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Movimento sindical

No mês de junho, banqueiros demitiram mais trabalhadores

No ano passado foram eliminados definitivamente cerca de 5,3 mil vagas nos bancos e, pelo andar da carruagem, no ano de 2024 haverá um novo recorde de diminuições de emprego

Em mais um boletim informativo do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística Estudos Socioeconômicos) divulgado no último dia 31, baseado em dados do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), novas informações sobre a movimentação no emprego bancário em junho de 2024 foram publicadas.

Como não poderia ser diferente, os banqueiros, através das famigeradas reestruturações, que vêm sendo implementadas nos diversos bancos, com o fechamento de agências e departamentos administrativos e da política de terceirização, estão jogando no olho da rua milhares de trabalhadores todos os anos. 

Segundo dados divulgados pelo Dieese, “em junho de 2024, foi apurado um saldo negativo de 482 postos de emprego bancários no País. Este resultado é a diferença entre as 3.317 admissões e os 3.799 desligamentos de bancários registrados no mês. A atividade de bancos múltiplos com carteira comercial foi a que determinou o saldo negativo do mês com fechamento de 562 postos. Os bancos múltiplos sem carteira comercial registraram saldo positivo de 12 postos e os bancos comerciais registraram saldo positivo de 155 postos. Na Caixa Econômica, o saldo foi negativo, de -81 postos, e nos bancos de investimento, o saldo foi de -6 postos”. (Dieese – boletim de emprego bancários, referente ao mês de junho de 31/07/2024)

“O saldo de emprego bancário no país acumula um saldo negativo de 2.516 postos nos últimos doze meses, entre julho de 2023 e junho de 2024. No ano de 2024, o emprego bancário acumula um saldo negativo de 1.253 postos”. (Idem)

É sembre bom lembrar a diferença entre admissões e desligamentos, que sempre tem um saldo negativo ao longo dos últimos anos. Ou seja, a categoria bancária só vem diminuindo o seu quantitativo. Isso é parte da manjada jogada dos banqueiros em demitir os funcionários mais antigos, que recebem salários um pouco maiores, em substituições por novos trabalhadores que ganham em média 30% a menos. 

Sobre o fechamento de postos de trabalho, no ano passado foram eliminados definitivamente cerca de 5,3 mil vagas nos bancos e, pelo andar da carruagem, no ano de 2024 haverá um novo recorde de diminuições do emprego bancário. 

Uma categoria que, no começo do ano de 2000, contava com mais de 700 mil trabalhadores, hoje são pouco mais de 450 mil, uma quantidade ínfima para um País com mais 8,5 milhões de KM² com mais de 215 milhões de habitantes. Esses números revelam os métodos desses banqueiros parasitas que não medem esforços para manterem os seus super lucros às custas da miséria dos trabalhadores e da população em geral.

Diante da ofensiva dos banqueiros, a luta pela estabilidade no emprego deve ser uma pauta fundamental para a categoria bancários no próximo período. Uma das principais bandeiras a serem levantadas pelos bancários.

Para barrar essa política reacionária dos banqueiros, é necessário constituir uma Frente de Luta e a criação de Comitês de Luta em todos os locais de trabalho. A criação de um Comando Nacional dos Bancários, eleito pela base, para organizar as mobilizações e a greve da categoria, nacionalmente, para que essa reivindicação seja atendida pelos patrões. Somente a luta, nas ruas, poderá barrar a ofensiva reacionária dos banqueiros.

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