanto, escolhem assuntos totalmente idiotas para assumirem a posição que eles consideram a mais “transgressora”. É o caso do papelão da historiadora travesti da UFMA, Tertuliana Lustosa

O vídeo que circula na internet mostra uma situação totalmente surreal e digna de um pastelão ridículo. Uma palestrante em uma defesa de tese de Mestrado saca seu microfone e canta, a capella, um funk, onde explica que, no “mestrado da putaria”, ela iria ensinar o interlocutor, dando “aula na sua pica”. Logo depois, explica, que nesse esquema educacional, “não tem nota, nem recuperação”, não tem “sofrimento”, o aluno aprende com “tesão”. Logo depois, vira a sua nádega para o público e começa uma dança e canta que irá “empinar o c*”, conclui o espetáculo, dizendo “educando com o c*”.

A direita brasileira, obviamente, utiliza tal demonstração de loucura identitária acadêmica para fazer um ataque ensandecido às universitárias brasileiras e à esquerda nacional. Uma parte da esquerda se apressa em defender a e acusar os detratores de estarem sendo “transfóbicos”. Evidentemente, a direita leva a melhor nesse debate, que leva a campanhas para a censura no ambiente universitário, perseguição a professores, à esquerda em geral, etc.

Evidentemente que não é possível concordar com tal tentativa truculenta de interferência no ambiente universitário, mas não é possível conceber que se considere “normal” a performance da palestrante. A loucura identitária já passou muito dos limites. Essa política de imbecilização da esquerda mundial é um projeto do imperialismo e deve ser seriamente combatido. A universidade é terreno fértil para essas coisas por ser o ambiente da esquerda pequeno-burguesa por excelência. No entanto,  deve-se demonstrar que algo assim é totalmente absurdo e expõe toda a esquerda ao ridículo.

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