Saímos de várias cidades do Rio Grande do Sul para nos encontrarmos com os companheiros de Santa Catarina e seguimos num ônibus fretado em direção ao Rio de Janeiro, onde estava acontecendo o encontro dos chefes de Estado das maiores potências econômicas e militares do planeta.
Chegamos ao Rio de Janeiro e encontramos caravanas provenientes de vários rincões do Brasil para repudiar a presença desses genocidas em nosso território.
A repressão ao encontro das caravanas foi violenta. Fecharam com grades o entorno da Cinelândia; lacraram várias estações do metrô que dá acesso ao local do ato, dificultando a vinda do povo das diferentes comunidades da cidade. Impediram a entrada de qualquer som, intimidaram fisicamente os manifestantes, ações que lembravam a ditadura dos militares em 64.
Os participantes do chamado G20 Social tiveram sua participação no ato da Cinelândia inviabilizada pelas direções dessas organizações, o que comprova que grande parte dessas organizações não apoia a luta do povo palestino.
Após o término do ato, o retorno dos participantes às suas regiões de origem foi criminosamente antecipada e forçada pela ação truculenta da PM, que ameaçou com multas os ônibus. Constituição, direitos civis… tudo foi deliberadamente ignorado.
O ato em defesa da Palestina expressa a consciência de que os gritos de revolta e indignação do povo brasileiro contra o genocídio perpetrado por “Israel”, Estados Unidos e seus aliados, mesmo com toda a repressão, não puderam ser contidos e hoje são ouvidos no mundo todo.