Nessa quinta-feira (18), foi divulgado o Anuário Brasileiro de Segurança Pública. O estudo afirma que negros possuem 3,8 vezes mais chances de serem mortas pela polícia do que pessoas brancas.
O levantamento chega a tal conclusão ao analisar que, em 2023, policiais assassinaram 6.393 pessoas, uma taxa de 3,1 por 100 mil habitantes. A maioria destas vítimas, por sua vez, eram negras, um total de 82,7%, resultando, também, em uma discrepante taxa de mortalidade: para pessoas brancas, foi de 0,9 mortos para cada 100 mil pessoas brancas; para negros, foi de 3,5 para cada grupo de 100 mil pessoas negras.
“Isto significa dizer que a taxa de mortalidade de pessoas negras em intervenções policiais é 289% superior à taxa verificada entre pessoas brancas, na evidência do viés racial nas abordagens e no uso da força das polícias brasileiras”, diz o documento.
Fato é que a polícia existe para reprimir os trabalhadores. Acontece que, no Brasil, a esmagadora maioria da classe operária é negra, resultando em dados como os apresentados pelo estudo. Em outras palavras, não é que a polícia assassine preferencialmente negros, mas sim, preferencialmente pessoas pobres.