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Oriente Médio

Não há nada mais próximo ao nazismo nos dias de hoje que ‘Israel’

"Escritor" faz malabarismo para acusar os oprimidos de serem herdeiros ideológicos de Adolf Hitler

No dia 17 de março, o jornal O Globo, um dos principais aliados do sionismo no Brasil no encobrimento de seus crimes contra o povo palestino, publicou o artigo É o Hamas, e não Israel, que apoia Hitler, redigido por um tal Ben-Dror Yemini, que se autodeclara “escritor”.

O texto, direcionado ao presidente da República do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, procura constrangê-lo por ter comparado “Israel” à Alemanha Nazista, quando, segundo ele, o principal partido que defende os interesses do povo palestino, o Hamas, seria a “organização mais nazista desde que a Alemanha nazista foi derrotada”.

É realmente um espetáculo de cinismo. Como demonstrar que a maior expressão do movimento de libertação de um povo martirizado há quase um século teria algo de ver com o nazismo?

O “escritor”, obviamente, não demonstra. Tudo o que faz é citar meia dúzia de discursos de pessoas ligadas à luta palestina que, supostamente, teriam demonstrado alguma hostilidade aos judeus.

Ben-Dror Yemini cita Ismail Hanié, o líder político do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas)? Cita Sinuar, arquiteto da Operação Dilúvio de al-Aqsa e líder das Brigadas al-Qasam? Cita, ainda, o programa do Hamas?

Não, para todas as respostas. E por um motivo simples: a política oficial do Hamas nada tem de “antissemita” ou de “genocida”. O movimento coloca claramente em seu programa que a sua luta é contra a entidade sionista, não contra os judeus. E ainda afirma, corretamente, que a perseguição aos judeus sempre foi uma questão dos países europeus, e não dos países árabes.

Ainda que o Hamas tivesse algum traço “antissemita”, seria preciso dizer: o culpado por isso seria “Israel”, e não os países árabes. Afinal, para um povo oprimido, que vive sob um verdadeiro regime de apartheid, não se deve cobrar uma cartilha ideologia: toda violência é responsabilidade única e exclusiva dos opressores. E, no caso de “Israel”, não estamos falando de qualquer opressor, mas de uma entidade que invadiu um território, expulsou milhões de palestinos, assassinou suas crianças, estuprou suas mulheres e saqueou suas propriedades.

E por falar em nazismo, é realmente curioso como o “escritor” apresenta meia dúzia de citações que nada dizem respeito ao programa do Hamas, mas deixa de lado as declarações das autoridades sionistas.

Sim, um país que tem como alvos prioritários crianças e mulheres, que despeja armas químicas contra a população, é nazista. Mas não é só isso. Não faltam declarações para provar que “Israel” é, também, ideologicamente um Estado nazista. O que dizer, por exemplo, do ministro da Defesa de “Israel”, que afirmou que os palestinos eram “animais” e deveriam ser tratados como tais? E da canção ensinada a crianças que fala em “exterminar o inimigo”? E das falas do próprio governo de “limpar” a Faixa de Gaza?

Não há qualquer confusão sobre quem é o lado nazista da história. Ben-Dror Yemini, ao escrever tal texto, busca tão somente encobrir a podridão que é o regime sionista.

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