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Polícia Militar

Não é ‘despreparo’, a PM é uma máquina de matar gente

A truculência massiva contra a população demonstra que a principal função da polícia é matar

Recentemente, casos que revelam a ação truculenta e criminosa da Polícia Militar (PM) chamaram a atenção da imprensa burguesa, sempre tão acostumada a ver e ignorar o assassinato da população pobre e negra no país.

Foi o caso, por exemplo, do estudante de medicina de 22 anos que foi assassinado com um tiro à queima-roupa em um bairro de classe média alta em São Paulo ou de uma moradora da zona norte do Rio de Janeiro que foi baleada por policiais dentro do seu carro enquanto se dirigia ao hospital para visitar a filha doente.

Tanto em um caso quanto no outro as câmeras corporais que os policiais supostamente seriam obrigados a usar estavam desligadas. Além disso, em ambos os casos as evidências mostraram que a violência policial ocorreu de forma absolutamente desnecessária.

Com a evidente escalada da violência policial para além dos becos e favelas, a venal imprensa brasileira correu para explicar que o que acontece na verdade é que, nas palavras do jornal O GLOBO:

“Parece claro que há falhas no treinamento da polícia e nas diretrizes das políticas públicas de segurança, tanto em abordagens quanto em situações que exigem prudência. Compreende-se que as grandes cidades registram índices de violência preocupantes, e policiais estão sempre na linha de tiro. A sociedade exige ação firme contra o crime. Mas existem protocolos justamente para proteger a vida de inocentes. As operações não podem ser guiadas pela truculência ou pelo abuso. A missão do policial é proteger o cidadão, não ameaçá-lo.”

A versão de que a violência policial acontece por uma questão de “despreparo”, versão esta que muitas vezes é compartilhada por representantes da esquerda, como o ex-candidato a prefeito de São Paulo Guilherme Boulos que prometia “humanizar” a Guarda Civil Metropolitana (GCM), é uma grande farsa, como demonstram os índices gerais da violência policial no Brasil, que só cresce a cada ano.

Nos últimos 10 anos, segundo dados, conservadores, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, os assassinatos cometidos por policiais contra a população chegaram a triplicar, contabilizando apenas no último ano 46.328 mortes causadas por policiais ou 22,8 assassinatos para cada 100 mil habitantes.

Em alguns municípios brasileiros é a polícia a principal responsável pelo número de mortes violentas registradas; e em todos os casos mais de 80% das vítimas dos policiais são pessoas negras e pobres.

Em São Paulo, nos primeiros oito meses de 2024, a Polícia Militar paulista já matou mais do que nos anos de 2022 e 2023 juntos, somando pelo menos quase 500 assassinatos registrados e duas operações de chacina em comunidades do estado onde o próprio governador claramente comandava a ordem de matar, como aconteceu na Baixada Santista onde a Polícia Civil em conjunto com a Polícia Militar barbarizaram a população durante as chamadas “Operação Escudo” e “Operação Verão”.

“O que temos visto desde 2023, e que tem se agravado em 2024, é uma política de segurança pública que produz mais mortes. Ainda que não tenha havido novas operações como a Escudo e a Verão, a letalidade policial segue crescente no estado, mostrando que todo o investimento feito na profissionalização do uso da força entre os anos de 2020 e 2022 foi abandonado”, disse a diretora da Organização Não Governamental (ONG) “Sou da Paz”, Carolina Ricardo, fazendo coro com a imprensa golpista que afirma que o problema seria a” falta de investimento em profissionalização”e não a própria existência da instituição.

Se a violência da polícia brasileira fosse fruto de incompetência, essa polícia seria, literalmente, a polícia mais incompetente do mundo; isso porque a polícia brasileira é a que mais mata no mundo e isso, por si só, já seria motivo suficiente para abandonar qualquer ilusão reformista e exigir a dissolução dessa instituição macabra.

Mas a verdade é que não se trata de despreparo, a polícia é o principal aparato de repressão da burguesia contra a população trabalhadora e portanto ela é preparada para justamente violentar essa população e é por essa razão que deve ser dissolvida e dar lugar a constituição de milícias populares que possam ser controladas não pela burguesia mas pela própria população.

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