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São Paulo

No dia mundial em defesa da Gaza, PCO toma a Av. Paulista

Apesar das limitações, o ato foi um avanço em relação ao anterior, em especial em razão os acontecimentos mais recentes (Massacre da Farinha), que levou mais pessoas às ruas

Neste sábado, dia 02 de março de 2024, ocorreu um novo ato em defesa da Palestina, contra o genocídio perpetrado por “Israel”.

O ato ocorreu dois dias após o crime de “Israel” que já está sendo conhecido como o Massacre da Farinha, quando tropas sionistas metralharam e atropelaram com tanques palestinos que aguardavam em fila a chegada de comida, em especial farinha.

Em razão disto, a manifestação contou com a presença de cerca de quinhentas pessoas, um considerável avanço em relação ao anterior, no qual estiveram presentes pouco mais de cento e cinquenta. Muitos manifestantes eram pessoas comuns, não vinculados a organizações da esquerda.

Dentre estas, novamente o Partido da Causa Operária trouxe o bloco mais numeroso, com dezenas de militantes, os quais marcaram presença no ato com a tradicional banca do partido, na qual são vendidos bottoms, camisetas das organizações da resistência palestina.

Como faz em todos os atos, o PCO também trouxe as bandeiras das mesas organizações, e os militantes que estavam conduzindo a Bateria Zumbi dos Palmares agitaram o ato durante todo o tempo, entoando cantos de futebol em defesa do povo palestinos, em especial de sua luta armada:

“79 foi o Irã, em 2000 o Hesbolá, em 21 o Talibã, agora é hora do Hamas!”.

No ato também notou-se uma maior radicalização por parte das pessoas que estavam presentes, principalmente das pessoas comuns. Vários denunciaram o genocídio praticado por “Israel”, sem receio de falar que isto é, de fato, um genocídio. Nesse sentido, Khaled Afaris, libanês, advogado, declarou que “todos nós somos contra esse genocídio, esse massacre, essa limpeza étnica, essa desumanização do Estado genocida de ‘Israel’, que já matou mais de 30 mil pessoas” 

Seu irmão também denunciou o genocídio sionista contra o povo palestino, afirmando que “está estarrecido, que no começo desse genocídio que ‘Israel’ vem cometendo contra civis, crianças, mulheres, teve dias que não consegui domir”.

Ibrahim, também libanês, denunciou a mentira sionista, de que o Hamas teria matado mais de mil civis no dia 7 de outubro, durante a Operação Dilúvio de al-Aqsa. Disse que quem matou os civis foram as forças israelenses de ocupação, o que já foi exposto por este Diário em várias matérias, reproduzindo investigação feita pelo portal de notícias The Grayzone:

“Que fique bem claro que quem assassinou a grande maioria foi o próprio Estado genocida de ‘Israel’. O Estado fascista, nazista tem um protocolo que visa a não permitir que haja reféns”

Maria Antônia, uma manifestante que acompanhava Ibrahim, diz ser enfurecedor que muitas feministas se indignam com a acusação de que o Hamas estuprou mulheres, mas nada dizem sobre o fato de as mulheres palestinas terem que dar à luz no meio da rua, em Gaza, sem mencionar as que estão sofrendo abortos espontâneos.

O ato caminhou da praça Oswaldo Cruz até o Museu de Arte de São Paulo.

No caminho, a manifestação parou em frente à CNN, órgão da imprensa imperialista, partidário do sionismo, ocasião em que manifestantes jogaram tinta na fachada do prédio, em protesto ao Massacre da Farinha e ao genocídio em geral:

Durante a caminhada, membro da comunidade libanesa de São Paulo, Reda Sueid, com importante papel em impulsionar a luta pela Palestina no Brasil, deu sua declaração ao DCO, condenado as ações criminosas de “Israel” contra o povo palestino:

“Sem dúvida, o Massacre da Farinha vem comprovar, para quem tinha alguma dúvida, que o Estado sionista é criminoso e assassino. Bombardearam civis que estavam em fila em busca de alimento de farinha. É algo muito absurdo.

