Europa

Nova lei alemã de imigração exige declaração de apoio a ‘Israel’

Candidatos à cidadania alemã precisarão declarar apoio à existência da ocupação sionista

A Alemanha implementou recentemente uma legislação de imigração que exige dos candidatos à cidadania uma declaração de apoio ao direito de existência do Estado de “Israel”. Esta nova lei, que entrou em vigor na última terça-feira, evidencia o quanto o regime alemão está atrelado ao movimento sionista e a força do lobby sionista na Europa.

Lei de Imigração

A nova medida faz parte de uma revisão mais ampla dos critérios de nacionalidade na Alemanha, inicialmente proposta pelo governo do chanceler Olaf Scholz. Embora a proposta original visasse facilitar o processo de cidadania para migrantes de primeira geração, a inclusão da exigência de apoio ao Estado de “Israel” reflete um alinhamento explícito com o movimento sionista. Essa medida também visa promover os “valores alemães” em meio ao suposto crescimento do antissemitismo, que, na verdade, se refere às manifestações contra o genocídio da população palestina.

A legislação foi desenvolvida em um contexto onde a definição de antissemitismo da Aliança Internacional de Lembrança do Holocausto (IHRA) tem sido amplamente adotada. No entanto, essa definição tem sido criticada por confundir críticas legítimas ao governo de “Israel” e ao sionismo com antissemitismo, resultando em um aumento artificial nas estatísticas de incidentes antissemitas.

A exigência de que os candidatos à cidadania alemã declarem seu apoio ao Estado de Israel é uma tentativa de suprimir o ativismo pró-Palestina. Essa exigência cria um precedente perigoso, onde o alinhamento político com um estado estrangeiro é usado como critério para a concessão de cidadania.

A nova lei faz parte de um esforço mais amplo do governo alemão para silenciar as vozes pró-Palestina e reforçar o apoio ao movimento sionista. Além de representar um evidente ataque à liberdade de expressão e soma-se a outras tentativas do suprimir movimento em defesa da Palestina na Alemanha.

Como é o caso da ministra júnior do ensino superior da Alemanha, Sabine Döring, que foi forçada a renunciar depois que seu ministério considerou o financiamento de pesquisas acadêmicas que criticavam a repressão policial contra protestos estudantis em apoio à Palestina.

Além disso, o cirurgião palestino-britânico Ghassan Abu-Sitta foi proibido de entrar na Alemanha para participar de uma conferência em Berlim sobre seu trabalho em Gaza. Embora essa proibição tenha sido posteriormente contestada e revertida por decisão judicial, ela demonstra o esforço da Alemanha para suprimir o movimento em defesa da Palestina.

O sionismo no Brasil

No Brasil, ainda que não haja uma legislação semelhante em vigor, há sinais de tentativas de adotar medidas repressivas contra movimentos pró-Palestina. Recentemente, o Partido dos Trabalhadores (PT) tentou lançar um núcleo em apoio à Palestina na Assembleia Legislativa de São Paulo, mas foi impedido pelo presidente da casa. Este episódio é um exemplo claro de que a censura, mesmo que supostamente direcionada contra a direita, acaba por prejudicar principalmente as ações políticas mais importantes da esquerda.

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