O governo federal continua dizendo, em todos os meios de comunicação, que educação é prioridade. É preciso, portanto, lembrar que os trabalhadores que lá estão também fazem parte dessa prioridade de governo, uma vez que a própria excelência em educação se deve justamente à qualidade do serviço público prestado. É necessário e urgente que os trabalhadores sejam reconhecidos de forma digna em seus trabalhos, com salários que atendam suas necessidades e que a greve em andamento tenha mesa de negociação regular.
O QUE DIZ A DIREITA
O jornal O Globo insiste em dizer que a greve é oportunista e que isso representa um entrave para que as aulas continuem. Os reais prejudicados, os alunos, estão sendo massacrados pela greve que hoje se encontra esvaziada segundo o jornal. É típico da direita esse tipo de propaganda e serve apenas para atacar os sindicatos e os movimentos grevistas.
Não apenas os meios de comunicação da direita e da burguesia, mas também alguns membros do governo como Alberto Cantalice, que ataca a paralisação e os sindicatos, dizendo que “a greve é um despropósito e água no moinho da extrema direita”. Cantalice ainda se atreve a dizer que “no 1° ano de governo Lula, foi concedido 9% de aumento. Nos governos Temer/Bolsonaro, 0%” como se isso fosse parâmetro para ficarmos calados, sendo que é justamente o contrário.
É o momento da ascensão operária para derrotar a direita no congresso e nos demais cargos do Estado. Ele, no entanto, continua atacando a mobilização, dizendo disparates como “Haddad é um servidor público de carreira, se não disponibilizou aumento esse ano [é] porque não há dinheiro”.
Afinal de contas Cantalice está a favor do governo ou ele mesmo é um agente que atua em favor da direita para queimar o filme da esquerda e do governo? Uma das bases que elegeu o governo Lula é a da educação. Ao fazer tal comparação, Cantalice e tantos outros ressoam o mesmo falatório da direita, de que a educação deve se calar diante da austeridade fiscal. Isso, no entanto, não é o pior, pois o que de fato essas posições escondem é um ataque direto ao movimento sindical disfarçado de base governista.
Diante desse cenário estamos consequentemente já há mais de uma semana sem mesa de negociação. Ao qual outras categorias que entraram depois da greve tiveram outras mesas e nós ainda estamos aguardando a tradicional enrolação do governo.
O movimento tem que fortalecer sua ação nas ruas. É fundamental que a greve demonstre força nas ruas para pressionar o governo à esquerda. Estamos entrando numa fase importante da luta dos trabalhadores que é a união nacional contra a PEC32 que põe fim ao serviço público e isso precisa de mobilização em massa geral contra os serviçais da direita que estão no congresso.
Radicalizar o movimento, ocupar os Ministérios se preciso, as ruas certamente e chamar a sociedade para enxergar a realidade dramática do serviço público ofertado nas universidades. Somente uma ação mais enérgica do movimento trará os avanços necessários para a categoria. Os trabalhadores não podem ser vítimas da ditadura bancária. Pela GREVE GERAL dos trabalhadores para DERROTAR a DIREITA