Encurralado e sem progresso algum diante da resistência armada islâmica do Líbano e do Iêmen, o governo israelense busca desesperadamente ampliar o conflito na região para obter ainda mais apoio e financiamento dos governos imperialistas.
Na última segunda feira (18) o ministro dos Negócios Estrangeiros Gideon Sa’ar, enviou uma carta ao Conselho de Segurança da ONU, pedindo ao órgão que pressionasse o governo iraquiano para pôr fim aos ataques dos combatentes da resistência islâmica no país árabe contra a ditadura sionista.
Segundo o órgão iraniano em espanh0l HispanTV, o primeiro-ministro iraquiano, Muhamad Shia al-Sudani, condenou a carta israelense como um “pretexto para justificar a agressão contra o Iraque” e afirmou que se alinha com os esforços contínuos do regime para expandir a guerra na região.
No final do mês passado o Iraque acusou o exército israelense de se utilizar de seu espaço aéreo para atacar o território iraniano. Em comunicado publicado pela imprensa local, um porta-voz do governo iraquiano disse ter enviado uma carta de protesto às Nações Unidas para condenar a suposta violação.
“O governo iraquiano reafirma seu firme compromisso com a soberania, independência e integridade territorial iraquiana”, diz o texto, assinado por Basim Alawdi, acrescentando que o país “não irá permitirá que o espaço aéreo ou terrestre iraquiano sejam usados para ataques contra outras nações, especialmente vizinhos com quem o Iraque compartilha interesses e respeito mútuos”.
No último domingo (24) em uma sessão extraordinária do Conselho da Liga dos Estados Árabes ao nível de delegados permanentes, sob a presidência do Iêmen, foram discutidas formas de enfrentar as ameaças do regime sionista de “Israel” contra o Iraque.
Em um comunicado, os participantes na reunião condenaram os esforços do regime israelita para expandir o conflito na região, sublinhando ao mesmo tempo a necessidade de apoiar o Iraque para preservar a sua integridade territorial e soberania.
Da mesma forma, pediram ao Secretário-Geral da Liga Árabe Ahmed Aboul Gheit, que expressasse em uma mensagem ao Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU), a posição do bloco regional em apoio ao Iraque e a sua firme oposição às recentes reivindicações do chanceler israelense.
Segundo a Hispantv, o comunicado da Liga Árabe destacou “a necessidade de adotar medidas urgentes para parar as atuais hostilidades na Ásia Ocidental, a fim de manter a paz e a segurança mundiais”.
“O apoio da Liga Árabe e de todos os países irmãos é registado a favor do Iraque e demonstra a extensão da sua confiança e do seu apoio permanente e contínuo para preservar a sua integridade territorial e soberania e para apoiar o governo iraquiano”, reiterou o gestor de negócios na embaixada do Iraque no Cairo, Muhannad Mohsen Alwan.
O comunicado continua denunciando que o regime israelense está a tentar arranjar desculpas para expandir as sua política genocida na região, sublinhando que “a entidade sionista viola leis, estatutos e normas”.
Apesar de não ter conquistas significativas contra a resistência na região, o Estado artificial de “Israel” ataca, não os combatentes que lutam contra a ocupação, mas civis em sua maior parte, mulheres e crianças, inclusive em campos de refugiados, escolas e hospitais. A ditadura sionista continua jogando bombas e mísseis nas regiões ocupadas por civis desarmados como forma de inflar o número de baixas entre os palestinos e demais povos árabes.
É importante destacar que além da Faixa de Gaza o exército de ocupação neste momento ataca o Iêmen, o Líbano, a Síria e o Irã. Ataques que são considerados crimes de guerra contra a população da região e que em sua loucura, o governo nazista de Benjamin Netaniahu ameaça estender também à população árabe no Iraque.