O relatório “Álcool e a Saúde dos Brasileiros: Panorama 2024”, lançado pelo Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (CISA), revela que a população negra no Brasil é a mais afetada pelas mortes relacionadas ao consumo de álcool. Em 2022, a taxa de mortalidade totalmente atribuível ao álcool foi de 10,4 mortes por 100 mil habitantes entre negros, enquanto entre brancos foi de 7,9. A disparidade é ainda maior entre as mulheres negras, que sofrem mais com transtornos mentais e comportamentais associados ao álcool.
O impacto do álcool varia também conforme a faixa etária. Entre jovens adultos, os maiores riscos estão associados a comportamentos imprudentes, como acidentes de trânsito e violência, enquanto entre os mais velhos, o álcool contribui para o surgimento de doenças crônicas, como problemas cardiovasculares.
Este fato é crucial, pois mostra que a questão das drogas é social, o número de mortes é gigantesco não só entre os negros como também entre os brancos. No quesito das drogas ilegais a proporção tende a ser parecida, o que mostra porque a “guerra as drogas” é uma política de assassinato da população negra e operária em geral.
A verdade é que não há política real para o combate ao alcoolismo e a dependência de drogas. É preciso um investimento em saúde pública, bem como garantir emprego e salários de qualidade para toda a população brasileira.