Com permissão do Escritório de Consultoria Marítima Egípcia (EMCO), o navio de carga MV Kathrin, de bandeira alemã, atracou no Porto de Alexandria esta semana, após permissão ter-lhe sido negada por Angola, Eslovénia, Montenegro e Malta.
A embarcação transporta oito contêineres contendo 150.000 kg de explosivos RDX para a Israeli Military Industries, o braço de produção de munições da Elbit Systems, uma das principais produtoras de armas de “Israel”.
Em declaração ao órgão de imprensa Middle East Eye, representantes da ONG Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS) informou que a EMCO aprovou recentemente a partida de outro navio ao porto israelense de Ashdod, suspeitando tratar-se de envio de armas para “Israel”.
No caso alemão, advogados do Centro Europeu de Apoio Jurídico (ELSC) entraram com uma petição em um tribunal de Berlim, em nome de três palestinos em Gaza, com o objetivo de bloquear o envio dos explosivos à entidade sionista. Em sua queixa, os advogados afirmaram que “esses materiais explosivos são usados pelas forças de ocupação israelenses para matar civis em Gaza e, atualmente, no Líbano há mais de um ano”. Igualmente, denunciaram a violação à segurança do Egito e da comunidade árabe, mas também a cumplicidade do governo egípcio para com o genocídio:
“A entrada desses carregamentos explosivos no Egito representa não apenas uma ameaça à segurança nacional egípcia e árabe, mas também retrata o Egito como um país que viola resoluções internacionais e apoia o genocídio contra nossos irmãos palestinos e a agressão contra nossas irmãs no Líbano”
A permissão dada à embarcação Alemã é uma demonstração de que o governo egípcio age a serviço do imperialismo e do sionismo, assim como recentemente foi demonstrado por denúncia de jornalista americano, que expôs o interesse de referido governo da destruição do Hamas.
Quanto ao imperialismo alemão, está entre os principais avalistas do genocídio contra os palestinos, tendo aumentado suas exportações de armas para “Israel” desde agosto, conforme noticiado pela Euronews. Uma comprovação de que o nazismo nunca deixou as entranhas da burguesia imperialista alemã.