A decisão do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas, na sigla em árabe) de aceitar um acordo de cessar-fogo com o Estado de “Israel” deixou muita gente perplexa. Afinal de contas, uma vez mais caiu por terra a ideia de que o Hamas seria um grupo fanático, unicamente interessado no conflito, e não um grupo de libertação nacional que atua com objetivos determinados. Ao aceitar o acordo, o Hamas falou ao mundo: tudo o que queremos é que as reivindicações dos palestinos sejam atendidas. Chega de bombardeios, chega de bloqueios, chega de repressão.
Diante da iniciativa do Hamas, o governo israelense só tinha duas opções. Aceitar o acordo, que poderia resultar na queda do primeiro-ministro, ou seguir a matança, expondo ao mundo que a entidade sionista é quem de fato é responsável pelas piores atrocidades do mundo. Como era de se esperar, o primeiro-ministro, Benjamin Netaniahu, optou por continuar o massacre.
O primeiro-ministro sionista entrou em uma espécie de globo da morte. Se parar, irá cair e quebrar o pescoço. No entanto, ao seguir rodando, ele também não está conseguindo nada. As forças da resistência provocaram baixas em vários lugares, e “Israel” não conseguiu ocupar toda a cidade de Rafá. Vários comentaristas falam que, no norte, as forças da resistência já retomaram todas as posições tomadas pelos sionistas. Mais de 100.000 israelenses já foram evacuados do Norte de “Israel” por causa da ação do Hesbolá, que tem uma força militar poderosíssima, uma força militar superior a qualquer país na América Latina em termos de efetividade.
A única vitória de Netaniahu é matar pessoas que não podem se defender. O desastre é tão grande que, segundo o Comandante Robinson Farinazzo, Netaniahu se tornou o maior cabo eleitoral de Donald Trump. Isto é, um peso morto para o governo de Joe Biden.
Ao que tudo indica, não adiantará em nada continuar girando. A queda de Netaniahu é cada dia mais certa.