A epidemia de dengue continua crescendo no Brasil. No Distrito Federal existe uma das maiores concentrações de doentes e mortos. De acordo o boletim epidemiológico mais recente emitido pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), houve um aumento de 1.491,8% no número de casos prováveis de dengue em residentes no DF.
Ainda segundo os dados, o DF tem 247.569 casos de dengue notificados em 2024, destes, outros 231.708 estão sob investigação. O número de óbitos já atingiu está em 288 e outros 54 estão em análise. Ou seja, 8% da população teve dengue, é um número gigantesco para esse tipo de doença.
Além disso, crianças de 6 a 9 anos e jovens acima de 14 anos não poderão mais receber a vacina contra a dengue nos postos de saúde do Distrito Federal. A Secretaria de Saúde (Ses-DF) havia ampliado a faixa etária contemplada pela imunização para o público de 6 a 16 anos, para não perder doses da vacina Qdenga próximas à data de validade.
Em nota, a SES-DF explica que o estoque de vacinas com vencimento até 30 de abril “foi finalizado na sexta-feira (19/4)”. Assim, desde o último sábado (20/4), a pasta voltou a vacinar a faixa etária de 10 a 14 anos, “que segue sendo o público alvo para a vacinação, conforme orientações do Ministério da Saúde”, esclareceu.
A discussão sobre as vacinas, no entanto, é secundária, pois a prevenção da dengue tem muito maior relação com saneamento básico do que com a vacinação. É absurdo que em um país rico como o Brasil não se consiga controlar a propagação de mosquitos nas grandes cidades.
Fica claro que a destruição da infraestrutura, causada pelo 4 décadas de neoliberalismo, e um baixíssimo investimento em prevenção faz com que os mosquitos se proliferam e gerem essa epidemia de dengue. O Brasil, nesse sentido, se aproxima dos países mais miseráveis do planeta que lutam contra doenças causadas por insetos.
A solução é um investimento massivo em saúde e em infraestrutura. É necessário muito mais que as vacinas, mas ainda assim é absurdo que um país referencia em produção de vacinas não consiga produzir o suficiente. O caso da epidemia de dengue é uma demonstração clara dos resultados de política do imperialismo de sugar ao máximo todas as riquezas nacionais.
Basta retirar o dinheiro usado para pagar a dívida dos bancos e investi-lo na população que rapidamente a epidemia de dengue se encerraria.