Sueid também destacou a importância da resistência palestina:

“A resistência palestina veio a demonstrar cada vez, cada dia, a sua capacidade de enfrentar essa máquina mortífera do Estado sionista. Os acontecimentos dos últimos quinze dias, principalmente aqueles do bairro de Zeitoun, no norte de Gaza, comprovam que a resistência continua bem articulada, dominando o chão da batalha”.

E finalizou destacando o encontro de Rui Costa Pimenta, presidente do PCO, com Ismail Hanié, líder do Hamas, como um “acontecimento histórico”, pois “pela primeira vez uma organização brasileira de esquerda toma coragem de encontrar pessoalmente com o Hamas”.

Também falaram no carro de som os dirigentes do PCO João Jorge Caproni Pimenta e Antônio Carlos Silva.

João Pimenta iniciou seu discurso com uma mensagem de pesar pelas mortes dos palestinos, em especial aqueles martirizados mais recentemente no Massacre da Farinha, denunciando a monstruosidade de “Israel” ao massacrar que estava apenas esperando por comida. 

Apontou que a fala de Lula ao comparar o genocídio perpetrado por “Israel” com o genocídio feito pela Alemanha Nazista durante a Segunda Grande Guerra é precisa. Após abordar outros pontos, finalizou destacando a importância da reunião de Rui Costa Pimenta com Ismail Hanié e apontando a necessidade de se romper as relações diplomáticas com “Israel”, pois o Estado sionista é a Alemanha Nazista do Século XXI. 

Veja abaixo o vídeo na íntegra:

Antônio Carlos Silva, em seu discurso, chamou atenção para a recente manifestação bolsonarista, apontando a necessidade da esquerda impulsionar a luta em defesa da Palestina. Nesse sentido, à luz do Dia da Mulher da Trabalhadora, 8 de março, fez questão de frisar que se não houver uma defesa contundente da mulher palestina, será uma farsa. Ao fim, denunciou ofensiva do sionismo contra os direitos democráticos, em especial a censura àqueles que denunciam os crimes de “Israel”. Nisto, conclamou a esquerda a não apoiar nenhuma medida de censura:

Veja abaixo o vídeo na íntegra:

Ao fim do ato, a bandeira do Estado de nazista de “Israel” foi queimada, uma forma de protesto já tradicional contra a ditadura e o genocídio sionista contra o povo palestino:

O já citado dirigente do Partido da Causa Operária, Antônio Carlos Silva, forneceu um balanço, no qual considerou que o protesto desse dia 2/3  foi um avanço em relação ao anterior, mas também destacando problemas que precisam ser resolvidos para que a luta em defesa do povo palestino possa avançar no Brasil:

“Nós achamos que a manifestação de hoje foi importante em dois sentidos. Primeiro que, ainda que de maneira tímida, ela mostrou uma tendência a uma maior mobilização. Foi a maior mobilização deste ano, reunindo centenas de pessoas. 

Boa parte das pessoas vieram impulsionada pelos últimos acontecimentos. Como vem acontecendo nas manifestações, falta uma convocação pública mais ampla, falta uma iniciativa que a gente vem propondo, mas que esbarra em uma recusa de setores em fazer. Contudo, ainda assim, superando esse limite, o ato foi o maior deste ano, mostrou uma tendência de mobilização, um crescimento da revolta, o apoio à causa palestina diante dos últimos acontecimentos. 

E, também, no ato se expressou justamente esse sentimento, essa revolta nas palavras de ordem, no apoio à política do presidente Lula, do governo brasileiro de rejeitar a carnificina, o genocídio. 

Na reivindicação, é muito comum em todo o movimento que haja uma reivindicação de ruptura com o Estado sionista de ‘Israel’ por parte do Brasil e também no sentimento e o apoio na proposta que nós estamos fazendo, que o 8 de março, já nessa semana, e o Dia Nacional de Luta Convocado pelas Frentes, no 23 de março, se transformem efetivamente em dias de mobilização de toda a esquerda a favor da luta do povo palestino contra o genocídio.

Então, apesar das limitações, que nós temos que encarar pela frente (e a Conferência Nacional do PCO está discutindo esses problemas), uma ampla campanha, nós já estamos criando até um passo importante no ato de hoje e que foi, inclusive, uma boa maneira de começar a Conferência Nacional do PCO dedicada à luta do povo palestino”. 

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